(per)Seguidores

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

“Quando se cria emprego, cresce a liberdade.” Óbvio!

O presidente do Governo espanhol chamou todos os espanhóis para uma tarefa a favor do futuro de Espanha e pediu ajuda para enfrentar sacrifícios difíceis, ao considerar que esta tarefa ultrapassa as possibilidades de qualquer Governo e insistiu que os esforços necessários terão frutos positivos no futuro.
Para fazer face à grave situação económica, o líder do PP apresentou um conjunto de medidas, estabelecendo um patamar mínimo de 16,5 mil milhões de euros de cortes no défice público em 2102. A primeira dessas medidas é a Lei de Estabilidade Orçamental, a aprovar até ao final do ano, e que prevê uma progressiva redução da dívida até 60% do PIB em 2020.
Rajoy, que considerou vital o "culminar do processo de saneamento do sistema financeiro", preconiza ainda, como medidas essenciais, a actualização das pensões a partir de 1 de Janeiro de acordo com a inflação, a taxa ‘zero’ nas contratações da Função Pública – com novas entradas apenas nas Forças e Corpos de Segurança do Estado –, a reestruturação e supressão de entidades, organismos e agências públicas e a redução de gastos correntes de funcionamento da administração. A transferência de todos os feriados possíveis para as segundas e sextas--feiras, de modo a evitar as ‘pontes’. Numa medida de incentivo às PME, o IVA só passará a ser pago ao Estado depois de as facturas serem cobradas. Além disso, garantiu que não é sua intenção subir os impostos.
Mariano Rajoy afirmou que o controlo do défice poderá gerar problemas a curto prazo se não for acompanhado de medidas de estímulo ao consumo e ao investimento. Contudo, frisou que o controlo do défice é a única saída para a crise a longo prazo.
O futuro primeiro-ministro espanhol destacou o crescimento económico e a criação de emprego como prioridades do executivo, que “não pode estar alheio” às dificuldades do país.
"Quando se cria emprego, cresce a liberdade. Temos que semear com urgência, se queremos que nasça o quanto antes possível a nova colheita de emprego", disse. "Concentrar todos os nossos esforços na criação de emprego, reservar um lugar para os nossos filhos num mundo em mudança e governar com transparências", ao destacar as principais tarefas do novo Executivo.
Como se vê, tanto faz estar o partido X, ou Y no governo, aqui como em qualquer país em “crise”, que a receita é mais ou menos a mesma, com doses diferentes dos mesmos ingredientes. E o primeiro passo é pedir aos cidadãos a aceitação de sacrifícios para pagarem uma fatura que não foram eles que fizeram e o segundo é jurar que os frutos compensatórios já vem a caminho.
Até aqui nada de novo!
De novo, em relação às medidas que nos foram impostas, há algumas e socialmente relevantes, apesar de o PP ser considerado um partido de direita e o nosso de centro-esquerda (ah! ah! ah!).
Para começar, anuncia-se o montante”exato” dos cortes e uma redução da dívida até 2020. Por cá, de números exatos só sabemos os dos Euromilhões e de resto só quando se tropeça em buracos.
Depois, vem o saneamento financeiro, voluntariamente, antes que vá lá a troika dizer que é preciso oferecer dinheiro à banca, e como cá, serão os espanhóis a desembolsar.
Já como inovações, muito mais macias comparativamente às medidas do nosso governo, serão actualizadas as pensões (não há congelamento) de acordo com a inflação, não haverá contratações (mas não haverá despedimentos) na Função Pública, exceto nas Forças de Segurança do Estado, reestruturarão e suprimirão entidades, organismos e agências públicas (como cá se prometeu) e reduzirão os gastos correntes de funcionamento da administração (as tais gorduras com que nos encheram).
Quanto a impostos, garante-se que não haverá subidas (também cá ouvimos isto) e que o IVA (que é mais baixo que o nosso e não é referido qualquer aumento) só será pago depois da sua cobrança, como incentivo às PME (o que cá não foi aceite). Como folclórico (tem sempre que haver algo), os feriados serão transferidos para a 2ª e a 6ª-feira, para evitar ‘pontes’.
Como se vê, há mais caminhos, mesmo que mais longos, para se chegar ao mesmo destino!
Finalmente! Há um chefe de governo que tem a lucidez de dizer o óbvio, que só a austeridade não leva senão à pobreza e dependência e que é preciso estimular o consumo e o investimento, para o crescimento! Gasparzinho, afinal havia outra…
E ao contrário do que tem feito os outros PIIGS, Mariano Rajoy quer dar destaque e prioridade ao emprego (cá apostou-se completamente no contrário), como um combate a favor da liberdade e da inclusão (e da própria economia) para que não deixemos de herança aos nossos filhos a penúria e a dependência ad eternum
Finalmente, em Espanha promete-se transparência, enquanto por cá tal ainda não é possível, só porque a contabilidade está no setor da numerologia, que nem secretário de Estado tem…
Para melhor (in)compreensão das diferenças entre as medidas tomadas em Espanha e em Portugal, é bom não esquecermos que em Portugal o salário mínimo é de 485 € e em Espanha é de 748,30 €, o que nos induz a pensar que seria lógico que tudo fosse ao contrário. Mas não é! Porque em Espanha há espanhóis (de sangue quente) e em Portugal há portugueses (de sangue frio)...
Boa sorte para as medidas de Rajoy e que provem que Passos/Gaspar estão na direita radical, que são excedentários e que devem deixar a nossa zona de (des)conforto e EMIGRAR!

4 comentários:

  1. É esperar para ver... mas não lhes auguro (aos espanhóis) grande futuro!

    ResponderEliminar
  2. Félix da Costa
    O futuro deles será o nosso, mas o presente deles é bem melhor, tirando o desemprego, mas em contrapartida o ordenado mínimo é quase 2 vezes mais...

    ResponderEliminar
  3. Por cá, o PM diz que é preciso aumentar criar novos impostos e aumentar outros,empobrecer, cortar, despedir, emigrar...Uma tristeza!
    Que se vá catar!

    ResponderEliminar
  4. maria
    Por cá é tudo ao contrário e eles ainda não pediram empréstimo. Cá fazem-se almofadas com as notas do povo.

    ResponderEliminar