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sábado, 8 de março de 2014

A sobrevivência vs. o altruísmo geram a evolução…

A natureza favoreceu-nos com várias informações genéticas; destacam-se 2: a sobrevivência e a adaptação ao custo do egoísmo e convivência altruísta.
Armando Correa de Siqueira Neto
A primeira já se evidenciou mais claramente desde os estudos evolucionários de Charles Darwin. A segunda, contudo, começa a despontar recentemente através dos trabalhos realizados na Universidade de Harvard, pelas mãos do biólogo evolucionário Marc Hauser, cuja publicação recebeu o nome de “Mentes Morais” – o cérebro possui um mecanismo geneticamente determinado para adquirir regras morais. Portanto, estamos diante de 2 extremos severos que geram conflito em grande parte do tempo de incontável número de pessoas. Por que coexistem dentro de nós 2 informações de peso que se chocam tão intensamente, podendo causar, em última análise, alguns distúrbios mentais. Um desatino desnecessário aparentemente.
Para que o ser humano pudesse sobreviver constou-se no seu ADN o vale-tudo da sobrevivência e do aperfeiçoamento, levando-o a modificar-se e alcançar aptidão necessária à seleção natural. De contrário, ele (e qualquer projeto de descendência) já se encontraria extinto. Por sorte, a inteligente e instintiva informação genética é superior à nossa capacidade de raciocinar, sobrepondo-se à ingenuidade e passividade que inevitavelmente já nos teriam apagado do livro da vida. Há algo grandioso e impercetível nesta sábia arquitetura, não acha? Mesmo Darwin concordou à sua maneira, ao descrever: “Não me parece haver qualquer incompatibilidade entre a aceitação da teoria evolucionista e a crença em Deus.”
Por outro lado, a programação genética que deve facilitar a aquisição e a aceitação psicológica das regras para o adequado convívio social e o consequente desenvolvimento do altruísmo, incide sobre o lado sobrevivência-a-qualquer-custo (e vice-versa), controlando parte da sua potência, a princípio perigosa caso nada a detenha, sem, no entanto, lhe enfraquecer em demasia naquilo para o que foi previamente determinada. Novamente nos deparamos com a providencial sabedoria invisível, não é? Sem esse sentimento de preocupação alheia (ainda que lhe falte aperfeiçoamento na transição ego-mundo) também já nos teríamos extinguido.
Então, faltam-nos consciência e ajuste à frente, pois trata-se de uma enorme jornada acerca do desenvolvimento humano. Por tal razão, dispomos das essenciais informações genéticas que tanto nos estimulam ao movimento, ora conflituante, ora evolutivo. Dois caminhos e um só destino. Sobrevivência e altruísmo opondo-se, regulando-se e, finalmente, gerando o 3.º e vital elemento: a evolução.

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