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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Miremos atentamente os quadros pintados por PPC…

O primeiro-ministro criticou a mentalidade de “certas personalidades que acham que são donas do país” no debate sobre os quadros do Miró, justificando a opção de venda com o facto de nenhum país poder “fazer tudo”.
O primeiro-ministro recordou que a oposição – tal como “o país inteiro” – se queixa do “que custou nacionalizar o BPN”, realçando que foi o anterior Governo que tomou esta decisão e foi preciso injetar “milhares de milhões de euros que serão pagos pelos portugueses”. “Nós temos aqueles ativos que poderemos utilizar para diminuir esse prejuízo”, criticou.
Passos Coelho afirmou ainda que se a ambição de Portugal “é ter uma economia que possa estar ao serviço das pessoas, que crie emprego”, então tem que ser “uma economia aberta, competitiva, não baseada em salários baixos mas numa valorização de toda a cadeia de valor”.
“Temos de mudar o chip, a mentalidade com que durante muitos anos olhamos para a nossa economia”, reiterou.
A moção da concelhia do PSD ao 35.º Congresso do partido vai defender alterações à legislação sobre a greve, aumento do salário mínimo e liberdade de local de voto.
No texto critica-se a opção de sindicatos "por greves limitadas somente a certos períodos do dia, as chamadas 'horas de ponta', conseguindo desta forma perturbar gravemente a prestação do serviço de transporte (em muitos casos impondo a paralisação do mesmo), com efeitos que se repercutem para lá do período da paralisação". "O direito (à greve) é constitucional, mas não é absoluto e ilimitado. Efetivamente este direito deve, quando em colisão com outros direitos fundamentais e, em determinadas condições, ser submetido a limites externos ao seu exercício", lê-se.
Passos Coelho, que começa a ser um clone do “picareta falante” e diz qualquer coisa sobre qualquer coisa de 10 em 10 minutos nos noticiários, começa a cometer alguns “atos falhados”, que Freud evidenciou como sintoma, constituição de compromisso entre o intuito consciente da pessoa e o reprimido, que se constata quando se refere a “uns quadros de Miró” (até ele fazia aquilo), apesar de saber que valem entre 35 e 40 milhões de euros (ou muito mais) e que não gasta nada se os conservar, mas que ganha esse montante se os puser a patacos… É o aflorar da insensibilidade do comum dos portugueses para as Artes (os ricos apenas investem nela como em imobiliário), pela simples razão de o Sistema Educativo português dar muita importância à matemática (que nos tem salvado?…) e menosprezar o que é mais formativo para o homem por inteiro…
Tem razão quando diz que a oposição e todo o país (ele não se inclui?) se queixa do que custou e continua a custar a nacionalização das fraudes e dos prejuízos do BPN, que estão e serão a ser pagos pelos portugueses (com que concorda), sem que tenhamos culpas no cartório e nos queira convencer de que “aqueles ativos” (as obras de arte), se vendidos, até podem servir para reduzir o prejuízo dos “Costas”, “Loureiros” e Cia. (ilimitada). Se nos lembrarmos que foi o seu governo que vendeu o que sobrou do BPN ao Banco BIC Português, por 40 milhões de euros (com imobiliário e tudo), sem que esse valor, equivalente ao espólio de Miró, tenha evitado a contínua injeção de dinheiro do contribuinte e não dos infratores, como recentemente foi noticiado: Estado enterra mais 510 milhões de euros no buraco do BPN, ou seja, não se tapa um vulcão com areia, nem os olhos dos portugueses…
O ASSALTO

E demagogicamente vem dizer que temos que ter uma economia ao serviço das pessoas, que crie emprego, como se tem visto…
E voltam os “atos falhados” quando insiste em impor-nos a necessidade de uma economia aberta competitiva (já todos sabemos o que é, mas ele não explica), para regressar de novo à demagogia ao “rejeitar” salários baixos, quando não tem feito outra coisa que não seja a redução dos baixos salários que já tínhamos…
Mas o mais importante das declarações de Passos Coelho é a denúncia de que certas personalidades acham que são donas do país, quando quem se julga dono do país é ele, o seu partido minoritário, mais um partido ainda mais minoritário… Quem não o conhecer que o compre!
Curiosamente, mas a propósito e sem qualquer ligação verosímil, uma concelhia do PSD, de Lisboa, uma minoria de uma minoria, vai defender alterações à legislação sobre as greves, reduzindo-as apenas aos períodos mortos (inconsequentes e inúteis), sem deixarem de negar o direito constitucional ao que é constitucional (toma que são democratas!), mas… quando em colisão com outros direitos fundamentais (os chumbados pelo TC, por exemplo) devem ser limitadas…
Definitivamente, temos que mudar o chip, mas o do Senhor Primeiro-ministro e o do seu Vice.
Ou vice-versa…

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