O chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Portas, desde sexta-feira no Paraguai para a cimeira Ibero-Americana, visita a Venezuela e a Colômbia entre domingo e quarta-feira para contactos políticos e económicos, onde tem encontros com as autoridades, membros da comunidade portuguesa e empresários portugueses.
Na segunda-feira, Portas deverá reunir-se com o Presidente venezuelano, Hugo Chávez.
O ministro segue para Bogotá, onde deverá jantar com empresários e membros da comunidade portuguesa na Colômbia.
Nós sabemos o que é a diplomacia económica, mas pelo que relatam os jornais, o ministro dos Negócios Estrangeiros (e a sua comitiva) já deve ter dado umas quantas voltas ao planeta, mas de resultados não há notícias e como estamos em contenção de gastos, é bom que se faça o balanço, porque é muito mais caro andar de avião pelo mundo do que em carros de luxo pelo país… Austeridade precisa-se.
De salientar, que a notícia é isso, a visita ao “ditador” Hugo Chávez, que defendeu o assassinado “ditador” Kadhafi a quem PP fez o “elogio” fúnebre, quase com lágrimas de fariseu, mas isto também é diplomacia económica…
"Queremos ser orgulhosamente portugueses aqui (Venezuela) e lá (Portugal). Se a Europa está mal, se Portugal está mal queremos saber e ouvir que, pelo menos, estamos (os portugueses) no caminho de uma rápida e franca recuperação. A comunidade portuguesa sente e sofre com os problemas de Portugal. Contem connosco como nós queremos contar com Portugal e com os nossos governantes", disse o presidente do Centro Português, que falava perante centenas de pessoas no Salão Nobre daquele clube para receber e ouvir Paulo Portas.
Como todos os portugueses, os que vivem na Venezuela também querem ter orgulho na lusitanidade e para tal dizem que podemos contar com eles, porque eles também contam com os nossos governantes e tanto, que até estão de acordo que Portugal entre rapidamente no caminho de uma franca recuperação, mas à custa dos que cá estão… Falta saber se a declaração foi antes ou depois de terem ouvido o ministro…
Durante uma visita ao Centro Português de Caracas, o ministro português foi alertado pelo presidente daquele clube para a existência de cidadãos lusitanos a passar dificuldades.
"Eu tenho uma preocupação com aqueles emigrantes mais idosos e mais desfavorecidos que pertenceram a uma primeira geração de emigrantes que veio para aqui, e que obviamente vive uma situação mais difícil", disse Paulo Portas, na residência oficial do embaixador luso em Caracas, num encontro com empresários portugueses e luso-venezuelanos.
Mas pelos vistos, a coisa não anda bem por aqueles lados para os nossos emigrantes e PP veio logo com os “mais idosos e mais desfavorecidos”, mas podem ficar à espera, porque os de cá também estão, cada vez mais idosos e mais desfavorecidos… As eleições já foram!
A compra de 1.000.000 de barris de petróleo pela GALP à Venezuela foi desbloqueada no âmbito da visita do ministro dos Negócios Estrangeiros português a Caracas, disse fonte diplomática.
E por falar em mais desfavorecidos e em diplomacia económica, cá está o resultado!
Esperemos que a GALP também ajude o ministro a desbloquear esta crise, fornecendo, pelo menos, a gasolina para as viagens rodopiantes da comitiva dos NE, caso contrário será preciso aumentar o orçamento deste ministério…
Outra alternativa seria continuar a aumentar o preço da gasolina para aumentar a poupança dos portugueses, que este ano atingiu o nível mais baixo dos últimos anos, contrariando a filosofia do “Dia Mundial da Poupança”…
Claro! Poupar do que não chega para viver?
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