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domingo, 13 de maio de 2012

“Mais vale ser RICO e FELIZ do que POBRE e TRISTE!”

A Segurança Social já é obrigada a pagar subsídio (Rendimento Social de Inserção - RSI) a 329.274 pessoas. O mês de março regista a maior subida do último ano do RSI, com mais 6.359 pessoas a pedir este subsídio.
Quase 1/3, 99.000 desses "novos pobres" estão no Porto, enquanto em Lisboa são 65.000.
Portugal é um dos países mais infeliz do mundo devido à "cultura de lamentação" dos portugueses, uma atitude que é possível mudar já que 40% da felicidade depende do comportamento das pessoas, defende o psicólogo Américo Baptista.
Um estudo realizado pela OCDE em 40 países revelou que só os chineses e os húngaros estão mais infelizes do que os portugueses.
Foi a partir desta constatação que Américo Baptista decidiu escrever o livro "O poder das emoções positivas" para "descrever o que a ciência sabe atualmente em termos de melhoria das emoções positivas": "Se as conseguirmos manter ao longo do tempo, passaremos a ser mais felizes".
Segundo o psicólogo, existe uma equação para a felicidade: 50% depende dos genes, 10% do ambiente social e 40% do comportamento das pessoas.
Para Américo Baptista, aprender a ser feliz é como aprender a tocar um instrumento musical. "Se nos dedicarmos e repetirmos os procedimentos corretos aprendemos a tocar um instrumento musical. Com as emoções positivas e com a felicidade é a mesma coisa", sustenta.
"O que se passa é que, do ponto de vista mental, pensamos que, quando compreendemos algo, temos o problema resolvido, mas não é assim. Além de o compreendermos, temos de executar manobras de um modo repetido" para não voltar a acontecer. E as manobras são simples: Ser generoso, apreciar as coisas da vida, sorrir, aprender, melhorar o relacionamento com os outros ou fazer exercício.
Segundo o especialista, 15% do aumento da confiança na sociedade, aumenta o PIB em 1%. "Ou seja, se andarmos bem-dispostos, lidamos melhor com a crise".
A Segurança Social não está obrigada a pagar o RSI, mas tem a obrigação de o fazer, por direito social dos nossos concidadãos, que pelo agravamento do desemprego e a dificuldade em ingressar no mercado de trabalho, fruto das políticas do governo, que atira dia a dia mais gente para a pobreza.
Sociológica e economicamente era bom que se explicasse e tomasse medidas para se perceber por que há mais 12.000 pobres desde o início deste ano, porque 30% são da área do Porto, 20% da de Lisboa (o que perfaz 50%) e os restantes 50% no resto do país. Demograficamente não é difícil perceber pela concentração de pessoas, mas nesta perspetiva fica por se saber por que há mais no Porto, quando em Lisboa há mais população.
Claro que perante as circunstâncias em que vivemos e que irão piorar, e tendo em conta os números acima, dizer-se simplesmente que Portugal é um dos países mais infeliz do mundo, talvez seja verdade, mas seguramente que os fundamentos não estão apenas na cultura de lamentação que nos foi formatando e, por isso, na falta do tal empreendorismo de que tanto se fala, até para o aparecimento de líderes contra o status quo, que promovam e incentivem a indignação coletiva.
Bem sabemos que as emoções positivas, independentemente das percentagens das suas componentes, influenciam o estado de espírito, reduzindo as consequências negativas na saúde, mas sem que resolvam os problemas das pessoas, enquanto expostas prolongadamente às causas que os apoquentam e desesperam. E nesta perspetiva, o “pensamento positivo” não deixa de ser um placebo, que funciona, mas com limitações temporais.
Se formos generosos, apreciarmos as coisas da vida, sorrirmos, aprendermos, melhorarmos o relacionamento com os outros ou fazermos exercício nos conduz à boa disposição e a lidarmos melhor com a crise, é preciso informar como se pode ser generoso quando se tem carências materiais, como se pode apreciar as coisas da vida quando são todas más, como podemos sorrir se só temos razões para chorar, como aprendermos algo mais se também custa dinheiro, como melhorarmos o relacionamento com os outros quando os outros são muitas vezes os responsáveis da calamidade e como se pode fazer exercício, mesmo que seja de borla, se é preciso repor as calorias gastas, com alimentos que rareiam na despensa.
Sem querer contrariar os estudos e a opinião de um psicólogo (ao menos há um ou dois que não estão indiferentes), convinha posicionar estas receitas num patamar da subsistência e da dignidade, a partir do qual as mezinhas não funcionam.
E porque sabemos que o humor é uma boa prevenção para a depressão, até achamos estranho que, pelo menos a RTP, como serviço público, não tenha ainda introduzido comédias como parte da programação, provavelmente porque o gabinete de marketing (do governo) não conhece estas “armas” de paint ball
Mas também não é fácil colorir uma vida a preto e branco, cada vez mais negra…

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