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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Está IMInente uma sobreAVALIAÇÃO contracorrente?

A Associação de Defesa do Consumidor alertou para a possibilidade do valor patrimonial fiscal dos imóveis mais do que duplicar em alguns casos, o que, somado às taxas de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), irá aumentar as dificuldades financeiras das famílias.
Após um estudo, a associação concluiu que "o contribuinte paga imposto como se a casa fosse sempre nova e o metro quadrado ainda valesse o mesmo", acrescentando que a atualização obriga a uma deslocação às Finanças e ao eventual pagamento mínimo de 204 euros, que pode ultrapassar os 3.000 euros e, com "estes valores, o Fisco pretende desincentivar todo o tipo de reclamações".
O valor das casas voltou a cair em julho, com o metro quadrado a valer 1.033 euros. Trata-se de uma desvalorização de 81 euros, o que significa que as casas perderam 7,3% do seu valor em apenas um ano.
É preciso recuar a 2001 para encontrar valores semelhantes para o metro quadrado de construção, que, na altura, valia 1.035 euros, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE), a partir da avaliação bancária no âmbito da concessão do crédito à habitação.
O valor médio da avaliação bancária da habitação voltou a descer em Julho.
Na Área Metropolitana de Lisboa, a diminuição foi mais acentuada, com o valor médio da avaliação bancária em julho a fixar-se nos 1.236 euros, 0,3% abaixo do mês anterior e menos 8,5% do que no mês homólogo.
Na Área Metropolitana do Porto, o valor da avaliação bancária situou-se nos 969 euros por metro quadrado, o que corresponde a uma variação de 0,2% em cadeia e -6,8% em termos homólogos.
A região do Alentejo e a Região Autónoma dos Açores foram as que registaram uma variação homóloga mais acentuada, com descidas de 9 e 21%, respectivamente.
Sabemos que está em curso uma revalorização fiscal dos imóveis como estratégia de aumentar a arrecadação de impostos, tão estúpida, que nem a crise a justifica, antes deveria desaconselhar, matematicamente falando.
Durante o tempo do ‘boom’ da construção civil, todos julgávamos (e era líquido) que investir na construção era mais rentável do que meter o money num banco, dada a valorização “natural” dos imóveis e o preço crescente por metro quadrado, de ano para ano, e o raciocínio era lógico.
Com o rebentamento da “bolha” (assente, precisamente, no imobiliário) mais a chegada e não anunciada crise, o setor da construção civil foi dos mais atingidos, com falências de empresas, ininterruptamente, quer de construção, quer de venda de materiais, com o desemprego (dos maiores) de trabalhadores, com o fecho da maioria dos escritórios de arquitetos e engenheiros (até dos mais famosos), tudo junto dando origem a um abaixamento dos preços dos imóveis, quer dos novos, quer dos existentes.
E as diferenças do valor dos imóveis no mercado, transporta-nos no tempo para 2001, em que o preço/m2 da construção é praticamente o de hoje (de julho) e que será mais baixo no próximo mês…
Constatando-se esta realidade, que continua a ter efeitos mês a mês, em que o valor dos imóveis desce, desce, desce, como é que o governo (e as finanças) pode justificar e arrogar o direito de contrariar simples raciocínios, com base em exercícios de matemática dos mais simples, que quem não os souber fazer merece ir para um curso profissional…
A DECO diz, e muito bem, que o governo quer que o contribuinte pague imposto como se a casa fosse sempre nova e o metro quadrado ainda valesse o mesmo e lembra que quem quiser reclamar da avaliação terá que desembolsar entre 204 e mais de 3.000 euros, que é o argumento mais forte dos “cérebros” que elegemos para nos defenderem de furtos, roubos e confiscos…
Resumindo: No mercado (tão idolatrado pelos partidos do governo) DESCE o valor das casas e o governo (pateticamente) SOBE o valor dessas mesmas casas. Chama-se a isto, “chicoespertice” prepotente, para não usar léxico cá do norte!
Assim, “até as barracas abanam” e talvez paguem imposto…

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