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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Desabafo

Vi agora na televisão que o Paulo Futre acaba de dobrar um filme para crianças. É extraordinário, num país onde os actores profissionais precisam de contratos e de trabalho, qualquer pessoa que se notabilize em qualquer área pode substitui-los num trabalho que eles sabem fazer, estudaram e treinaram-se para isso e é a sua área profissional.
A Lili Caneças já fez Tenessee Williams. Não sei quantas actrizes nesses meses estavam desempregadas, ou a fazer papelinhos na TV para sobreviverem. Os ex-políticos ocupam cargos da área da Cultura, nas Fundações, etc, etc. Será que não há pessoas de Cultura para esses cargos?
Por que é que um Reitor quando se reforma vai para casa e um banqueiro vai para administrador da Gulbenkian?
Os criadores, os actores são uma espécie de ursos que vão para o circo, presos por uma corda e quem ganha o dinheiro é o dono do circo, o dono do urso e o dono da corda. E se algum deles souber dar cambalhotas manda-o abater. Não será altura de dizermos que assim não vale.
Eu estou farta.
Não quero que nos dêem emprego, quero que não nos tirem os nossos.
Maria do Céu Guerra

2 comentários:

  1. A vida escrutinada permanentemente é ardua. Alguns são menos imunes-o Ronaldo não tem perigo de alguem lhe tire o tacho,mas quem na area onde a fama/audiencia é o valioso não pode queixar-se de opçoes por temas menos "comerciais" = sao os "ossos" das escolhas proprias

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    1. Digamos que quem quiser interferir no destino do Ronaldo, basta acertar-lhe nos ossos das pernas... No caso, bem como com os empresários e trabalhadores de várias áreas, estão constantemente a acertar-lhes nos ossos... E temos de nos queixar, porque dói!

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