A China quer aumentar o volume das transacções económicas com os países de língua oficial portuguesa. A aposta passa pela formação de quadros e a abertura do mercado. Macau serve mais uma vez de ponte.
Decorreu ontem a sessão de encerramento do Colóquio sobre a Facilitação do Comércio para os Países de Língua Portuguesa, organizado pelo Ministério do Comércio da China, com o apoio do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que trouxe ao Continente 22 representantes de 5 países de língua oficial portuguesa e durante 21 dias visitaram várias instituições e empresas em Pequim, Shenzhen e Macau.
A China mostrou-se disponível para alargar a cooperação comercial com os países lusófonos, dando especial atenção à formação de quadros. A China já formou mais de 130.000 funcionários dos países em desenvolvimento, sendo que cerca de 1.000 eram oriundos de 7 países de língua oficial portuguesa.
Chang Hexi, secretário-geral do Fórum Macau, destacou que “o colóquio teve um significado muito real”, permitindo um maior conhecimento sobre a importância da facilitação comercial na cooperação económica internacional. Neste sentido, sublinhou que é preciso manter a união entre os países para combater o impacto profundo da crise financeira mundial – ainda muito presente e sem fim à vista – e proporcionar um desenvolvimento sustentável das empresas em expansão.
O papel de Macau
A lusofonia e a plataforma chamada Macau desenham assim caminhos para a promoção e divulgação de empresas junto dos mercados africanos de língua portuguesa.
O secretário-geral dos países de língua portuguesa defendeu a necessidade da criação de medidas com vista à facilitação do comércio entre a China e a Lusofonia para fazer face à crise mundial.
O vice-presidente da Academia do Ministério do Comércio chinês em Macau, Zhu Liugui, considerou que a China deve simplificar os seus procedimentos alfandegários para facilitar e incrementar as trocas comerciais com os países da Língua Portuguesa, salientando que isto se deve ao aumento das trocas comerciais entre a China e os países lusófonos, que nos primeiros 5 meses de 2011, teve um aumento de 31,19% face ao mesmo período do ano passado, para um total de 29,76 mil milhões de euros.
Se a China quer aumentar o comércio com os PLOP e sabendo-se que não é um país virado para a filantropia, quer dizer que esse alargamento é mesmo um negócio da China, que tinha todo o sentido que fosse um negócio de Portugal.
Claro que sustentar 22 representantes de 5 países, durante 21 dias, para promoção dos nossos produtos, talvez precisasse de estar no Memorando da troika e a levar para diante, era capaz de por em perigo a nossa “recuperação”, muito mais se tivéssemos que formar funcionários de países emergentes, mesmo que fossem da China, ou dos PLOP.
A China vê o assunto numa perspetiva de médio prazo, vai acumulando conhecimento sobre a facilitação comercial, sobre a união e a cooperação económica internacional para ajudar a combater o impacto da crise financeira mundial. Nós é que estamos mal e eles é que procuram os caminhos para a crise, que não tem…
E em sequência, o próprio secretário-geral dos PLOP reconhece a necessidade de medidas que facilitem o comércio entre a China e a Lusofonia, a começar pela simplificação dos procedimentos alfandegários na China, para facilitar e incrementar as trocas comerciais, que vão crescendo e beneficiando as partes, enquanto nós...
Entretanto, a plataforma de Macau desenhada para tirar proveito da comunidade lusófona continua imparável na promoção e divulgação de empresas junto dos mercados africanos de língua portuguesa, enquanto nós chegamos ao Algarve e já cansados, deitamo-nos ao sol…
Não se percebe a inépcia dos nossos governantes no que à Lusofonia e ao comércio diz respeito, deixando por mãos alheias o amanho da terra que pertence aos lusofalantes e a uma cultura com raízes muito próprias…
Mas eles é que sabem(?), ou pensam que sabem, porque falam, falam, falam e nem dão um passo, nem dão a mão...
Allgarve, se faz favor!
ResponderEliminarOs empresários tugas cansam-se muito a trabalhar para o bronze. A dona de um hipermercado chinês cá da zona fala melhor português do que muitos tugas. E sem sotaque!
maria
ResponderEliminarA coisa é mais séria do que parece. Eles vendem cá, mandam o dinheiro para a terrinha (como?), compram as terras, as dívidas, as empresas... é a (re)conquista do império do Sol Poente...