Paulo Portas lembrou que em 30 anos Portugal "teve de ser resgatado" por 3 vezes. "Quando isto acontece temos o direito de exigir que, ao menos, haja a envergadura de reformar o Estado (...). E no fim do caminho termos outra economia, outro crescimento, outro emprego, um Estado mais decente e uma economia realmente a crescer", afirmou.
O líder do CDS-PP reconheceu que a intervenção externa em Portugal vai tornar o país, "objectivamente, mas transitoriamente, num protetorado" das instâncias europeias que vão ajudar no resgate financeiro.
Centrando a tónica do discurso na intervenção do FMI, Portas classificou a ajuda como "inevitável", para impedir que o Estado "fosse declarado insolvente" e que "o sistema bancário entrasse em rutura".
Entre duras críticas à "irresponsabilidade" socialista dos últimos 6 anos, Portas defendeu: "Foi a última vez que Portugal pediu ajuda para pagar a dívida soberana".
Já se nota um certo abrandamento do patriotismo (e é pena) que Portas reclamava há poucos dias e de que aqui demos nota, por pragmatismo, por se ter convertido à inevitabilidade, ou por estarmos cada vez mais próximos das eleições?
Como é que se pode aceitar ser um protetorado, quando se paga (e bem/mal) o serviço que nos é prestado? Que grau de responsabilidade é este, em que se admite que sejam “técnicos” de fora a desenhar os projetos políticos que os nossos políticos não são capazes de vislumbrar?
Os Partidos estão a ficar cada vez mais iguais e assim estamos nós a ficar cada vez mais na mesma…
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