Há cerca de um mês que é difícil comprar um remédio sem genérico nem substituto. Situação de rutura nas farmácias pode pôr em causa a qualidade de vida dos doentes.
O Parkadina, um dos principais medicamentos utilizado no tratamento dos sintomas da Parkinson, está esgotado nas farmácias portuguesas. A informação foi avançada, esta segunda-feira, pelo JN e confirmada ao tvi24.pt pela Associação de Doentes de Parkinson (ADP).
“Não sabemos se o problema está na origem, ou seja, no laboratório, se na distribuição. Com o laboratório, o atendimento telefónico é complicado e não temos conseguido falar com eles”, diz Helena Machado, presidente da ADP.
A falta do medicamento não põe em risco a vida do doente, mas potencia uma degradação da sua qualidade de vida. A ADP tem estado a aconselhar os doentes a consultar o seu médico assistente, no sentido de encontrar uma alternativa, já que o Parkadina não tem genérico, nem substituto.
O medicamento em causa é fabricado pelo laboratório Basi, sedeado em Coimbra e distribuído pela empresa farmacêutica FHC, de Mortágua, que ao longo da manhã foram contactadas, mas tal revelou-se impossível.
Qualquer pessoa, de Esquerda, ou de Direita, inteligente, ou quase, percebe que isto não tem nada a ver com o Estado Social, mas incompetência empresarial, inépcia corporativa e indiferença estatal…
Então alguém se abalança a fazer um produto, sem estudo de mercado, como mandam os livros e os gurus da especialidade?
Então os representantes das farmácias e elas próprias, não alertam em tempo útil quem de direito?
Então o Estado que manda, não manda? Se a empresa nacional não responde às necessidades do país, quem de direito não importa o produto para responder à Missão?
Tratando-se de pessoas, e nestas condições, a omissão é pecado mortal, não para os responsáveis, mas para as vítimas… São só 5.000 doentes, mas são 5.000 famílias!
Haja vergonha, do Estado, dos laboratórios e da Associação Nacional de Farmácias!
Entretanto:
Jorge Torgal, presidente do Infarmed, disse que não podia ajudar os pacientes com Parkinson que não podem comprar o medicamento Parkadina nas farmácias, esgotado há quase um mês, referindo que o laboratório que produz o fármaco suspendeu a sua produção com o objectivo de rever os preços aplicados.
O responsável afirma que há alternativas ao fármaco em causa e não descartou a possibilidade de importar o medicamento no caso de haver uma solicitação, o que não aconteceu até ao momento.
As declarações do Jorge Torgal foram feitas depois de a Associação Nacional de Farmácias ter alertado esta segunda-feira que o Parkadina estava esgotado no mercado português desde 18 de Abril.
Não deixa de ser notório, que o presidente do INFARMED fique à espera de solicitações e que venha ele dar a cara pelo laboratório, para justificar o injustificável e única medida que tomou foi publicar este esclarecimento:
Mas ao informarmo-nos do que é o INFARMED e as suas competências, deparamo-nos com isto, que parece ser o contrário do que é dito na notícia acima.
Bolas! Quem tem Parkinson também vota, mesmo com dificuldades. Não sejam tão…
O INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I. P., abreviadamente designado por INFARMED, I. P., é um instituto público integrado na administração indirecta do Estado, dotado de autonomia administrativa, financeira e património próprio.
O INFARMED, I. P., prossegue as atribuições do Ministério da Saúde, sob superintendência e tutela do respectivo ministro.
Missão e Atribuições
O INFARMED, I. P., tem por missão regular e supervisionar os sectores dos medicamentos, (…), segundo os mais elevados padrões de protecção da saúde pública, e garantir o acesso dos profissionais da saúde e dos cidadãos a medicamentos, (…) de qualidade, eficazes e seguros.
e) Garantir a qualidade, segurança, eficácia e custo-efectividade dos medicamentos de uso humano, (…);
f) Monitorizar o consumo e utilização de medicamentos; (…)
REVOLTANTE!QUE RAIO DE GENTE(?)É ESTA?
ResponderEliminarmaria
ResponderEliminarNão devem ter ninguém da família, nem conhecidos coma doença. Só pode...
O Problema das pessoas que querem escrever sobre tudo e dar opinião sobre tudo, é que, na maioria das vezes, misturam tudo, e não sabem do que falam.
