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terça-feira, 10 de julho de 2012

O nosso PM já tinha a solução para os 2.000 milhões!

Publicado em 2011-04-30
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou que fez as contas e está em condições de garantir que não será preciso cortar salários nem fazer despedimentos para consolidar as finanças públicas portuguesas.
O PSD quis "vasculhar tudo" para ter contas bem feitas e, "relativamente a tudo aquilo que o Governo não elucidou bem", procurou "estimar", preferindo fazê-lo "por excesso do que por defeito", referiu. "Não será necessário em Portugal cortar mais salários nem despedir gente para poder cumprir um programa de saneamento financeiro, mas temos de ser efectivos a cortar nas gorduras", afirmou Pedro Passos Coelho, no encerramento do fórum de discussão "Mais Sociedade".
Segundo o presidente do PSD, o valor do défice de 2010, revisto "em muito poucas semanas de 6,8% para 8,6% e de 8,6% para 9,1%", é na verdade de "10,2%" do PIB. Portanto, Portugal terá de fazer uma redução "de 10,2% para 4,6%" este ano (2011), o que implicará "medidas muito mais duras" do que as contidas no Programa de Estabilidade e Crescimento chumbado em Março pela oposição no Parlamento, o chamado PEC IV, acrescentou.
"A verdadeira situação do país é muito pior e a 'troika' que está cá a nosso pedido sabe isso. E por isso é que as medidas que vamos ter de enfrentar são muito mais duras do que as que estavam no PEC IV, porque a verdadeira situação do país é muito pior", disse Passos Coelho, que defendeu que o problema não foi o chumbo do PEC IV.
"O PEC IV chumbou porque não servia e não respondia a nenhum dos problemas importantes que Portugal tem à sua frente. Se ele tivesse sido aprovado no Parlamento, hoje a sua certidão de óbito já tinha sido passada por um PEC V e já íamos a caminho de um PEC VI", sustentou.
Para Passos Coelho, a solução é "austeridade para o Estado" e quem lidera deve dar o exemplo, "porque isso tem um efeito multiplicador muito importante em toda a sociedade", o que só poder ser feito "mudando a liderança em Portugal".
"Eu não sei quantos ministros precisam de carro com motorista, para eles próprios, para os seus secretários de Estado, para os seus adjuntos, para os seus assessores, para os assessores dos seus adjuntos. A verdade é que no dia em que todos eles dispensarem as altas gamas em que andam e tiverem carros mais acessíveis aqueles que estão abaixo deles perceberão que têm de fazer mais sacrifícios", considerou.
"E os que estão abaixo desses, nos institutos públicos, nas fundações públicas, nos serviços do Estado perceberão que se o que está em cima na hierarquia é mais frugal, percebe que não pode andar a gastar o dinheiro do sacrifício dos cidadãos sem ter um assomo de consciência, nesse dia esses também vão gastar menos, vão poupar mais e vão fazer melhor com menos. E é isso que vale na nossa sociedade. Esse é o poder do exemplo", reforçou.
Apesar de o primeiro-ministro PPC ter pedido sugestões para tapar o tal “buraco” que o TC fez no seu OE2013, podemos ficar descansados, porque o candidato PPC já tinha tudo previsto há mais de 1 ano…
Como ele disse, vasculharam tudo para que as contas fossem bem feitas, e foram, para não serem enganados, nem nos enganarem com as contas do governo de então. E além do rigor da fiscalização das contas, à cautela, ainda puseram uns pozinhos (muitos) a mais, não fosse o diabo tecê-las…
Contas feitas, concluiu naturalmente (o rigor tem estas vantagens), anteviu que não seria necessário cortar mais nos salários (os do anterior governo eram para um ano), muito menos despedir gente (da Função Pública) para fazer o saneamento financeiro, mas para garantia das promessas, prometeu publicamente cortar nas gorduras do Estado…
E perante a necessidade de uma redução do défice de 10,2% para 4,6% em 2011, a sinceridade foi tanta que avisou logo que haveria medidas muito mais duras (pondo de parte o a redução de salários e de despedimentos) do que as que constavam no PEC IV, que a oposição de então chumbou no Parlamento, caso contrário iríamos ter um PEC V e um PEC VI e por aí fora…
Pelo exposto, as medidas a tomar teriam que passar por AUSTERIDADE para O ESTADO (libertando os cidadãos de tal canga), porque o exemplo tem que vir de cima para ter um efeito multiplicador na sociedade.
E pôs em dúvida a necessidade de os ministros precisarem de carro com motorista, para eles, para os secretários de Estado, para os adjuntos, para os assessores, para os assessores dos adjuntos, para os dirigentes dos institutos públicos, das fundações públicas, dos serviços do Estado, que até teriam remorsos se vissem a frugalidade dos seus hierárquicos superiores e seriam levados a fazer melhor com menos, poupando o dinheiro do sacrifício dos concidadãos.
Claro que se assim tivesse acontecido, não estaríamos pior do que em 2011, mas estamos, porque estas e muitas outras análises e promessas caíram em saco roto:
1. O rigor das contas, mesmo com a ajuda (dos funcionário de IV categoria) da troika, não permitiu que ninguém visse o desvio colossal nas contas públicas, que tinha vasculhado;
2. O rigor das contas, mesmo com a ajuda (dos funcionário de V categoria) da troika, não permitiu que ninguém visse sequer o buracão da Madeira;
3. Congelamento e cortes nos salários foi um “ver que te avias”, no Público e no Privado (sempre à boleia), a começar no SMN;
4. Confiscos começaram logo no subsídio de Natal em 2011;
5. Despedimentos no setor Público foram até ao tutano, principalmente no setor da Educação;
6. Despedimentos, por efeitos colaterais, foi e é coisa nunca vista;
7. Os PECs foram batizados de DEOs e já lá vão alguns;
8. A austeridade para o Estado resumiu-se a uma viagem do PM em classe económica;
9. As gorduras ainda não foram lipoaspiradas com a eliminação e fusão de Institutos e Fundações;
10. Os cortes, em vez de serem nas mordomias e nos servidores do Estado, foram feitos nas obrigações sociais;
11. Em consequência, o assistencialismo e a dependência dos empobrecidos transformaram o Estado numa “Beneficente” nacional;
12. A Segurança Social começou a vacilar, apesar do reforço com as Pensões da Banca, ou por causa disso;
13. A derrapagem orçamental está à vista;
14. A inconstitucionalidade do confisco de 2/14 dos ordenados dos Funcionários Públicos e Aposentados trouxe à tona as desigualdades sociais e o apontar o dedo a todos os responsáveis pelo Bem da Pátria;
15. A solução, dizem, é confiscar também aos trabalhadores dos privados;
16. As privatizações começaram, em simultâneo com nomeações exemplares de gestores da mesma casta, com chorudos ordenados;
17. As PPP continuam a hipotecar o presente e o futuro, vagarosamente;
18. Os “quinhentoseuristas” começaram a proliferar, chegando-se já aos “trezentoseuristas” (na enfermagem), no setor público;
19. Os “EXEMPLOS” de intrusão inaceitável, mas não ilícita(?) na comunicação social e de fintas lícitas, mas inaceitáveis à formação superior de um dos melhores pregadores do governo sobre a TRANSPARÊNCIA e a SERIEDADE foram a laranja em cima do bolo…
20. etc.
Isto é o PODER DO EXEMPLO e é isto que continua a valer na nossa sociedade!
Voltemos a 2011 para reencontrar o caminho traçado, mas a sério…

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