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sábado, 5 de novembro de 2011

O G20 no feminino…

Em Cannes, os chefes de Estado e de Governo deram conta do seu apoio aos países europeus em dificuldades, mas recusaram ajudar com dinheiro. “Quase nenhum país aqui disse estar disposto a participar no fundo de resgate da zona euro”, observou Angela Merkel.
ELA ainda vai ficar para a história como a “empata”: “…nem sai de cima!” e ainda quer que os outros lhe sacudam a água do capote…
A incompetente interesseira!

A primeira-ministra australiana Julia Gillard apelou à União Europeia para solucionar a crise financeira "a bem da economia global" e manifestou-se preocupada perante a aparência de que os líderes europeus "apenas procuram sair" da crise e assinalou que o "desejo e esperança de convencer os mercados a fazerem uma análise mais rigorosa da sua situação são claramente insuficientes".
Julia Gillard considerou que até agora só foram concretizados "intenções ligeiras" para enfrentar o problema e feitos muitos jogos e auditorias. "A União Europeia enviou gente à Grécia para criticar durante muito tempo a sua situação fiscal, mas não houve uma ação real para acompanhar a situação", disse.
A primeira-ministra australiana teve a coragem de denunciar o “faz de conta” que a dupla Merkozy tem entretido o povo, deixando claro, que confiar nos mercados não chega e que o comportamento com a Grécia não passou de jogos e auditorias, para empatar…
Corajosamente descomprometida!
A presidente Dilma Rousseff descartou a possibilidade de uma contribuição do governo brasileiro para o FEEF e reiterou que o Brasil está disposto a contribuir com recursos para o FMI, na busca de evitar o agravamento da crise financeira internacional.
A presidente relatou ainda que a preocupações do encontro do G20 foram a estabilidade global e as consequências sociais da crise económica. Segundo ela, as nações em desenvolvimento voltaram a pedir a mudança de governança do FMI.
O Brasil concorda com uma taxação global sobre operações financeiras cujos recursos seriam destinados a investimentos sociais.
A presidente brasileira mandou o FEEF às favas, dispondo-se a contribuir para o FMI, mas apelando a mudanças na sua atuação, provavelmente porque, como todos os outros líderes, as consequências sociais de uma crise económica também os assusta.
De salientar ainda a aceitação de uma taxação global sobre operações financeiras…
Sinceramente nacionalista!
A presidente argentina, Cristina Kirchner, pediu aos seus parceiros do G20 que acabem com o que chamou de "anarcocapitalismo financeiro" e exigiu "mudar de remédio" para regular os mercados e tirar a economia mundial da crise.
"Isto que estamos a viver, senhores, não é capitalismo. Isto é um anarcocapitalismo financeiro total, onde ninguém controla ninguém", denunciou a presidente.
Kirchner chamou os "líderes mundiais" a "dar soluções claras e concretas sobre o sistema de regulação financeira", após lamentar que se limitem a "ver em que cada país gasta" o seu dinheiro, sem controlar "o que cada banco de investimento ou cada agência de classificação de risco faz", em alusão aos programas de ajuste impostos aos países fortemente endividados como Grécia, Portugal ou Irlanda, declarações que foram aplaudidas por uma parte da centena de pessoas.
Como é habitual nos seus discursos, a presidente argentina voltou a atacar o FMI, que acusou de voltar a ser o "médico" que impõe o tratamento de sempre aos países endividados, como fez com a Argentina antes do calote feito há 10 anos. "Quando um doente não recebe solução, (a sua doença) se agrava", declarou. "Se alguém testou durante 3 anos determinados remédios com determinados médicos e o doente piora cada vez mais, não será necessário mudar de médico e de remédios e tentar outros tratamentos?", questionou Kirchner.
"Está na hora (...) de estabelecer soluções que tenham a ver com a regulação daqueles que provocaram o problema", afirmou, em alusão à especulação financeira, mas advertiu que a situação económica mundial "está pior" do que 3 anos atrás.
A presidente argentina, disse TUDO o que TODA A GENTE constata, pensa e pede há milénios:
1 - Regulação dos mercados, com soluções claras e concretas sobre o sistema de regulação financeira, já que o “anarcocapitalismo” permite que ninguém controla ninguém;
2 - Controlo do que cada banco de investimento ou cada agência de rating faz, a propósito dos programas de ajuste (memorandos) impostos aos países fortemente endividados como Grécia, Portugal ou Irlanda;
3 – Mudar o "médico" e o “remédio” de sempre que o FMI impõe aos países endividados, que pioram sempre com os tratamentos;
4 – Constatar e interiorizar que a situação económica mundial está pior do que há 3 anos.
Clara visão global e de estadista!
Razão por que terá levado a esta posição, em que Obama diz que EUA, França e Alemanha devem aprender com Kirchner, mas que afinal se revelou como pura hipocrisia, como se de Bush se tratasse, porque afinal Barack Obama rejeitou a aplicação de um imposto sobre as transacções financeiras, contribuindo para que não saísse nenhuma decisão sobre a taxa Tobin: G20 não chega a acordo sobre taxa Tobin.
Obrigados, por NADA!

2 comentários:

  1. São algumas as vozes lúcidas, mas demasiados os egoísmos capitalistas centro europeus!

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  2. Félix da Costa
    Destaque-se o que disse a Cristina Kirchner, que é o único caminho, que todos sabem que é, mas deixam andar que o negócio dos seus apoiantes corre...

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