(per)Seguidores

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

E que fará a Ministra da Justiça e as TVs depois disto?

As grandes sociedades de advogados transformaram-se em autênticos ministérios-sombra.
Paulo Morais, Professor Universitário
As grandes sociedades de advogados adquiriram uma dimensão e um poder tal, que se transformaram em autênticos ministérios-sombra.
É dos seus escritórios que saem os políticos mais influentes e é no seu seio que se produz a legislação mais importante e de maior relevância económica.
Estas sociedades têm estado sobre-representadas em todos os governos e parlamentos.
São seus símbolos o ex-ministro barrosista Nuno Morais Sarmento, do PSD, sócio do mega escritório de José Miguel Júdice, ou a centrista e actual super-ministra Assunção Cristas, da sociedade Morais Leitão e Galvão Teles.
Aos quais se poderiam juntar ministros de governos socialistas como Vera Jardim ou Rui Pena.
Alguns adversários políticos aparentes são até sócios do mesmo escritório. Quando António Vitorino do PS e Paulo Rangel do PSD se confrontam num debate, fazem-no talvez depois de se terem reunido a tratar de negócios no escritório a que ambos pertencem.
Algumas destas poderosas firmas de advogados têm a incumbência de produzir a mais importante legislação nacional. São contratadas pelos diversos governos a troco de honorários milionários. Produzem diplomas que por norma padecem de três defeitos.
São imensas as regras, para que ninguém as perceba, são muitas as excepções para beneficiar amigos; e, finalmente, a legislação confere um ilimitado poder discricionário a quem a aplica, o que constitui fonte de toda a corrupção.
Como as leis são imperceptíveis, as sociedades de jurisconsultos que as produzem obtêm aqui também um filão interminável de rendimento.
Emitem pareceres para as mais diversas entidades a explicar os erros que eles próprios introduziram nas leis. E voltam a ganhar milhões. E, finalmente, conhecedoras de todo o processo, ainda podem ir aos grupos privados mais poderosos vender os métodos de ultrapassar a Lei, através dos alçapões que elas próprias introduziram na legislação.
As maiores sociedades de advogados do país, verdadeiras irmandades, constituem hoje o símbolo maior da mega central de negócios em que se transformou a política nacional.
E dizem que Marinho Pinto!...
Assim, com nomes e tudo, já podemos compreender por que a Justiça está como está e as pedrinhas que emperram os mecanismos e o sistema…E por que está cara, mesmo sendo os contribuintes a pagar os honorários dos escribas da Lei…
E que temos que estar bem atentos aos “debates” nas TVs entre os mais proeminentes representantes dos partidos do arco da governação, que ainda recebem avenças para nos lavarem a cabeça com o “Quitoso”…
É fartar vilanagem! E tão competentes e sérios que eles são nas análises e tão disponíveis para botarem faladura, sobre qualquer coisa, ou coisa nenhuma.
Justiça seja feita, todos tem lugar em qualquer novela, desde que seja subsidiada pela Secretaria de Estado da Cultura…

2 comentários:

  1. ... mas isto vem-se passando há anos e anos a fio!!
    Qual é o espanto?!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Falta publicar "Todos os Nomes" dos advogados, comentadores e políticos (as mesmas pessoas em várias incompatibilidades) mais os cargos de administração em que se sentam... Nomes, Nomes...

      Eliminar