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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Que os governantes se lembrem, durante toda a Ceia…

O ministro das Finanças garantiu que o corte no subsídio de Natal deste ano "foi uma opção do Governo" mas que a 'troika' insistiu na necessidade de tomar medidas "efectivas e reais" como estas.
"A opção por esta medida foi uma opção do Governo, por imperativo de tomar medidas reais e efectivas de forma atempada para procurar responder ao que nos parecia, já nessa altura, uma dificuldade na execução orçamental de 2011", afirmou Vítor Gaspar perante os deputados da comissão parlamentar que acompanha as medidas do programa de ajustamento português.
O governante havia sido questionado pelos deputados sobre a autoria desta medida (corte de 50% do subsídio de Natal, no limite que excede o valor do salário mínimo nacional) - depois de veiculadas notícias que davam conta que teria sido imposta pela 'troika'.
O ministro das Finanças anunciou que "O défice orçamental ficará com toda a probabilidade na casa dos 4%, bem abaixo dos 5,9%", estipulados no programa com a 'troika' e explicou, que sem a transferência dos fundos de pensões da banca este resultado ficaria nos 7,5%, e que sem o aumento do IVA sobre a electricidade e o gás natural e ainda o corte de 50% do subsídio de Natal, este valor ultrapassaria os 8%.
Vítor Gaspar descartou novas medidas de austeridade em 2012. "Neste momento, os cálculos de que dispomos sugerem que não há qualquer necessidade de medidas adicionais de austeridade".
Tem sido norma deste governo dizer que a troika os mandou fazer isto e aquilo, cortar mais aqui e acolá, sem que ninguém possa confirmar ou desmentir, pela opacidade das reuniões, lavando assim as mãos das coisas más que nos impõe.
E por isso é preciso ter coragem, ou ter as costas (e os bolsos) quentes, para assumir esta medida, tecnicamente inovadora e só ao alcance de grandes génios da economia, de confiscar património pessoal para costurar almofadas desnecessárias, a serem usadas pelo governo para seu próprio conforto e duvidosa competência.
Sr. Ministro das Finanças, que lhe saiba bem a Ceia de Natal e a todos os governantes, mas que não se esqueça(m), nem um minuto de que enquanto gulosamente se banqueteiam, há milhões de portugueses, que terão o prato mais vazio e milhões de crianças que vão pensar que o Pai Natal se esqueceu deles, mesmo os que se portarem tão bem para merecer um mimo.
E para o provar chegam as suas probabilidades (quando nos dará certezas?) de que desenhou um programa de austeridade mais austero do que os funcionários da troika lhe exigiram, que vai funcionar. Só falta apresentar os números e a transparência dos cálculos para justificar as percentagens com que nos quer convencer da “inevitabilidade”…
E para o ano haverá mais medidas de austeridade?
Neste momento, diz NÃO! NESTE MOMENTO…
Cartoon do HenriCartoon

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