(per)Seguidores

sábado, 28 de janeiro de 2012

O Parlamento aboliu mais uma vez a Pena de Morte!

Silva Pereira, ex Provedor da Santa Casa da Misericórdia da 
Póvoa de Varzim, recentemente falecido, que lutou toda a vida
pelos paramiloidóticos, teria ficado satisfeito com esta notícia.
O Parlamento aprovou hoje resoluções do PCP, Bloco de Esquerda, PSD e CDS favoráveis à disponibilização no SNS do medicamento Tafamidis para o combate à paramiloidose, a chamada “doença dos pezinhos”.
No debate, ficou patente uma divisão entre as resoluções da oposição (que defendiam a solução do medicamento Tafamidis ser urgentemente comparticipado pelo SNS) e os diplomas da maioria PSD/CDS, que recomendam ao Governo a aceleração do processo do Tafamidis junto do Infarmed, tendo em vista introduzir o medicamento ao combate à paramiloidose.
O deputado socialista Manuel Pizarro abriu o debate, dizendo que a disponibilização do Tafamidis sem custos “representa a defesa da dignidade humana”, enquanto o deputado do Bloco de Esquerda criticou o PSD e CDS por “procurarem proteger a posição do Governo” nesta matéria.
Na mesma linha, o deputado comunista Jorge Machado disse não ignorar a necessidade de se negociar o preço do medicamento, mas considerou que “nada justifica os sucessivos atrasos”.
Pela bancada do PSD, Nuno Reis criticou sobretudo a posição do PS.
O deputado do CDS Ribeiro e Castro referiu que o seu partido “tem um grande histórico” em termos de acção para o combate à chamada doença dos pezinhos e considerou estar-se perante “uma questão de responsabilidade social da indústria farmacêutica”.
Finalmente o Parlamento deu um passo decisivo na eliminação da Pena de Morte, que ainda subsistia em Portugal e era de ordem genética e sem culpa dos condenados.
Sabe-se que o tratamento é caro, mas também se sabe que a solução alternativa (o transplante do fígado) tinha sido suspensa, não havendo assim alternativa de vida para os “condenados” à nascença.
Pondo de lado o desvio do tema da conversa de um deputado do PSD, parece que a maioria teve consciência do peso da decisão na matéria e nas consequências e a humanidade veio ao de cima. E outra coisa não seria de esperar, mesmo tendo em conta os encargos, mas quanto custa uma vida? E quando pesa na consciência individual a condenação à morte de um garantidamente inocente?
Ainda bem que tudo acabou bem e espera-se que a decisão não demore tempo demais a por-se em prática, que permita que entretanto haja “execuções” evitáveis.
Cá está uma boa ocasião para dizer bem, porque me foi dada a oportunidade…

4 comentários:

  1. Mais um excelente projecto de lei do CDS aprovado por unanimidade!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Parabéns ao CDS e à capacidade de conseguir a unanimidade. A justiça e o valor da vida não pertence aos partidos, só os valores.

      Eliminar
  2. Foi um bom Homem e um grande Poveiro.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Bateu-se sempre pela solução dos problemas da paramiloidose, mas fez-se justiça, finalmente, quando já duvidava da cristandade do CDS... E ainda bem para muitos poveiros, vileiros, japonese e tantas comunidades a quem transmitimos o gene.

      Eliminar