No ano de todos os cortes para a Função Pública, (Aposentados) e de alguns para os trabalhadores do sector privado os governantes e os deputados aumentaram-se 81 euros por mês.
Os números da Direcção-Geral da Administração não mentem. Por caminhos ínvios alguns conseguiram o que milhões de portugueses não têm há uns anos: um aumento. O valor do aumento não é menosprezável num tempo de tanto desemprego, salários precários e pensões miseráveis. Mas a falta de transparência, o esquemazinho debaixo da mesa é ultrajante. Admirem-se se um dia começarem a ser brindados na rua com moedas negras, como aconteceu a Andreotti e Craxi no fim da I República italiana.
Há quem acuse a troika de estar a meter a mão nos bolsos dos portugueses, mas também ela já se pode queixar de que lhe foram ao bolso em Portugal.
É que o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI), o austríaco Albert Jaeger, a viver em Lisboa desde Outubro, ficou sem a carteira no eléctrico 28 quando foi passear entre os turistas ao Castelo de São Jorge e teve a prova de que os carteiristas se infiltram por todo o lado, não olhando a cargos ou estatutos das vítimas.
Na cidade de Lisboa há uma equipa policial que anda em cima deles, lidam com este jogo diário do gato e do rato na Baixa da cidade que faz centenas de vítimas por ano, com alguns furtos a render milhares de euros. O recorde de perda pertence a um turista italiano que, em 2011, ficou sem os 3.700 euros que trazia na carteira.
Os cerca de 50 carteiristas portugueses a actuar em Lisboa, assim como muitos dos cerca de 20 estrangeiros dedicados ao furto, são já bem conhecidos da divisão. Calão e alcunhas são o prato forte entre os carteiristas: “Há o Xamã, o Nove-dedos, o Cheira-mal, o Zé do Porto, o Treinador, o Vidrinhos, o Madeirense e até o Pichas, que começou a furtar aos nove anos”, são alguns dos cognomes mais ouvidos.
Quanto ao calão, basta ver como um carteiristas descreveria o furto da carteira do chefe da missão da troika em Portugal: “O ‘guiro’ (turista) estava no ‘fatio’ (paragem prometedora de bons resultados) e parecia ter ‘brasa’ (carteira recheada). Quando entrou na ‘montada’ (eléctrico ou autocarro) fizemos o ‘tampão’ (um dos carteiristas provoca confusão à entrada do eléctrico, distraindo o turista), usei a ‘muleta’ (mapa, saco ou casaco usado para esconder a mão que vai ao bolso da vítima) e saquei o ‘cabedal’ (carteira).”
Tendo em conta as circunstâncias, nem sei se devo condenar a decisão, se devo apoiá-la…
Aumentar salários de governantes e deputados, por decisão dos próprios, que aprovam todo o tipo de cortes aos que realmente trabalham ou trabalharam e mesmo assim não ganham para a subsistência, é furto (ao povo)!
Aumentar salários de governantes e deputados, por decisão dos próprios, que aprovam os cortes de subsídios a quem não encontra emprego ao fim de um período de tempo, por reflexo das medidas aprovadas por eles, é furto (ao povo)!
Aumentar 81 euros por mês aos salários de governantes e deputados, por decisão dos próprios, só mostra o valor em que se tem e isso seria honestidade, não fosse o mau trabalho que tem desenvolvido, que deveria levá-los a fazerem cortes e não aumentos e, por isso, também é furto (ao povo)!
Entretanto parece que não está posta de parte a restituição dos salários confiscados e chamados de “Subsídios” de Férias e de Natal, que a troika, que nos visita esta semana, se for rigorosa, deverá apertar mesmo o Gaspar, já que nem lhes passou pela cabeça tal medida e como se viu não serviu para nada, a não ser para o aumento dos 81 euros para governantes e deputados.
Gaspar e Cª merecem, mesmo, um puxão de orelhas mais umas orelhas compridas!
Na visita tão ansiosamente esperada da troika, que desculpe as más soluções, os maus resultados e o aumento da dívida, ficamos na expectativa se Gaspar e Coelho (a ordem não é arbitrária) vão continuar a insistir no “Nem mais tempo, nem mais dinheiro” ou se vão resistir ao novo slogan “Mais tempo ou mais austeridade”, que os “amigos” do poder tão exageradamente repetem. “Mais tempo…” para eles e (…mais austeridade) para “os mais desfavorecidos”, que são os mais “favorecidos” com estas medidas. É só furtar (o povo)!
Mas nisto de furtos, temos que elogiar quem consegue sacar alguma coisa da troika (o governo nada consegue e a oposição muito menos) e esperemos que o Xamã, o Nove-dedos, o Cheira-mal, o Zé do Porto, o Treinador, o Vidrinhos, o Madeirense e o Pichas, na quinta feira, não estejam de férias em Manta Rota para sacar “o cabedal” dos funcionários da troika, logo ali no aeroporto e distribuam a “brasa” cá pela malta, só porque: “Ladrão que rouba a ladrão tem 100 anos de perdão”.
Por mim, até tem tantos anos de perdão quantos os que temos até pagarmos(?) a dívida…
Grande senhor foi o k roubou a carteira no electrico 28 ao menbro do FMI
ResponderEliminaresse merecia uma estatua
nâo tem estátua, mas tem uma página no Facebook: Eu sou fã do carteirista que roubou o representante da troika
Eliminarhttp://www.facebook.com/eusoufadocarteiristaqueroubouoresponsaveldatroika