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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O BPN vendido legalmente na “Feira da Ladra”…

Feira da Ladra, no Campo de Santa Clara
O Estado, através da CGD, recebeu propostas do Banco BIC (com capitais angolanos), do Montepio e do Núcleo Estratégico de Investidores (NEI), formado por diversos empresários e houve uma quarta proposta, mas que ficou pelo caminho.
O Ministério das Finanças afirma que tomou a decisão de seleccionar a proposta do Banco BIC Português “com vista a negociar, em condições de exclusividade”, um acordo para a venda do BPN.
Estado perde 2,4 mil milhões de euros
A proposta de aquisição do Banco BIC passa por incorporar 750 trabalhadores dos actuais 1580, e pagar 40 milhões de euros pelo BPN.
As Finanças referem ainda que a recapitalização do BPN, a efectuar antes do fecho do negócio, "ascenderá a cerca de 550 milhões de euros". Assim, o total do custo do Estado com o BPN, descontado do preço de venda, ascende nesta data a cerca de 2,4 mil milhões de euros".
Parece que vai ser difícil sabermos ao certo quanto pagamos pela “nacionalização” do BPN, mesmo que nos digam que o Estado perdeu 2.400.000.000 de euros, que seria de 2.440.000.000 de euros, se não vendesse por 40.000.000, o que seria o fim do sistema financeiro. Bagatelas!
Embora anunciado há muito um montante de 400.000.000 de euros para recapitalização do BPN, falou-se depois em 500.000.000 de euros e agora foram 550.000.000… É o tal RIGOR de que nos querem convencer.
De salientar a preocupação social, quer do governo, quer do presidente do BIC, de despedirem apenas 830 funcionários, que serão compensados pelo governo (por nós), sem se saber se este montante já está somado ao prejuízo.
E por causa desta fraude, nunca é demais repetir, pagaram e continuarão a pagar os contribuintes de meia tigela, enquanto os vigaristas andam todos por aí, com o umbigo ao sol, em vez de estarem todos com tudo “à sombra”. E era tão fácil credibilizar a Justiça, só com este exemplo…
O Núcleo Estratégico de Investidores (NEI), uma das entidades que está na corrida à compra do Banco Português de Negócios (BPN), diz ter reforçado o valor da sua proposta na sexta-feira, para um montante que ultrapassa os 100 milhões de euros.
Segundo o responsável, José Fernandes, “Melhorámos a oferta de forma a ir ao encontro do interesse do Estado. O valor oferecido respeita integralmente o valor do banco. Fomos muito bem recebidos e sentimos que temos sido respeitados ao nível das negociações, mesmo não tendo lóbis, nem apoios políticos”, afirmou.
O porta-voz realçou que, ao contrário do que tem sido noticiado, o grupo que representa não quer fechar balcões, nem despedir funcionários.
Um dos concorrentes rejeitado vem dizer que os 100.000.000 de euros que ofereceu respeitam ao valor do banco, de onde se depreende que se podiam recuperar mais 60.000.000 de euros, mas também eram uma ninharia.
Estranho é o mesmo grupo excluído dizer que foram muito bem recebidos e respeitados (até mereciam champanhe!) mesmo não tendo lóbis, nem apoios políticos. Então nestas coisas também há lóbis e também há apoios políticos? Eles lá sabem e nós, agora, também…
Embora seja uma declaração de intenções de quem perdeu, diz o mesmo grupo que nem iam fechar balcões, nem despedir funcionários… Mas deve ser contrainformação…
A associação dos clientes do BPN está preocupada com a venda do Banco ao BIC e o seu porta-voz disse: "Ontem [domingo] ouvimos o presidente do BIC [Mira Amaral] dizer que os clientes estão salvaguardados, mas já ouvimos isso há dois anos por pessoas mais responsáveis porque estavam a governar o país", sublinhou António Henriques e acrescentou. "Ficamos na dúvida se os privados vão cumprir depois de o Estado não ter cumprido".
O responsável da associação de clientes questiona a razão pela qual o Governo aceitou a proposta do BIC, no valor de 40 milhões de euros, quando tinha uma proposta de 100 milhões, apresentada pelo NEI.
Não sendo cliente do BPN, quem o é ficou preocupado e com dúvidas sobre se os privados vão cumprir o que o Estado não cumpriu, que foi salvaguardar os clientes desse banco, mas pelo que diz tanta gente, os privados são gente de bem, o Estado é que não é sério, embora os nossos governantes o sejam. Haja fé e não procurem saber toda a verdade sobre o montante da venda, depois de um dos intervenientes ter falado em lóbis e apoios políticos.
Só não se percebe uma coisa. Se o negócio (tão barato) é bom para um banco existente, por que não era bom para a CGD, que ainda por cima já lá tinha metido um balúrdio?
Há que ter fé demais!

Atualizado às 21H00

2 comentários:

  1. Simplesmente escandaloso!Paga Zé!

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  2. maria
    O pior é que ninguém sabe com quanto entramos, nem ninguém acentua que toda a crise e a austeridade por que estamos a passar e passaremos, só se deve a esta trafulhice... Os abusos do crédito, são a sombra desta praga, que vamos continuar a cobrir.
    Olhe, cobrir por cobrir, quem devia ser coberto era o Loureiro (o outro, não eu) e mais os que ainda vão arranjando trabalho e festas VIP!

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