Apenas em Atenas, cerca de 20.000 pessoas saíram às ruas para manifestar a sua oposição à política em curso.
Apesar dos incidentes, o sindicato de funcionários ADEDY manifestou a sua satisfação pela "participação" e pelo "espírito" dos seus membros no protesto, quando se completa um ano da introdução dos primeiros cortes determinados pelo governo.
O executivo do primeiro-ministro socialista Yorgos Papandreou quer adotar a partir da próxima semana novas medidas de austeridade e privatizações, o que foi determinante para a greve desta quarta-feira.
A greve, a 2ª deste ano e que incluiu também os jornalistas, ocorre no meio de um clima de grande tensão pelas informações divulgadas nos últimos dias pela imprensa nacional e internacional sobre a necessidade de um novo resgate à Grécia.
Precisamente, enquanto milhares de gregos saíam às ruas das maiores cidades do país, o conselho de ministros revia as novas medidas para arrecadar 76 mil milhões de euros até 2015, que passarão pelo parlamento em 18 de maio.
O programa a médio prazo inclui a privatização de empresas estatais e cortes adicionais no setor público, entre eles a redução do número de funcionários em cerca de 30.000 pessoas e o aluguer ou venda de parte da propriedade imobiliária do Estado.
O governo também anunciou um projeto para acabar com a evasão de impostos, que representa atualmente mais de 30% do produto interno bruto (PIB), a fim de arrecadar 12 mil milhões de euros.
Segundo o jornal ateniense "Kazimerini", a missão de especialistas da UE e do FMI que inspeciona em Atenas as medidas de poupança iniciadas parece concluir que há um rombo de 6 mil milhões de euros em relação às metas iniciais e que as reformas estão muito lentas.
A atenção está centrada na reunião que manterão os ministros das finanças da UE na próxima segunda-feira, em todo caso, não se esperam decisões sobre uma reforma do programa de ajuda à Grécia, até que seja publicado o relatório da missão estrangeira em Atenas.
Mesmo correndo o risco de ser colado a críticas de alguns partidos (de esquerda) e só porque a evidência é qualquer coisa de visível, sem necessidade de prova, aqui fica a prova da falência da teoria dos “economistas” que nos dizem que se ganharmos menos (cada um de nós, na sua vida), conseguimos (cada um de nós, na sua vida) pagar melhor as nossas dívidas…
Fica provado que, os resultados do PISA, no que à matemática dizem respeito e que nos colocam abaixo da média da OCDE, verifica-se também ao nível dos nossos governantes.
O economista Paul Krugman considerou que, “no mínimo, dado que o programa de resgate não está de todo a funcionar, a Grécia deverá reestruturar a sua dívida para que reduza o seu fardo atual, nunca de maneira a aumentá-lo”.
E para quem não é especialista em economia, nada melhor do que recorrer a quem sabe e que deve ter tido boas notas a matemática, que diz que o programa de resgate aplicado à Grécia não está de todo a funcionar…
E então como vai funcionar connosco?
Desconfio que vai funcionar mal e porcamente!
ResponderEliminarmaria
ResponderEliminarAinda desconfia? Até eles já tem (tinham) a certeza e até já vão baixar o juro à Grécia, se querem receber o deles...