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domingo, 31 de julho de 2011

Já melhoramos! Agora há “JOBS for the BOSSES”…

O primeiro-ministro anunciou que criou um site onde podem ser consultada a lista de nomeações dos membros do Governo, uma promessa eleitoral do líder do PSD, que não está actualizada.
São 235 as nomeações feitas no primeiro mês de governação.
Nos dados biográficos dos nomeados para os diversos ministérios destaca-se o cargo, o nome, a idade, o vencimento bruto e o email para contacto.
As nomeações do Governo
Primeiro Ministro - Pedro Passos Coelho                                                  38
Ministério das Finanças - Vitor Gaspar                                                       37
Ministério da Defesa Nacional - Aguiar Branco                                         20
Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares - Miguel Relvas          52
Ministério da Agricultura - Assunção Cristas                                             50
Ministério da Saúde - Paulo Macedo                                                           18
Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro - Carlos Moedas     1
Secretário de Estado da Cultura - Francisco José Viegas                       19
Ao apresentar uma lista incompleta das nomeações de membros do Governo, o primeiro ministro, enquanto líder do PSD, cumpriu parte de uma (entre tantas) promessa eleitoral e pelos vistos está satisfeito com a sua performance, o que me parece pouco ambicioso, se não repare-se…
1 - Até agora, só constam 235 nomeações, no primeiro mês e referentes a 5 ministérios apenas, faltando conhecer as nomeações para mais 6 ministérios, concretamente: Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ministério da Administração Interna, Ministério da Justiça, Ministério da Economia e do Emprego, Ministério da Educação e Ciência e Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, o que numa avaliação simples e com simples evidências, daria nota negativa ao cumprimento da medida, até porque os ministérios em falta já tem, de certeza muita gente a trabalhar;
2 - Por outro lado, sobre os 235, não é dito que o número é definitivo, nem se pode imaginar o número final;
3 - Nos dados biográficos dos nomeados, entre outros dados irrelevantes, consta o cargo e o vencimento bruto (que não são exagerados), mas não consta o currículo, nem a adequação do mesmo para o cargo a desempenhar, que poderia evidenciar a competência e a justeza do vencimento;
4 – Relativamente ao critério da seleção nada consta, pelo que se pode concluir que não houve concursos públicos (uma outra promessa eleitoral do líder do PSD), ou limitados e que apenas contou a confiança pessoal;
5 – Por exclusão de partes, “todos” os nomeados pelo governo anterior se demitiram, ou foram dispensados, mesmo que fossem competentes, provavelmente por ocuparem os lugares por critério partidário;
6 – Pela mesma ordem de ideias, os nomeados agora, ocuparão os lugares também por critério partidário e demitir-se-ão, ou serão dispensados quando o governo mudar.
Resumindo, mais 235 “precários”, para já, que nem estariam “à rasca”, nem se tornaram “quinhentoseuristas” porque não são “parvos” e pertencem à geração do “eu mereço”!
A CGD efetuou 172 nomeações no primeiro semestre de 2011, menos 96 que em igual período do ano passado, um número inferior a 3% do quadro de pessoal.
Até ao final de junho, a CGD diz já ter reduzido em cerca de 8,7% os seus custos com pessoal, acima dos 5% exigidos pelo Estado.
Entre junho de 2010 e julho de 2011 a CGD reduziu o seu quadro permanente em 224 empregados.
E continuando com nomeações, agora na CGD, a coisa é mais complicada com os números (especialidade dos “caixeiros”) porque se diz que só houve 172 nomeações no primeiro semestre de 2011 (menos 96 que em igual período do ano passado) e que entre junho de 2010 e julho de 2011 reduziu o quadro permanente em 224 empregados… Ora, se mandou para casa 224 e deu emprego a 172, apenas reduziu 52! Se não precisava de 52, por que dispensou 224? Claro que os dispensados não foram da Administração, porque o número até aumentou, embora sem mais custos(?)...
Finalmente, a CGD diz que já reduziu até ao final de junho cerca de 8,7% dos custos com pessoal, donde se depreende que também não foi na Administração, que ficou a ganhar o mesmo…
Não há dúvidas de que estamos a melhorar a olhos vistos nessa peste dos “JOBS FOR THE BOYS” de má memória e agora, para já, até nos podemos orgulhar de ter subido na certificação de qualidade, ao substituirmos tal prática ignóbil por “JOBS FOR THE BOSSES”…
Aleluia! Amen!

2 comentários:

  1. Excelente post Miguel! :)

    É mesmo assim. Quem pensou que ia ter diferente, enganou-se, porventura, mais uma vez. Estamos a ter, como eu sempre esperei, mais do mesmo.

    Agora, há que aguentar a bronca!

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  2. Elenáro
    O que acho estranho é ouvir tanto comentador, a omitir estas coisinhas que até um cego ouve...

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