O nome indicado por Passos Coelho para integrar a futura Comissão Europeia foi o de Carlos Moedas, secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro.
Carlos Moedas, atual secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro que ocupa o cargo há 3 anos, foi um dos protagonistas nas negociações com os representantes da troika – FMI, BCE e Comissão Europeia para a aprovação do Orçamento do Estado para 2011, ao lado de Eduardo Catroga.
Coordenador do setor económico do Gabinete de Estudos do PSD, Carlos Moedas foi cabeça de lista por Beja nas últimas legislativas, tendo sido eleito, passando o PSD a ter um deputado pelo distrito alentejano pela 1.ª vez desde 1995.
Carlos Moedas nasceu em Beja e licenciou-se em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico em 1993, fez o último ano do curso na École Nationale des Ponts et Chaussées de Paris e trabalhou até 1998 na área de engenharia para o grupo Suez Lyonnaise des Eaux, em França.
No seu percurso profissional, o novo comissário europeu integrou a equipa do banco de investimento Goldman Sachs - na mesma altura em que António Borges trabalhou na instituição -, na área de fusões e aquisições, e foi gestor de projetos para o grupo Suez, em França, entre 1993 e 1998.
Trabalhou no Eurohypo Investment Bank e dirigiu a consultora imobiliária Aguirre Newman quando regressou a Portugal, em agosto de 2004, onde foi administrador delegado até novembro de 2008, altura em que criou a empresa de gestão de investimentos Crimson Investment Management.
Para uma visão mais apurada do seu currículo, talvez seja bom ler: Globalistas da Carlyle preparam investimentos milionários em Portugal, para lhe conferir o certificado de internacionalismo, que dizem que lhe falta e pelas ligações com gente poderosa...
Independentemente das competências do indigitado, conclui-se que vai para a Comissão Europeia por não ter que fazer no governo, deverá ser um daqueles porta-vozes de um qualquer Comissário, que vai dizer sobre os outros países o que diziam aqueles putos sobre Portugal e pronto!
Só me faz impressão que tenha sido este governo, a 1 ano de se despedir do poder (se o povo quiser), que vai continuar em funções, mesmo que o povo rejeite as políticas que implementou a favor das políticas do executivo que serviu. Este problema já o coloquei várias vezes, sempre que os partidos dos Comissários anteriores perdiam as eleições nos seus países e eles continuavam impávida e “democraticamente” a representar o poder derrubado…
Mesmo que a gente não goste da Maria Luís, mais pelas medidas do que pela pessoa (Juncker gostava), temos que reconhecer que tinha mais trunfos do que o Carlos Félix, sendo caso para dizer que eles dão-nos as notas e nós damos-lhes Moedas…
E fica aqui uma questão filosófica, que não tem a ver apenas com a UE, mas com outros altos cargos mundiais: por que são nomeadas as pessoas mais fraquinhas para os mais fortes cargos?
Só quererão acólitos?
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