Cátedra de Maximiano |
Para o líder do BE “não há nenhuma desculpa para manter esta ilegalidade do corte dos subsídios de Natal e de férias, ou a estender [ao sector privado] por via do aumento de impostos”.
Este Louçã não perde uma oportunidade para desancar a torto e à direita e só perde por ser direito e de esquerda… E é teimoso, porque todas as sugestões que faz, nunca são aceites, embora o tempo lhe dê razão e alguém se aproprie a posteriori das duas ideias.
Parece que o primeiro-ministro fez um repto para a apresentação de soluções que “compensem” o montante dos subsídios confiscados aos Funcionários Públicos e Aposentados, o que o TC considerou inconstitucional para 2013 e “faz de conta que é constitucional em 2012”, embora já tenha confessado que ia pedir sugestões à troika, que por acaso nem sugeriu que o governo fosse contra a Constituição do nossos país e honra lhes seja feita… Já sabemos que veio um tipo magrinho, que trabalha em Bruxelas e não foi eleito por ninguém, dizer que vai ser preciso tapar o “buraco”, mas o que deu logo vontade foi de lhe tapar a cloaca…
Em cima da notícia da inconstitucionalidade da medida (grande), o PM, em pânico, lembrou-se logo de confiscar também aos trabalhadores do privado (é um grande inovador e empreendedor, nesta área), ideia insistentemente repetida nos media (puro marketing), o que teve como efeito a discordância declarada, entre linhas, ou em silêncios de jornalistas, opinadores, economistas e políticos da área do governo, só porque houve ameaça de meterem a mão nos seus bolsos, coisa que antes achavam normal, legítimo e inevitável, que fossem só os inúteis dos FP e os abastados aposentados, havendo até alguns “analistas” que tiveram a coragem de inventarem diferenças de cidadania e responsabilidades entre Funcionários Públicos e Privados, como no tempo das colónias havia portugueses de 1ª e de 2ª…
Não há melhor remédio do que gramar-se com alguns xaropes para tirar a tosse…
Ao pedido de propostas, deviam ter chovido, se não toneladas, pelo menos meia dúzia, vinda dos “inteligentes” que nos tem convencido de que vamos pelo bom caminho, embora como nós, estejam a ver o rebanho a cair, um a um, no abismo da pobreza e o país cada vez pior do que antes, batendo recordes que nem os atletas com deficiência conseguirão nos Jogos Paraolímpicos.
Uma das respostas ao desafio de PPC, veio de Louçã, que por vir de onde vem perde logo todo o crédito, embora tenha toda a razão e mais alguma, tendo em conta que o “buraco” não é assim tão grande e ronda cerca de 2.000 milhões de euros, nada comparado com o buraco do BPN ou da Madeira, muito menos com o raio da terra…
Para “enganar” os leitores e “credibilizar” o conteúdo e os argumentos, vamos alterar a notícia (pedindo desculpas ao jornal e ao jornalista), retirando o nome do autor das propostas, como é costume em tantas notícia de vetor contrário, chamando-lhe “professor catedrático do departamento de economia do ISEG”. Assim:
Francisco Anacleto, professor catedrático do departamento de economia do ISEG, apontou o corte nos juros como a alternativa que o Governo deve seguir para substituir a poupança gerada pela suspensão do 13º e 14 º meses. Francisco Anacleto respondeu assim ao primeiro-ministro, que desafiou a oposição a apresentar alternativas a essa poupança, na sequência da decisão do Tribunal Constitucional de declarar inconstitucional o corte nos subsídios de férias e de Natal.
Francisco Anacleto apresentou o que disse serem “3 alternativas consistentes, honestas, diretas e fundamentais para o país” para recuperar o impacto que a não aplicação dessa medida pode ter para o Orçamento do Estado.
“Cortem nos juros, Portugal não tem que pagar 34 mil milhões de euros de juros à troika, que não cobra juros à banca, mas cobra aos vossos salários”, propôs Francisco Anacleto, questionando sobre “quantos salários, cortes, meses e pensões são precisos para que se juntem 34 mil milhões de euros a uns usurários que acham que Portugal lhes está a pagar uma renda”.
O professor catedrático do departamento de economia do ISEG apontou também como alternativa cortar nas Parcerias Público Privadas (PPP).
Em terceiro lugar, Francisco Anacleto apresentou como proposta ao desafio de Passos Coelho “um imposto especial sobre os patrimónios de luxo, àqueles que têm mais de 1.000.000 de euros de propriedades, de ações de títulos”, património que disse não ser tributado em Portugal.
Como veem, sem preconceitos, a lógica das medidas começa a tomar forma, é fácil entendê-las, aceitá-las, sobretudo porque não mexe mais, diretamente, no que é nosso, por Direito…
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