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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

“PELA LEI E PELA GREI”, mas a grei é que paga…

Já arrancou o patrulhamento da GNR na A22. Nesta quinta-feira, todos os pórticos estavam a ser vigiados por agentes.
No entanto, esta ação não é pacífica e gerou mal-estar nos agentes da força de segurança, uma vez que a Via do Infante tem uma concessionária, a quem, segundo os próprios, deveria caber a responsabilidade de zelar pelos sistemas. O Comando Distrital da GNR recebeu ordens do Ministério da Administração Interna, para realizar esta intervenção.
Os agentes desta força de segurança foram posteriormente chamados pelo comandante-geral da GNR, porque está em causa a segurança pública e não apenas a proteção de um equipamento concessionado. Recorde-se, aliás, que um funcionário da concessionária foi ferido, na Guia, na A22, em consequência dos atos de vandalismo – incêndios e tiros de caçadeira.
Por outro lado, os carros da GNR terão de pagar portagem para fazer o serviço. Não ficou esclarecido se esse pagamento será restituído, nem houve garantias de que essa despesa – diversas viagens diárias na autoestrada, já que os militares de elite da Unidade de Intervenção ficarão em permanência em todos os pórticos, divididos por 3 turnos.
No total, foram destacados para a missão 60 militares, alguns dos quais protegidos com coletes antibalas. Nos pórticos de portagem com risco elevado, estarão apoiados por uma viatura.
Esta medida de precaução surge em resultado de um fenómeno que ocorreu no Algarve, recentemente: o roubo em massa de matrículas, que as autoridades suspeitam que tenham como finalidade a sua utilização em ações de protesto violentas, como as que ocorreram nos últimos dias, no Algarve, desde que vigorou a cobrança de portagens nas SCUT da Via do Infante.
Entre 60 a 100 agentes da GNR (o número depende dos jornais) iniciaram o patrulhamento da A22 (Via do Infante), durante 24 horas, pela voz do Comando Distrital da GNR, que recebeu ordens do Ministério da Administração Interna.
Mas como a Via do Infante tem uma concessionária privada, a quem deveria caber a responsabilidade de zelar pela segurança dessa área e por todos o equipamento que lhe pertencem, como acontece em todas as outras, é claro que até os próprios agentes ficaram chateados e compreende-se. São mais umas horas de borla e despesas orçamentais, em benefício de privados, que já tem a sua gorda fatia de um bolo que é nosso.
E para além de esses serviços não serem pagos, como acontece sempre que as forças de segurança nacionais são requisitadas para prestarem serviços a privados, ainda por cima, OS CARROS DA GNR TERÃO DE PAGAR PORTAGEM pelas diversas viagens diárias, durante as 24 horas do serviço.
Onde chegou a irracionalidade e a prepotência do governo e o descaramento, consentido das operadoras privadas! Até é capaz de haver gente que compreende estas coisas, dentro dos novos “paradigmas” construídos por adulteração das regras dos silogismos, mesmo com as premissas de sempre. Aristóteles volta para lhes dar umas aulinhas…
Mais incompreensível é basear esta medida “de precaução” no roubo em massa de matrículas no Algarve, que as autoridades suspeitam que tenham como finalidade a sua utilização em ações de protesto violentas… Será que vão organizar-se manifestações de matrículas em punho, contra os cassetetes da PSP? Não será antes uma tática para impedir, simplesmente, a leitura das câmaras de vídeo colocadas nos pórticos?
E se a razão apresentada, de um agente ter sido “alvejado”, for para aplicar a todos os cidadãos nas mesmas circunstâncias, haverá um polícia para cada português e um outro em cada Caixa de Multibanco? Se assim for, a obsessão de Paulo Portas pela insegurança crescente, quando era deputado e candidato a PM e lhe originavam insónias, podia desvanecer-se, mas como tem vindo a aumentar, quem em número, quer em violência… Será essa a razão para PP andar desaparecido, com medo de ser assaltado pelas soluções que propunha?
Vá-se lá entendê-los! Ou melhor, cada vez se entende melhor as promessas, os incumprimentos e os compromissos… O cidadão em último lugar!

4 comentários:

  1. Cá em casa decidiu-se deixar de votar, seja em quem for. Nem sequer para a Junta de Freguesia!
    Cansamos. Chega!

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  2. maria
    Isso é o que eles querem. Assim chegam meia dúzia de votos para serem eleitos...

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  3. Félix da Costa
    Sei lá... Não será cómico nesta tragédia?

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