O primeiro-ministro estima que quando atingir a idade da reforma o valor da sua pensão seja "sensivelmente metade" do que seria sem as alterações introduzidas pelo anterior Governo socialista no sistema de Segurança Social.
Sobre o futuro do sistema de Segurança Social, Passos Coelho defendeu que o caminho passa pela introdução de "um pilar privado para efeitos de financiamento das reformas", tendo como base a aplicação de um “plafond” mais baixo às pensões a serem pagas pelo sistema público.
"Isso está inscrito no programa eleitoral do PSD" e "esse deve ser o caminho para o futuro. Isso acontece em outros países e acontece aqui ao lado em Espanha", declarou.
Com esse novo sistema, de acordo com o líder do executivo, "qualquer que tenha sido a carreira contributiva, os pensionistas sabem que não obterão da Segurança Social uma pensão superior a um determinado valor e que, portanto, devem fazer aplicações (geridas ou não pelo Estado), de forma a terem uma pensão mais generosa do que está estabelecida".
Já nos vamos habituando às ideias falaciosas de PPC, provavelmente com boas intenções, mas seguramente por limitações técnicas e uma crença no dogmatismo ideológico.
Qualquer gestor político dos interesses dos seus eleitores e concidadãos, não poderá ter outro obetivo que não seja a defesa dos seus direitos e dos seus investimentos, fazendo as contas necessárias para que a tal sustentabilidade seja o paradigma.
Quando o PM vem palpitar (sem qualquer estudo que o sustente) que o valor da sua pensão e a de todos os trabalhadores e contribuintes para a Segurança Social seja reduzida para metade da de 2007, devia ficar preocupado com isso, mas prefere dizer que tal se deve a alterações introduzidas no sistema de Segurança Social pelo Governo anterior, em vez de se empenhar e anunciar a anulação dessas alterações e a sua retificação, cuja competência está atribuída a qualquer governo capaz e sério.
Mas contrariando-se, como faz parte do seu discurso, Passos Coelho vem defender que o futuro da Segurança Social passa pela entrada dos privados no sistema, para complementarem as reduções anunciadas e forçadas por ele próprio. E é ele próprio a dizer que tal estratagema até está inscrito no programa eleitoral do PSD e que esse deve ser o caminho.
Cabe perguntar, se afinal as reduções das pensões são fruto das medidas do governo anterior, ou uma aposta do PSD, de PPC e deste governo. Com a mentira nos queres convencer!
Fala-se também num limite para o montante das pensões, para que as chamadas reformas milionárias (de quanto?) não continuem a vazar o cofre da Segurança Social, só não se entende (mas não deve ser para entender) que esse limite será igual, independentemente do que tenha sido descontado durante a carreira contributiva, assim do tipo dos seguros que cobram mais por valores que não estarão cobertos no caso de acidente.
E fazendo o papel dos promotores dos PPR (dos privados), PPC vem aconselhar que no futuro os pensionistas devem fazer aplicações, geridas ou não pelo Estado, de forma a terem uma pensão mais generosa do que a estabelecida pelas suas medidas de insustentabilidade… Esquece-se de avisar que se um governo de um país não consegue garantir a assunção dos seus compromissos, pagando as pensões correspondentes aos respetivos descontos, muito menos garantias haverá pelas entidades privadas, que o presente nos mostra serem mais frágeis do que uma pena ao vento… Esquecimento, ou omissão?
Mas o que importava para os seus eleitores e concidadãos do PM era conhecerem os cálculos efetuados pelos técnicos da Segurança Social e as medidas alternativas para a sustentabilidade do direito e da propriedade das quantias dos descontos.
Contra “paradigmas” falaciosos com que nos enchem os ouvidos e nos querem lavar a mente, que dizem que quem está no ativo é que paga as pensões de que se aposentou, fixemo-nos em alguns dados, reportados ao presente:
1 – Anos de desconto para a REFORMA: 40 anos;
2 – ESPERANÇA DE VIDA média: cerca de 78 anos (cerca de 75 para os homens e 81 para as mulheres);
3 – IDADE DA REFORMA: 65 anos;
4 - Anos de recebimento efetivo da REFORMA: 13 anos (10 para os homens e 16 para as mulheres).
Sem fazer contas (quem te que as fazer que as faça) salta logo à vista, que descontamos durante 40 anos e recebemos apenas durante 10 (os homens) e 16 (as mulheres)! Onde raio anda o dinheiro dos restantes 30 anos (para os homens) e 24 (para as mulheres)?
Aqui há mesmo gato! E parece, parece, que bastava mexer no montante dos descontos para que os direitos não fossem entortados…
Ou terá algo a ver com a transferência do fundo de pensões da Banca para o Estado e a milagrosa almofada?
Aqui há uma ninhada, já não se sabe se de gatos, se de ratos, mas que os há, há!Vamos lá a refazer as contas e esconder o rabo…
Estes tipos fazem parte de um Governo ou de uma Agência Funerária?!
ResponderEliminarFélix da Costa
ResponderEliminarParecem avençados dos bancos...
Primeiro vem dizer para pouparmos porque as reformas serão reduzidas a metade. Agora manda os professores emigrarem para Angola ou para o Brasil. Mas que raio de governante é este? Que futuro o nosso com gente que sufoca o país com uma austeridade paranoica e uma carga fiscal brutal?Que esperar de um governante que diz que temos de empobrecer para recuperarmos daqui a alguns anos? Recuperarmos quando a economia estagna? Mas que raio, parece o tempo da outra senhora!País triste o meu!
ResponderEliminarmaria
ResponderEliminarÉ uma das várias declarações públicas e formais da incapacidade de governar.
É de menos!!!