(per)Seguidores

terça-feira, 17 de maio de 2011

Tudo o que cai nas redes (sociais) é peixe…

Relatório anual diz que os "direitos humanos estão no limiar de uma mudança histórica".
Para a Amnistia Internacional, que assinala este ano o seu 50º aniversário, o mundo está hoje a travar uma batalha decisiva pelo controlo da informação, os meios de comunicação e a tecnologia de informação, à medida que "as redes sociais alimentam um novo activismo que os governos lutam para controlar".
No seu habitual relatório anual, a ONG diz que "o ano 2010 pode muito bem ser lembrado como o ano decisivo em que os activistas e os jornalistas usaram as novas tecnologias para dizerem as verdades ao poder e, ao fazê-lo, forçar um maior respeito pelos direitos humanos", mas também é verdade, que essa "mudança está no fio da navalha" porque "há um importante contra-ataque das forças da repressão".
No "ano em que os governos repressores se viram perante a possibilidade real de terem os dias contados", a Amnistia Internacional selecciona como "momentos icónicos" a libertação de Aung San Suu Kyi na Birmânia e o prémio Nobel da Paz ao dissidente chinês Liu Xiaobo, "apesar das tentativas do seu governo de sabotar a cerimónia".
A Amnistia Internacional permite-se alguma euforia em relação ao que se tem passado no mundo nos últimos meses, chegando a afirmar, que "para aqueles que desafiam o abuso do poder por parte dos estados e de outras instituições, esta é uma época emocionante".
E, nesse aspecto, a Amnistia Internacional reconhece a contribuição da WikiLeaks para o activismo em defesa dos direitos humanos e cita vários exemplos em que o site contribuiu para denunciar casos de abuso. No entanto, "foi preciso os bons e velhos repórteres e analistas políticos dos jornais para investigar os dados em bruto, analisá-los e identificar as provas de crimes e violações contidos nesses documentos".
Se os Direitos Humanos estão no limiar de uma mudança histórica, tenho muitas dúvidas, pois o que me parece é que os conceitos do Direitos Humanos é que estão a ser alterados pelo poderio e pacificamente aceites pelos cidadãos. Há são novos instrumentos, as TIC, que os activistas e os media estão a usar para dizerem as verdades ao poder, denunciar os atropelos aos Direitos Humanos e forçar os governos a um maior respeito pelos mesmos.
Em resposta, há uma batalha constante e decisiva pelo controlo da informação, de todos os governos, que lutam para controlar esses meios de comunicação, mais especificamente das tecnologias de informação e destas as redes sociais, que alimentam um novo activismo e que por isso merecem um importante contra-ataque das forças da repressão, para não dizer da reação, com infiltrações, provocações e manipulação e usando as mesmas armas...
E a tese que gizei acima, acaba por ser reconhecida pela própria Amnistia Internacional, ao reconhecer a contribuição positiva da WikiLeaks para a defesa dos Direitos Humanos, caso que estabelece as etapas seguidas e as táticas usadas nessa batalha pelos poderosos e comprometidos com o desrespeito dos Direitos Humanos, mesmo disfarçados do Direito à Segurança, controlando e castigando “exemplarmente” os denunciadores…
Nas redes (sociais), mesmo nas de malha mais fina, ficam sempre presos uns peixinhos, que ainda que pequenos, são expostos aos mais grandinhos, para que fujam dessas redes…

Sem comentários:

Enviar um comentário