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quinta-feira, 15 de março de 2012

Sempre a cair, mas sempre com um lugar no pódio…

A taxa de desemprego em Portugal subiu em Janeiro para 14,8%, um máximo histórico que coloca o país com a 3ª taxa mais elevada entre os países da OCDE, ao lado da Irlanda.
Acima de Portugal surge apenas a Espanha (23,3%) e a Grécia, que apesar de só ter valores para Novembro (19,9%), certamente chegou a Janeiro com um nível de desemprego acima do registado em Portugal.
A Europa é a região que está a ser mais castigada pelo desemprego. Em média, nos países da OCDE, a taxa de desemprego permaneceu em 8,2%. Já na Zona Euro avançou em Janeiro para 10,7%, o que corresponde ao nível mais elevado de sempre. Os países da União Europeia são os únicos que apresentam taxas de desemprego de dois dígitos.
A taxa de inflação anual de Portugal subiu em fevereiro para os 3,6%, 0,2 acima do valor registado em janeiro, sendo a 3ª mais elevada entre os países da zona euro, apenas atrás de Estónia (4,4%) e Eslováquia (4%), segundo dados divulgados pelo Eurostat.
O INE anunciou que o PIB de Portugal diminuiu 1,6% em 2011 em relação ao ano anterior.
Na sua declaração inicial, o comissário europeu assinalou “a admiração pelo trabalho feito pelo governo português, pelos parceiros sociais e pela sociedade portuguesa em geral”, destacando que “existe um consenso na sociedade e um apoio político que são cruciais para o sucesso na resolução dos grandes desafios” que a economia portuguesa enfrenta.
Olli Rehn destacou como “mensagem principal” que “Portugal está no bom caminho para resolver a situação orçamental, reganhar a confiança dos seus parceiros internacionais e mercados e lançar as bases para [atingir] um crescimento sustentável e mais emprego”.
O comissário procurou fugir à questão sobre se Portugal precisa de mais tempo e mais dinheiro.
Um tal senhor Rehn, um “verdadeiro finlandês”, que não se candidatou a qualquer lugar por qualquer partido português, veio a Portugal ver se andávamos pelas quelhas que a troika nos indicou para chegarmos ao tesouro e tal como eu já disse aqui, algumas vezes, também ele disse: “Vamos no bom caminho!”
E nem era preciso ter cá vindo, nem ler o nosso dossiê para chegar a tal conclusão, bastava-lhe ler os jornais e saber os objetivos ocultos que nos traçaram… Bastava-lhe ter em conta que a recessão prevista piorou, que a inflação prevista foi maior e que o desemprego previsto foi muito pior. E pronto! Se era isto que queriam, conseguiram e o governo está de parabéns, mais os calados e sofridos cidadãos “europeus” deste canto sul da Europa.
Só fiquei meio baralhado (só meio) com as metas perseguidas e enunciados pelo finlandês, porque disse que Portugal irá resolver a situação orçamental, recuperar a confiança dos parceiros internacionais e dos mercados e lançar as bases para um crescimento sustentável e mais emprego…
Seguramente que o sr. Rehn justificou tim-tim por tim-tim, a quem de direito, mas os media nada ouviram nem registaram, mas outra coisa não seria de esperar, porque o sr. não veio a turismo… Mas que podia justificar, podia, e não lhe ficava mal, embora se saiba que quando se cai só nos podemos levantar, mas é preciso cair mesmo!
O mais desconcertante é que o sr. Ollie não se referiu aos portugueses, nem às suas condições de existência. Será que as pessoas não entram no plano? Então estão a salvar o quê? Ainda por cima não relacionou as quedas à procura do tal plano de achamento do tesouro e nem quis falar sobre a necessidade de nos darem outro mapa, porque o primeiro era falso e os caminhos que lá constavam eram verdadeiramente falsos…
Irra! Será que o sr. Rehn pensa que em Portugal também não há portugueses e “verdadeiros portugueses”?
Nota – Se a Europa é a região mais castigada pelo desemprego e a Zona Euro ainda mais, sendo a média da OCDE de 8,2% e na Zona Euro de 10,7%, não haverá uma relação direta entre a moeda (euro) e a crise, entre causa e efeito?

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