“O Governo vai aumentar as despesas uma vez que está a conseguir mais dinheiro graças a taxas de juro mais baixas”, escreve o Hospodářské noviny, sublinhando que o ministro das Finanças, Miroslav Kalousek, passou das palavras aos atos – não são esperadas mais medidas de austeridade.
Entretanto, o primeiro-ministro checo Petr Nečas declarou: “Estamos muito satisfeitos com o facto de o défice público não ultrapassar os 3% do PIB e que, juntamente com a consolidação económica, estejamos a preparar o caminho para o crescimento”.
O governo da Alemanha afastou a impressão de que discorda com a Comissão Europeia sobre se a austeridade é o melhor tratamento para o beco sem saída económico da Europa. "Não há nenhuma divergência entre o governo alemão e o presidente da Comissão", afirmou o porta-voz de Angela Merkel, sobre uma observação do presidente da CE, de que a política de austeridade adotada pela UE - e especialmente defendida pelo governo alemão - atingiu os seus limites.
Um porta-voz do Ministério das Finanças alemão, disse que os comentários de Barroso foram mal interpretados e destacou um comentário adicional do presidente da CE, de que o "crescimento baseado em dívidas, pública e privada, insustentáveis, é artificial."
Sobre as declarações de Durão Barroso, que muitos entenderam como uma viragem de discurso de Bruxelas, no sentido de se terem atingido os limites da austeridade, Vítor Gaspar salientou que "o presidente da Comissão Europeia destacou logo no princípio da resposta" citada que "é crucial que os países com programa sejam capazes de reduzir os seus níveis de endividamento, equilibrar os seus orçamentos e assegurar a estabilidade financeira". "Naturalmente estes pontos são muito importantes e eu estou inteiramente de acordo", comentou.
O ministro das Finanças acrescentou que o presidente do executivo comunitário “disse ainda que estes elementos, embora sejam necessários para o crescimento sustentado, não são suficientes”. “Eu estou também inteiramente de acordo, assim como está de acordo o Governo português, e isso é bem traduzido na iniciativa para o crescimento, o emprego e o fomento industrial que o Governo aprovou esta semana”, declarou. “Mas (Durão Barroso) está também a dizer, e isso é muito importante, que a acção europeia nessa matéria é predominante, quer pelos aspectos que já falei anteriormente, relativos ao sistema financeiro, mas também na flexibilização das metas nominais, o que já ocorreu: Portugal já beneficiou por 2 vezes de uma alteração dos seus limites nominais para o défice e para a dívida”, sublinhou.
Fora das tricas, que vão entretendo as elites europeias e do FMI e atrasando as soluções para a vida real dos cidadãos, o governo da república Checa fechou a torneira da austeridade e vai investir no crescimento, sem pedir licença a Barroso a Saüble/Merkel e aos seus porta-vozes… E boa sorte (que não é preciso), já que o passado recente mostra que estava tudo errado e meio aldrabado!
Entretanto o “eixo” Saüble/Merkel, que não admite o erro dos “multiplicadores”, assobiam ara o lado sobre o Excel manipulado da dupla de artistas “Reinhart/Rogoff” e fecham os olhos (e a alma) à fábrica de pobres que estão a gerar pela UE fora, principalmente na Eurozona, manda dizer que não há divergências entre o grito de “Basta de austeridade, só!”, que Barroso deu finalmente, mas não se coíbem de acrescentar que nada vai mudar… Mais um vexame para o presidente da CE, mas já deve estar habituado, embora esteja respaldado pela gente do FMI, apesar de dizerem uma coisa e mandarem os seus funcionários (da troika) imporem o contrário: Vice do FMI: Países do euro têm de assumir responsabilidades para ver “a crise pelo espelho retrovisor”
À boleia do Zé Manel e do FMI, veio logo o nosso inefável Gaspar dizer que concorda com ele (o homem é mesmo lento), sem discordar muito do “Padrinho” Saüble, não vá o diabo tecê-las e até avisa que o governo português já está a adotar a filosofia da “austeridade com todos”, ao decidirem, antes do discurso do PR na institucional lembrança do 25 de abril, um pacote de intenções para fazer a “coisa” crescer, sem se saber para quê nem para quem…
Convinha que se organizassem e mostrassem mais do que valem, para evitar o sofrimento das pessoas, mesmo que o mercado espere um bocadinho, até para que os “bancos amigos” dos amigos tenham tempo de trocar os cartões de plástico por notas de papel… Ganhávamos nós uns cêntimos e eles ganhavam mais milhões…Moral da história: Qualquer dia vão fazer um concurso ou abrir um inquérito para saber quem foi que inventou e implementou a “austeridade a todo o custo, doa a quem doer!”… Eu não fui!
