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domingo, 15 de abril de 2012

Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território é muito ingrediente e pouca chicha

A ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, sublinhou que é preciso contrariar a ideia de que trabalhar neste sector “é uma vida de dificuldades” e passar a mensagem de que as pessoas “podem ganhar dinheiro e enriquecer”, concluindo que “não há falta de emprego na agricultura, falta é gente para trabalhar”.
Uma das soluções passa por garantir mais agricultores e “novas pessoas que sintam que há oportunidades”, pelo que o Governo está a disponibilizar terras do Estado, com prioridade para os novos agricultores. “Arranjamos verbas [através de fundos comunitários] e terra para cultivar”, salientou a ministra, convicta de que o caminho a percorrer passa “por produzir mais, aumentar o consumo interno e as exportações”, destacando a produção biológica, que tem sido uma das apostas dos jovens agricultores.
O cadastro territorial e a valorização da produção nacional são dois desafios referidos por Assunção Cristas, que aproveitou para destacar a necessidade de “uma utilização mais eficiente da água, num dos países que possui uma menor área de regadio”.
A ministra da agricultura e do mar garante que, apesar da subida do preço dos combustíveis e do peixe, os pescadores estão agora a ganhar mais dinheiro.
Pronto! Não tenho nenhuma empatia com a pessoa, até porque não acredito que uma advogada de formação relativamente recente (1997) e pouca experiência política tenha competências para mexer em tantas áreas e sobretudo para por em prática as análises e promessas do seu partido (na oposição) nos vários setores que coordena, como a prática demonstra. Claro que há os chefes de gabinete, os adjuntos, os assessores, os especialistas, os técnicos, as secretárias, os motoristas e ainda os grupos de trabalho, comissões e equipas de missão, que embora custem dinheiro, podem servir de muletas a quem não se movimenta bem numa loja de porcelanas…
Perante as duas notícias, constatamos que na área da Agricultura algo se “faz” e se planeia, mas fica a sensação de que a “super” se descarta de responsabilidades, acusando os portugueses de não quererem cavar, enquanto outros se cavam, por conselho do PM… “Avaliando”, 10 meses depois da tomada de posse, podemos dizer que, “muita parra e pouca uva”…
Sobre a pasta do Mar, para além desta afirmação não baseada em números e pela inexistência de notícias sobre o aumento da frota pesqueira, não será de acreditarmos à primeira, até porque os pescadores da minha terra queixam-se do mesmo… “Avaliando”, 10 meses depois da tomada de posse, podemos dizer que, é preciso lançar as redes para se apanhar peixe…
Já na área do Ambiente, que é fácil de gerir, porque nunca fomos muito poluidores, com a insolvência das empresas o “ambiente” vai melhorar e o único trabalho que se conhece da “super” é o dossiê da privatização das Águas de Portugal, em que não ficou bem na fotografia, por criar mau “ambiente” na sociedade portuguesa, por nomear acólitos dos partidos da coligação, sem sequer se questionar sobre a justeza e justiça de privatizar o que Deus deu, de graça e como graça, a todos os portugueses… “Avaliando”, 10 meses depois da tomada de posse, podemos dizer que, é muita água e muita seca, o que dá duas secas aos contribuintes…
Finalmente sobre o Ordenamento do Território, nada consta de qualquer medida efetiva, a não ser que a Lei do Arrendamento se insira nas competências do ministério e o tão necessário Programa de Reabilitação Urbana avance, já que nos próximos 10 anos não haverá construção que possa desordenar mais o território… “Avaliando”, 10 meses depois da tomada de posse, podemos dizer que, é pouca massa para levantar muito tijolo e aplicar-lhe material…
Nestas críticas devem dar um desconto à “avaliação” que faço, pela falta de empatia e confiança confessada, mas que já passaram 10 meses, passaram e 10 meses é muito tempo e continuamos a importar produtos agrícolas e pescado, vamos pagar mais pela água que bebemos e continuaremos a verificar derrocadas de casas velhas, sem que os guindastes façam parte da paisagem…

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