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quinta-feira, 2 de maio de 2013

2 de maio é menos 1 dia na vida dos desempregados…

Dezenas de milhares foram às ruas de vários países, Portugal, Espanha, França, Alemanha e Grécia – neste último país combinada com uma greve geral, em manifestações contra políticas adotadas na União Europeia diante da crise. No Vaticano, o Papa cita os desempregados do continente e critica falta de "justiça social".
Também houve manifestações na Ásia. Em Bangladesh, milhares de trabalhadores saíram às ruas para voltar a exigir pena de morte para os proprietários das fábricas de confeção do prédio que ruiu, há uma semana, causando mais de 400 mortes.
O Dia do Trabalhador assinalou-se ontem com o nível de emprego mais baixo dos últimos 27 anos em Portugal e com uma taxa de desemprego que já atinge 17,5% da população activa.
Esta situação é resultado das políticas de austeridade que têm vindo a ser seguidas e da recessão económica, razões que também estão por detrás do desemprego que mês após mês bate recordes. No 4.º trimestre de 2012 o desemprego afectava 923.000 pessoas e a taxa apurada pelo INE chegava aos 16,9%.
Portugal não é caso único. A receita de austeridade aplicada na Grécia, Irlanda e nas economias espanhola e italiana também estão a ter reflexos preocupantes no mercado de trabalho destes países.
No final de Março, estes países da periferia tinham 11.600.000 de desempregados, uma fatia muito significativa dos 26.500 de desempregados em toda a UE e mais de metade dos 19.200.000 registados nos países do euro.
Para quem gosta das alterações litúrgicas introduzidas pelo Papa Francisco, apenas pela sua simbologia, deve gostar também das suas palavras e do seu pensamento, que deviam ser doutrina para os mesmos admiradores…
"Um título que me surpreendeu no dia da tragédia do Bangladesh foi 'Vivia com 38 euros por mês'. Esta era a forma como eram pagas as pessoas que morreram. Isto é chamado trabalho escravo", declarou o papa durante a homilia que assinalou no Vaticano o 1º de Maio.
As autoridades do Bangladesh elevaram, esta quarta-feira, para 402 o número de mortos confirmados na sequência do desabamento de um prédio, há uma semana em Savar, nos arredores de Daca, onde operavam 5 fábricas têxteis no prédio de 8 andares que ruiu naquele que foi o mais grave acidente industrial do país.
"Hoje, no mundo, esta escravidão está a ser dirigida contra algo bonito que Deus nos deu: a capacidade de criar, de trabalhar, de ter dignidade. Quantos irmãos e irmãs se encontram nesta situação", disse Francisco na sua homilia.
Referindo-se ao desemprego, o papa lembrou que há muitas pessoas que querem trabalhar mas não podem, considerando que uma sociedade em que "não é dada a todos a possibilidade" de ter um emprego não é uma sociedade justa.

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