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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Em 4.710, no Ano Novo chinês, Esperança e Cautela…

A cultura chinesa despediu-se no passado domingo do Ano do Coelho e começou segunda feira, o Ano do Dragão, o mais esperado e temido dos 12 animais que formam o seu calendário lunar, ocasião que reúne a maioria das famílias na festa mais celebrada do Oriente.
Nos dias anteriores, os chineses seguem o costume de limpar suas casas da sujeira e dos "maus espíritos" e decorá-las com enfeites alusivos ao animal que honrarão durante o ano. O dragão é o símbolo da figura do imperador que inspira muito respeito nos chineses.
Segundo os astrólogos orientais, o ano do dragão não será tão conflituoso como 2011, e, por outro lado, será uma boa época para fazer reformas, progressos e mudanças.
Será bom para o meio ambiente, porque é composto por água e terra. É um ano recomendável para casar e ter filhos, ou para iniciar qualquer atividade nova, já que o dragão traz sempre sorte e felicidade, segundo os chineses.
No entanto, por essa mesma composição de água e terra, os adivinhos também preveem desastres naturais, como terramotos e inundações. Alguns dos piores terramotos foram precisamente em anos do dragão, como o do Alasca de 1964 ou o que em 1976 causou a morte de 250 mil pessoas na cidade chinesa de Tangshan.
Por tudo isso, os chineses, que muitas vezes se autodenominam "herdeiros do dragão", esperam o novo ano com um misto de esperança e cautela.
Há já décadas que somos aculturados pela civilização e cultura chinesa (oriental), talvez pela compensação espiritual que foi desvanecendo na cultura e civilização ocidental e nos advinha daquela, pelo que o Ano Novo chinês já não nos é estranha e até já se entranhou a nível mundial.
Pelas circunstâncias que dominam hoje o nosso dia a dia, mais se justifica identificar os nossos “patrões”, para um conhecimento mútuo, que permita uma comunicação com respeito mútuo pelos usos e costumes…
E assim sendo, como se diz que o ano do dragão (2012) não será tão conflituoso como 2011, é bom acreditar, apesar de todas as análises e estatísticas… E, se vai ser boa uma época para fazer reformas (mesmo), progressos (para todos) e mudanças (para melhor), vamos acreditar no Dragão (apesar de o FCP estar em 2º)…
Por outro lado, preveem-se terramotos e inundações, a outra face da moeda, o que leva os chineses a esperarem o novo ano com um misto de esperança e cautela, como convém, por muita fé que nos inunde…
Mas como a China também se tem ocidentalizado, sobretudo na adoção das regras da economia de mercado, correndo os mesmos riscos e as mesmas consequências por que estamos a passar, e como já há meses que se fala de uma bolha imobiliária superior à dos EUA, também nós estamos sujeitos, pela globalização da economia, a sofrer com os eventuais estilhaços da explosão dessa bolha, despoletada pelo bater das asas da borboleta na China, que no caso seria do rugir e do fogo lançado pelo Dragão…
Entre o pior, é melhor acreditar no que mais nos convier e no fim faremos os prognósticos…
CIDADES FANTASMAS - A FARSA DO CRESCIMENTO CHINÊS

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