A classe média será a mais afetada pelas medidas do Orçamento do Estado para o próximo ano, seguindo-se os funcionários públicos e os reformados, revela um estudo de mercado da Deloitte.
O corte dos subsídios de férias e de Natal poderá representar uma redução até 30% no rendimento anual dos funcionários públicos em 2012, numa altura em que os trabalhadores do privado consideram ter estas prestações "em risco".
De acordo com o estudo, cerca de 46% dos funcionários do setor público, verá reduzido em 15% o respetivo rendimento anual em 2012 e os agregados com rendimento anual superior a 60 mil euros (60%) terão uma diminuição de 30% do rendimento no próximo ano.
Fernando Ulrich monstrou-se contra o corte das reformas dos ex-trabalhadores da banca, no âmbito dos cortes anunciados pelo Governo para os subsídios de férias e Natal para os reformados e funcionários públicos. E explica porquê: os fundos de pensões da banca "têm o capital" necessário, ao contrário dos regimes do resto da população.
Fernando Ulrich não lê pela minha cartilha e eu não leio pela dele, naturalmente, dado que vivemos em mundos diferentes e eu gostaria de ir para o Paraíso que desconheço, enquanto ele conhece os “paraísos fiscais”, que são o nosso inferno, aqui e agora.
E basta ver o enviesamento do seu raciocínio, que o leva a considerar um CONFISCO que o governo que ele admira (por razões que não explicou) pense em corta nas reformas dos ex-trabalhadores da banca, porque há capital para tal e pelos vistos não o há para os Funcionários Públicos e Pensionistas, o que lhe basta para não se indignar, nem classificar a atitude do governo que ele admira (provavelmente por ser discricionário)…
Se há dualidade de critérios, há dualidade de tratamentos e há dualidade de categorias de portugueses, como no tempo do Império Colonial…
Mas onde está o dinheiro que os pensionistas descontaram durante 36/40 anos?
E como classifica (criminalmente) os cortes de 2 salários aos portugueses de 2ª, que mais não é do que o incumprimento de um contrato?
“Apelo para que acabem as conferências de imprensa da troika. Poupem-nos de ter de ouvir funcionários de 5ª ou 7ª linha não eleitos democraticamente. Venha a união política, que aí o meu voto conta para eleger a senhora Merkel”, afirmou o presidente do BPI.
Mas apesar de as cartilhas serem diferentes, graças à dualidade de pensar e de avaliar as situações, estou plenamente de acordo com Fernando Ulrich, ou melhor, ele é que está de acordo com tudo que tenho aqui comentado há meses, ao denunciar a usurpação de soberania, com uns senhores estrangeiros a falarem no nosso país como se fosse “tudo nosso”, com uma encenação consentida e até promovida pelo governo de que ele gosta…
E repete o que aqui tenho repetido, podo em causa a (in)competência daqueles “troikianos”, que os mais papistas achavam o máximo e que eu pensava que eram de 2ª, mas pelos vistos são funcionários de 5ª ou 7ª (ele lá sabe), não foram eleitos democraticamente e mexem-se por aqui como se isto fosse deles, humilhando os governantes e os técnicos (banqueiros incluídos) e apagando a vontade do povo expressa nas eleições. Só que Ulrich devia ver mais longe e ir pensando que qualquer dia temos a primeiro ministro o Vítor Constâncio, como aconteceu na Grécia e na Itália…
E como estou farto de dizer, em abono da autoridade democrática, agora Ulrich faz eco da ideia de reestruturação política da UE, com federalização, ou união política, para que os dirigentes europeus sejam TODOS ELEITOS com os nossos votos!
E acabou por borrar a escrita e as "boas intenções" ao declarar que não vão ser os bancos a apoiar a economia do país... Bolas para tanto patriotismo e tão altos ideais "democráticos"! Não basta ter um microfone...
Mas um dia estaremos todos de acordo… não só sobre as medidas da troika impostas à Banca, mas sobre todas as medidas impostas a TODOS OS PORTUGUESES, com base na qualificação destes funcionários de 5ª ou 7ª categoria!
Quanto mais cedo atingirmos essa clarividência melhor para todos nós.
ResponderEliminarNão compreendo por que razão os "troikanos" insistem em fazer o contrário do que defendem aqueles que já receberam prémios Nobel da economia.
Luís Costa
ResponderEliminarEssa dos Nobel já estou farto de referir e publicar artigos de vários, mas ou é mistério ou a clarividência de que ninguém quer resolver o "problema", porque a solução para poucos, talvez seja o próprio problema.
Mas um dia a coisa cai. Inch'alla...