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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Uma GRANDE VIGARICE, sem justificação científica!

A solução apresentada pelo Fundo Monetário Internacional para evitar a rutura dos sistemas de pensões é a de aumentar a idade da reforma sempre que a esperança média de vida também aumentar.
Esta teoria já abordada aqui e que vai fazendo caminho, devagar, devagarinho, de tão absurda e sem qualquer justificação científica, o que não lhe dá o mínimo de validade, só pode vir de gente iluminada ou superdotada, ou o mais certo de burlistas, por se apoiar apenas em motivos económicos e falaciosos.
Pensemos:
1 – O aumento da longevidade não corresponde a mais saúde até mais tarde, nem mais energia (física ou intelectual), antes pelo contrário. O que se pode provar é que as faltas ao trabalho seriam mais frequentes, a produtividade seria reduzida drasticamente, enquanto as despesas com a saúde dos “trabalhadores” (como dos aposentados) mais envelhecidos aumentaria na proporção direta da idade;
2 – No momento atual e tendo como referência o nosso país, descontamos para a reforma durante 40 anos e trabalhamos até aos 65 anos. Como a média de vida em Portugal é de 78 anos, isso quer dizer que o Estado nos paga o retorno desse “investimento” apenas durante 13 anos, o que parece desde logo um negócio desonesto e que nos leva a perguntar para onde vão os descontos dos restantes 27 anos e como são geridos os mesmos descontos durante os 40 anos de descontos;
3 – Esta ideia do FMI, mais não é do que uma maior redução do tempo (13 anos) de usufruto da reforma, deixando-nos, anedoticamente, apenas credores do subsídio de funeral;
4 – Se a ideia da sustentabilidade da segurança social, no que às reformas diz respeito, é ISTO, não seria matematicamente mais proveitoso para os trabalhadores e empresários deixarem de descontar para a reforma e administrarem o montante desses descontos a seu bel-prazer e responsabilidade?;
5 – E não será essa a intenção subjacente de quem propõe tal bizarria, deixando como alternativa aos cidadãos o investimento desses montantes na banca, em “PPRs”?;
6 – Mas se neste momento os bancos tem o presente periclitante, o seu futuro não é uma incógnita e quem apostar em depositar o aforro de uma vida não corre o risco de ver o dinheiro por um canudo ao fim de 40 anos, que é o mais certo?
Se enganar criancinhas é cobardia, ludibriar os mais velhos e mais debilitados é mais do que cobardia, é uma GRANDE VIGARICE!
O Fundo Monetário Internacional (FMI) decidiu extrapolar nas suas propostas de regressão social, visando resolver o que apresenta como o "problema da previdência social". O FMI justifica a defesa de propostas como a redução de aposentadorias e aumento da idade para se aposentar com o bizarro argumento do "risco de que as pessoas vivam mais do que o esperado." É o que os economistas do FMI, comandados pelo José Viñals batizaram de "risco de longevidade".
Risco vida
Pelos cálculos dos darwinistas sociais do FMI, se o tempo de vida médio aumentar 3 anos mais além do previsto para 2050, o "custo do envelhecimento" cresceria 50% nas economias avançadas, tendo como referência o PIB de 2010. Para os países emergentes, o FMI estima esse "custo adicional" em 25%. Os cálculos e recomendações fazem parte de um rascunho do documento que o FMI vai apresentar na sua reunião da Cimeira semestral: "Viver mais é bom, porém, leva a um risco financeiro importante", prega Viñals.
Nababos
Ao mesmo tempo que pousa de austero ou, a depender do olhar do observado, de socialmente perverso em relação à aposentadoria dos outros, o FMI é bem mais generoso quando se trata de distribuir benesses entre os seus. No FMI, os menores salários, pagos a motoristas, variam de 1.800,65 a 2.699,44 euros. No topo dos marajás, o diretor-geral do FMI embolsa 23.931,10 euros mensais, mais ajudas de custo no valor de 3.940,82 euros por mês. Tudo isto, livre de impostos, tanto nos Estados Unidos, como no país de origem. Como se vê, a austeridade é apenas para os outros.
10 estrelas
Fiel ao seu padrão de austeridade, o então diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, pagava diárias de 2.288,96 euros no Hotel Sofitel, em Nova York, onde se envolveu num escândalo sexual com uma camareira, que levou à sua renúncia ao cargo.
Marcos Oliveira e Sergio Souto

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