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sábado, 28 de dezembro de 2013

Fomos à bruxa! (2/3)

Ano novo, vida nova, as dúvidas de sempre. O que vai acontecer aos salários e pensões? Os impostos vão aumentar? A electricidade vai ficar mais cara? Estas e muitas outras questões são aqui abordadas.
Tudo indica que sim. O congresso de Abril deste ano teria sido complicado para António José Seguro caso António Costa tivesse levado a sua candidatura à liderança até ao fim. Mas isso não aconteceu, e António José Seguro foi reeleito secretário-geral do partido. Além de ter, aparentemente, calado a oposição interna, a reeleição de Seguro neste último congresso teve ainda outro significado: pelos estatutos, não haverá outro antes das próximas eleições legislativas, que deverão ter lugar em Junho de 2015.
As relações entre Portugal e Angola, no plano empresarial, estão bem e recomendam-se, mas a entrada em vigor da nova pauta aduaneira vai exigir uma nova estratégia às empresas portuguesas.
Sim. E não. Baralhado? Não fique. Acontece que para quem consome poucos medicamentos, a "saúde" ficará mais cara, uma vez que as taxas moderadoras pagas pelo acesso aos cuidados de saúde hospitalares vão subir já a partir de Janeiro. Este aumento resulta da já esperada actualização anual à inflação, que deverá rondar os 0,6%. Assim, uma consulta de especialidade num hospital em vez de custar 7,75 euros, deverá passar a custar 7,80 euros.
Esse era o objectivo inicialmente previsto pelo ministro da Educação, Nuno Crato. No próximo ano lectivo deveriam já arrancar projectos-piloto em torno do "cheque-ensino". Porém, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, já veio afastar essa ideia.
Falar ao telefone ou ver televisão vai custar mais a partir de Janeiro. PT e Zon Optimus já comunicaram as subidas de tarifários quer para os telemóveis, quer para os serviços fixos (voz, internet e televisão). A Vodafone não aumenta já em Janeiro, mas a partir de Fevereiro deve também subir preços.
Este ano, os preços dos combustíveis ficaram praticamente inalterados: descidas de 2% na gasolina e no gasóleo. No próximo, tendo em conta as estimativas dos analistas para a evolução dos preços do petróleo, há margem para que os valores de venda ao público baixem. A grande incógnita é o mercado cambial. Uma queda do euro poderá travar a descida dos preços de venda dos combustíveis nos postos de abastecimento em Portugal.
As famílias portuguesas beneficiaram de um forte alívio das taxas de juro em 2013. As Euribor, que são utilizadas como referência no crédito à habitação, afundaram para mínimos históricos. Nesta recta final, começaram a subir. A perspectiva é de que no próximo ano ocorra um aumento moderado.
O incumprimento deverá continuar a aumentar em 2014, mas a um ritmo mais lento do que tem acontecido até agora. Os economistas antecipam que o atraso no pagamento dos créditos vai acompanhar a diminuição da taxa de desemprego, mas com algum desfasamento. Os pacotes legislativos também deverão ajudar a colocar um "travão" nas dificuldades das famílias portuguesas.
Comprar casa a crédito tem sido tarefa complicada. Com o incumprimento em alta, que fez disparar a carteira de imóveis detidos pela banca, o sector tem mantido a "torneira" quase fechada. Este ano, até Outubro, foram concedidos 1.661 milhões em novo crédito com destino à habitação, bem menos que os 11.746 milhões registados no mesmo período antes da crise, em 2008. Em 2014, a tendência de corte deverá manter-se.
Se a recuperação da economia portuguesa se confirmar, a tendência de crescimento do novo crédito a empresas, sobretudo pequenas e médias empresas (PME) de sectores de bens transaccionáveis, iniciada no segundo semestre de 2013 deverá manter-se ou até ser reforçada.

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