"Face à crise actual, a procura por projectos desta natureza têm crescido", disse Ana Lopes, responsável pelo projecto da Lipor, “Horta à Porta” - Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, que prevê a criação de 2 novas hortas por ano.
Segundo Ana Lopes, atualmente existem quase 1.900 pessoas em lista de espera, muitas em concelhos onde ainda não existem hortas, o que impulsiona a Lipor a continuar a desenvolver este projecto. A ideia da Lipor é "tentar dar resposta às necessidades da população, procurando fortalecer as parcerias já estabelecidas, mas também fomentando novas que se possam vir a gerar". "Têm-se verificado diferentes motivações para as inscrições, mas este ano há de facto uma procura por questões de necessidade", salientou a responsável.
O “Horta à Porta” é um projecto que tem por base um trabalho de cooperação com impactos ambientais, agrícolas e sociais significativos, uma vez que promove boas práticas ambientais, através da agricultura de modo biológico caseiro.
Quem diria que a crise seria motivadora para a consciencialização ambiental, objetivo que décadas de formação e sensibilização não conseguiram?
Quem diria que a crise obrigaria ao consumo de produtos agrícolas biológicos, prevenindo doenças pela eliminação de produtos químicos que constam das letras pequeninas das lindas embalagens dos supermercados?
Quem diria que a crise levaria à ocupação dos tempos livres de muitos reformados e desempregados, criando-lhes rotinas para evitar a depressão?
Quem diria que a crise conseguiria oferecer quintais cultiváveis a quem vive em apartamentos, contribuindo assim para a redução da importação de produtos hortícolas?
Quem diria que a crise poderia trazer “vantagens”, principalmente para os “mais desfavorecidos”?
Quem disse, enganou-nos, porque não eram precisas tantas “benesses”… porque nem só de vegetais vive o homem!
Já pensei várias vezes nessa consequência... bem como num retorno progressivo ao interior!
ResponderEliminarFélix da Costa
ResponderEliminarEu até defendo a ideia, mas só "coibes" e nabos, não chega...
Talvez, também isso se verifica nos meios de transporte, com muitas pessoas a optar por andar a pé, etc...contudo a cultura do consumo ainda está enraizada demais para muitos decisores que teimam em exportações como factor de crescimento económico e portanto é difícil perceber se a crise é amiga do ambiente. A defesa da conservação da Natureza deve ser convergente.Nem tudo com ainda suor e cada vez mais baixos salários do fundo da pirâmide e nem tudo sem sacrifícios por parte dos topos da pirâmide das "classes sociais".
ResponderEliminarJoão Soares
ResponderEliminarAs consequências da crise, podem ser um processo de repensarmos a ecologia e a independência exagerada das tecnologias, mas ou +e para todos os elementos da pirâmide, ou é a debilitação da base, que ha de ter repercussões nas camadas superiores.
Mas a crise não pode ser a base da educação ambiental, por muitas e variadas razões, que não dá para escalpelizar.
Bem vindo e Bom Natal.