"Se fosse português, indignava-me com a maneira como Portugal está a ser tratado pela União Europeia", disse o ex-diplomata Stéphane Hessel, autor do best-seller "Indignai-vos", que critica o papel de Durão Barroso.
Em Lisboa para o lançamento do pequeno livro, prefaciado em Portugal pelo ex-presidente da República Mário Soares, Hessel, 93 anos, mostrou-se preocupado com o rumo que a UE segue, em particular sobre a atitude assumida perante a crise portuguesa.
"Quando um país como Portugal, membro da União Europeia, precisa de ser ajudado numa fase da sua história económica, sou muito severo com a forma como a UE se descartou de uma parte das suas responsabilidades para o FMI e que faça os empréstimos necessários, mas exija pagamentos excessivos" - declarou.
Serão os 93 anos que colocam
Stéphane Hessel em outra era, onde a Ética assumia a base das relações, ou somos nós que já vivemos noutra era, onde a imoralidade entranhou no quotidiano e nos formatou para o silêncio?
A Espanha confronta-se com uma crise institucional, tem uma tendência natural para "assimilar" outros povos, mas Portugal "nunca será integrado" pelo Estado vizinho, garantiu o ex-presidente do governo autónomo da Catalunha, Jordi Pujol.
"Portugal nunca vai querer integrar-se na Espanha. Nunca. E creio que fará bem. Está demonstrado que a Espanha tem tendência para assimilar, a Espanha gostava de ser como a França, com uma capital muito forte, tudo muito centralizado e muito homogéneo. Para ser o que é hoje, a França destruiu muitas culturas, muitas línguas, muitas mentalidades", considerou o líder nacionalista catalão, 80 anos.
Serão os 80 anos que o levam a contrariar o que muitos patriotas dizem por aí, em voz baixa, sobre a anexação de Portugal à Espanha e a sua transformação num Governo Autónomo, ou seremos nós, que de tão massacrados pelos nossos incompetentes governantes e afins, queremos mudar para ficarmos na mesma?
Será que a idade altera as pessoas, ou serão as pessoas que mantem a lucidez e os princípios, apesar da idade?
Ainda há gente de fora que nos respeita, enquanto mais gente cá de dentro nos deita fora…
Penso eu de que...
ResponderEliminar...somos nós que já vivemos noutra era, onde a imoralidade entranhou no quotidiano e nos formatou para o silêncio...
... pessoas que mantem a lucidez e os princípios, apesar da idade...
Ainda há gente de fora que nos respeita, enquanto mais gente cá de dentro nos deita fora…
O problema é que muitos cá dentro gostavam de ser como lá fora. O catalão diz que Espanha gostava de ser como a França... Mas Portugal também tem uma tendência para ser como lá fora...
ResponderEliminarmaria
ResponderEliminarEntão estamos de acordo!
Elenáro
ResponderEliminarEu acho que nós nunca quisemos anexar ninguém, mas também não queremos ser anexados.
Sempre foi assim, mesmo que muitos digam (à mesa do café) que era bom sermos espanhóis e até ultimamente o Economist sugeriu a nossa anexação ao Brasil...
É tudo isso, sim. Mas é com tristeza que vejo este "deixar correr", o "tanto me faz", o "quero lá saber" que caracteriza grande parte dos portugueses nos tempos que correm.
ResponderEliminarOs mais velhos, que deveriam ser referências e veículos de experiências e saberes múltiplos, infelizmente são postos de lado, como objectos sem serventia.
É a isto que estamos destinados?
Elisabete
ResponderEliminarA indiferença reinante, é fruto de uma formatação lenta e segura, marcada pela insegurança individual, no trabalho, na reforma, na vida...
Infelizmente, quando hoje falamos dos mais velhos, não estamos a falar dos velhinhos de antigamente, estamos a falar de gente de meia idade. Por um lado, esses são dispensados de intervir, por outro lado, os mais novos são impedidos de participar.
Mas a culpa é sempre nossa!