Há no Governo quem queira diluir os subsídios pelos 12 meses, subindo os salários.
A discussão está lançada entre economistas e empresários e já chegou ao Governo. O tema está a ser analisado pelo primeiro-ministro e, embora não haja nenhuma pressa, diluir os subsídios de Natal e de férias por 12 meses, aumentando os salários, é uma hipótese com adeptos no Executivo.
A abolição dos subsídios teria sempre de ser analisada em sede de concertação social, sendo que quem é contra esta solução alerta para o facto de que o aumento salarial nunca iria cobrir o valor total dos subsídios.
"Duvido que nas próximas décadas os funcionários públicos voltem a ter 13º e subsídio de Natal. E a isso acresce um vasto aumento de impostos", afirmou Pacheco Pereira.
Despesa total da Segurança Social ascende a 23,3 mil milhões de euros
Pondo de parte o tal “problema” da equidade levantada pelo PR e esperando que haja consistência nos argumentos apresentados e coerência pela parte do próprio, é sempre bom contar com o pior, na hora de assumir a “responsabilidade” ao apor a assinatura…
Para qualquer leigo na matéria, parece mais do que evidente esta solução de diluir os 2 subsídios pelos 12 meses, “subindo” os salários MENSAIS, sem aumentar os anuais e deixando a gestão das “fortunas” aos próprios, tal como eu já disse há cerca de um ano. Mas, mesmo que este truque tenha que passar pela concertação social e já se diga que o “aumento salarial” MENSAL nunca cobriria o valor total dos subsídios, o que seria o mais certo, acresce o perigo de ser mais fácil para o governo cortar nos salários, como já aconteceu e que o Tribunal Constitucional achou “constitucionalíssimo”. Daí que muitas cautelas sejam poucas e haja ainda mais um perigo de se sacar nos impostos…
Parece que é consensual (entre quem diz) que não há nenhuma pressa na adoção desta medida, porque ainda temos 2 anos pela frente, mas nem o OE 2012 foi aprovado, nem o OE 2013 foi desenhado. Se fosse bom para as partes, por que não gizar desde já (com mais um grupinho de estudo)?
No meio das contas que sempre gosto de fazer e tendo em conta os números da notícia, o saque de 450 milhões de euros (somatório dos 2 subsídios em 2012) correspondem a apenas 1,93% do total das despesas da Segurança Social, mas que deveria ser de 14,29% (2 meses dos 14) o que deveria dar uma “poupança” de 3.329.570.000 €… Ou enganei-me? Para onde terá ido a diferença?
Enquanto o veredicto, ou a decisão não vem, é lógico que qualquer um de nós (e o Pacheco Pereira) duvida que nas próximas décadas os funcionários públicos voltem a ter subsídio de férias e de Natal, salvo em 2014 (em 2015 há eleições), que nos darão parte do que nos tiraram e até irão prometer (com os dedos cruzados atrás das costas) que no futuro também…
Se assim não for, tenho dúvidas de que nas próximas décadas os funcionários públicos voltem a votar nestes milagreiros, embora se saiba que há mais masoquistas do que pensamos…
Eu não te dizia aqui há uns dias atrás que eles não voltam mais?!
ResponderEliminarFélix da Costa
ResponderEliminarAmanhã publico outro, em que talvez nos dê uma esperança...