ResponderEliminarPergunta: O que que é que as farmácias, ou a Associação Nacional de Farmácias (que, exactamente, é uma associação empresarial, não é um representante) têm a ver com a ruptura do stock de Parkadina?
O que uma farmácia faz quando um produto lhe vem como "em falta" ou "esgotado" é continuar a pedir. Na grande maioria dos casos a situação demora pouco tempo, e apenas nos casos mais extremos, alguns dias. Se o laboratório deixa de produzir o medicamento e não avisa ninguém, que culpa têm as farmácias? O laboratório fez algum comunicado exclusivo às farmácias? À medida que as farmácias, individualmente, foram constatando que o produto não vinha, começaram a avisar os utente para informarem o seu médico. E se algumas deles chegaram a contactar directamente o laboratório (coisa que não têm de fazer), fizeram-no individualmente. E foi exactamente a partir do momento em que os utentes começaram a pressionar os médicos que começaram a surgir os comunicados de um lado e outro.
Atenção: Não é a disparar em todas as direcções que fazemos cidadania, ou que reclamamos do que quer que seja.
Caro Anónimo (não gosto de dialogar com anónimos, mas...)
ResponderEliminar1º - Obrigado pelos elogios, que é um bom princípio de conversa, mas deixe para lá;
2º - Posso ser burrinho, mas não entendi essa de uma Associação não representar os associados...;
3º - Foi a Presidente da ADP que disse: "Não sabemos se o problema está na origem, ou seja, no laboratório, se na distribuição.";
4º - Diz a notícia que as declarações do Jorge Torgal foram feitas depois de a Associação Nacional de Farmácias ter alertado esta segunda-feira que o Parkadina estava esgotado no mercado português desde 18 de Abril, o que pressupõe que só as farmácias, através da sua Associação deveriam avisar quem de direito (o INFARMED) da falta sistemática do medicamento, quase durante um mês e fizeram-no;
5º - Diz o comunicado do INFARMED, que:
- Sempre que existem rupturas de stock os doentes devem contactar o seu médico ou farmacêutico (ou o farmacêutico) com o intuito de encontrar alternativas terapêuticas (o que não aconteceu) e
- Neste caso particular, existem outros medicamentos que podem ser usados (alternativas terapêuticas) ou, no caso de se considerar mais adequado o uso deste medicamento, recorrer à possibilidade de solicitar a importação do referido medicamento por parte das farmácias (por parte da farmácias).
6º - Como vê, não me enganei muito, só não o posso informar se o caso já está resolvido, mas poderá informar-me;
7º - Por falar em cidadania, deve desconfiar que não tenho nenhuma farmácia (embora tenha muitos amigos farmacêuticos), mas desconfio que o Anónimo deve ter e não referiu uma vez sequer, os doentes, mas apenas em defesa da honra das farmácias, o que não abona nada em favor da cidadania e da deontologia;
8º - Finalmente, pode disparar à vontade contra mim, que não me acerta de certeza, nem me desanima de continuar a atirar em todas as direcões que não tratam as pessoas como pessoas, e pior, quando são pessoas com doenças como esta.
Curiosamente, é a única reclamação que recebi, talvez porque há pouca gente a ler as minhas asneiras...
Um abraço e não deixe de voltar.
Sou portador da doença de PARKINSAN, é de lamentar, quer o INFARMED, quer o Ministério da Saúde, não tomarem providências no sentido de repor os STOKS, visto segundo li no comunicado dos Laboratórios BASI, deve-se ao facto de não chegarem a acordo sobre o preço de produção do medicamento. Lamentável,não olharem para o bem dos doentes, principalmente dos mais frágeis, que esta doença normalmente ataca os mais idosos.
ResponderEliminarCaro Anónimo
ResponderEliminarPrimeiro, lamento que seja um dos atingidos pela incompetência que uns querem desculpar e desejo que tenha as melhoras possíveis (já há operações, como deve saber).
Segundo, é inqualificável, que o Estado deixe os mais frágeis, no que quer que seja, ao abandono.
Terceiro, as desculpas do laboratório são esfarrapadas, porque nenhuma empresa produz qualquer coisa, sem um estudo do mercado e um estudo financeiro.
Se voltar aqui, gostaria que me informasse se o problema já está resolvido, para eu informar, cumprindo uma obrigação de que me incumbi, de denunciar as meias verdades.
Obrigado e as melhoras.