Previsões negras para a Zona Euro. Nobel da Economia faz avisos sobre Espanha, Itália e estratégia alemã.
A começar logo pela Grécia, o Nobel da Economia dá um mês para que Atenas saia do euro. Uma advertência que surge precisamente numa altura em que a Grécia tarda em constituir um Governo. Este domingo chegou a dar-se como certo o fumo branco, mas o pequeno partido de esquerda grego Dimar veio depois desmentir a afirmação do líder da esquerda radical de que tinha feito um acordo de coligação governamental com os conservadores e com os socialistas. Se até quinta-feira, não houver luz ao fundo do túnel, o país terá de ir, outra vez, a eleições antecipadas.
Outros países na mira das previsões do Nobel
Depois, o pessimismo de Krugman recai igualmente sobre Espanha e Itália, antecipando movimentos “enormes” de depósitos desses países para a Alemanha. Coloca em cima da mesa, na sequência disso, a possibilidade de se proibirem transferências de capital desses países e limites aos levantamentos de dinheiro. “Em alternativa, ou talvez em conjunto, enormes quantias de crédito do BCE deverão evitar o colapso dos bancos”.
No quarto ponto, a atenção vira-se para a Alemanha, que tem “uma escolha” a fazer. Ou aceita as exigências para ajudar Espanha e Itália, tendo, para isso, de rever “drasticamente as estratégias”, apoiando o país ibérico através de garantias à dívida, de modo a que os custos dos empréstimos sejam baixos, ou será o “fim do euro”.
Paul Krugman alerta que “estamos a falar de meses, e não de anos” para que estes cenários se materializem.
Quando já se começa a ver algumas palestras e colóquios, em Portugal, organizados por gente de direita sobre a nossa saída do Euro e as suas reais consequências (que não serão tão negras como pintam, para nos animarem a continuar a pingar o nosso suor nos bolsos dos usurários), vem agora o Nobel, Krugman, insistir na ideia, mas agora com prazo definido, o que nos leva a crer que finalmente o que há muito parece realmente inevitável, irá acontecer, para bem de uns e mal de outros. Falta saber quem ganhará e perderá com a falência da “Sociedade Conhecida de Responsabilidade Limitada”…
Dadas as minhas limitações “técnicas” para análises e previsões sobra-me a intuição (e tenho acertado muitas vezes), que há muito me leva a pensar que quanto antes sairmos, melhor, pela simples razão de que para pior é insuportável e porque se entrar para o Euro foi muito mau para nós, sair será, pelo menos bom. Nós, a Grécia, a Espanha a Itália e outros…
Tenho muitas dúvidas sobre o vaticínio da falência da Grécia, porque na hora da verdade, alguém vai entrar com algum para, manter o doente ligado à máquina, dentro da filosofia de que são maiores as perdas para os bosses da UE.
Por outro lado, ou os Serviços Secretos nos outros países europeus são mesmo secretos e inteligentes e não dão dicas sobre o Plano B, que penso que não existe e por isso, também não sabem como se faz a reconversão de Euros em Dracmas e se os “credores” quem colecionar moeda grega.
Não há gato pingado, economista ou bruxo, que não diga que as perdas com a desvalorização das moedas, no caso da saída do Euro, serão dantescas, mas nenhum, até hoje explicou porquê… Dentro da mesma “lógica”, nenhum explicou também como isso se faz. Assustam sem diagnóstico, mas nem um placebo dão para a nossa salvação e do sacrossanto Euro.
Depois, vem Krugman informar que, a haver borrasca em Espanha e na Itália, os que não pagam a crise deslocalizarão as suas fortunas para a Alemanha, que as receberá de sacos abertos, recapitalizando os seus bancos sem esforço (embora se tenham esforçado para chegarmos até aqui), obrigando os dois países a proibirem essas transferências e cativarem nos seus bancos o dinheiro dos seus legítimos donos. Mais uma forma capciosa de austeridade, encapotando outra forma de confisco.
Finalmente o Nobel vem dizer que para que o Euro não desapareça, a Alemanha deverá “ajudar” a Espanha, o que parece improvável, pelas leituras do passado recente. O que quer dizer que as previsões de Krugman são mais do que previsíveis, há muito tempo, e estas sim, inevitáveis.
E a acontecer, depois de tudo, a Alemanha perdendo o mercado europeu terá que ir vender os seus produtos à China e outros países emergentes, mas para tal e dentro da tão proclamada concorrência, lá terá que baixar os salários aos seus concidadãos, colocando-os ao nível daqueles países, como nos fizeram e quase lá estamos…
Esperemos que a sina traçada por Krugman seja mesmo de meses, para que em 2013, nas eleições alemãs, a responsável por esta tragédia seja condenada politicamente e se retire da cena política para dar lugar a quem for mais democrata e menos imperialista…
Curiosamente o nosso país não entra nos cálculos. Ou somos uma migalha ou estamos mesmo bem...
Anda por lá um cangalheiro português, VÍctor Constâncio de seu nome, e um bobo fugitivo que pinta o cabelo convencido que disfarça melhor a sua incompetência, o Zé Manel tão ao gosto de Bush!
ResponderEliminarO Krugman não menciona Portugal por entender ainda somos suficientemente inteligentes para perceber que logo a seguir aos gregos os srs que se seguem são os tugas.
Choldra com muitos deles!Estão a destruir a economia e a dignidade dos povos.
E dizem que agora vai o Gaspar...
EliminarNem o pia morre nem a gente almoça...
Se tem que ser, que seja já!