Última hora!
O economista Kenneth Rogoff
disse hoje que defende "desde há
muito tempo o perdão parcial das dívidas soberanas, assim como da dívida sénior
da banca, de países da periferia da Europa (Grécia, Portugal, Irlanda; Espanha)
para libertar o crescimento".
O economista de Harvard,
visto como o "pai das políticas de
austeridade", seguidas por vários governos em todo o mundo, escreve num
artigo publicado no New York Times que "em
alguns casos" está de acordo com "propostas
mais radicais, incluindo a restruturação da dívida (um termo polido para
incumprimento parcial), tanto de dívidas soberanas como privadas".
Um rebate de consciência, que deve ser entendido como um pedido de desculpas…
Agora é a vez dos governantes!
Anda por aí muita conversa de CONTRIBUINTE PARVO
ResponderEliminar.
.
-> O Contribuinte Parvo INSISTE em dar 'carta branca' aos políticos... quando... a experiência mostra que os políticos honestos (que existem de facto!)... não dão, claramente, conta do recado!...
.
-> Os Parolizadores de Contribuintes (políticos e não só) falam em novo governo... blá, blá, novo governo... blá, blá, novo governo... [vulgo, 'vira-o-disco' e toca o mesmo: um sistema muito permeável a lobbys]... procurando desviar a conversa daquilo que é cada vez mais óbvio: quem paga (vulgo contribuinte) deve ter acesso a mecanismos de fiscalização cada vez mais eficazes das contas públicas!
.
--->>> É necessário uma campanha para motivar os contribuintes a participar... leia-se, votar em políticos, sim, mas... não lhes passar um 'cheque em branco'... leia-se: para além do «Direito ao Veto de quem paga» (ver blog «fim-da-cidadania-infantil»).... é urgente uma nova alínea na Constituição: o Estado só poderá pedir dinheiro emprestado nos mercados... mediante uma autorização expressa do contribuinte - obtida através da realização de um REFERENDO.
.
.
P.S.
-> Todos pudemos assistir a uma incrível e monumental campanha [nota: a superclasse (alta finança - capital global) controla a comunicação social] no sentido de ridicularizar todos aqueles que eram/são contra o 'viver acima das possibilidades'... ou seja, ridicularizar todos aqueles que eram/são anti-endividamento excessivo; um exemplo: no passado, Manuela Ferreira Leite foi ridicularizada por ser uma ministra anti-deficit-excessivo; e mais, chegam a retratar o contribuinte alemão (que recusa ser saqueado) como novos fascistas/nazis...
-> O discurso de qualquer 'cão/gato' anti-austeridade tem logo direito a amplo destaque... [nota: a superclasse controla a comunicação social].
--->>> Um afrouxamento no controlo rigoroso das contas públicas (fim da austeridade)... proporciona oportunidades para a superclasse... isto é, ou seja, com tal afrouxamento, a superclasse (e suas marionetas) passam a poder 'CAVAR BURACOS' sem fim à vista: BPN's, PPP's, SWAP's, etc...
.
P.S.2.
-> Depois de 'cozinhar' o caos... a superclasse aparece com um discurso, de certa forma, já esperado!... Exemplo: veja-se a conversa do mega-financeiro George Soros: «é preciso um Ministério das Finanças europeu, com poder para decretar impostos e para emitir dívida»
-> Como o contribuinte alemão está firme... o mega-financeiro George Soros defende agora um Euro sem a Alemanha... para... PROLONGAR O FESTIM proporcionado por países a endividar-se excessivamente (países a viverem acima das suas possibilidades).
Nota: a firmeza do contribuinte alemão (não cedendo à pressão exercida internacionalmente...) é fundamental para salvar a Europa!!!
.
P.S.3.
O "crescimento" à força bruta de endividamento e de dinheiro mal gasto... no final da sua fase mais delirante... atirou-nos para a fronteira da bancarrota.
.
P.S.4.
-> Um caos organizado por alguns - a superclasse (alta finança - capital global) pretende 'cozinhar' as condições que são do seu interesse:
- privatização de bens estratégicos: combustíveis... electricidade... água...
- caos financeiro...
- implosão de identidades autóctones...
- forças militares e militarizadas mercenárias...
resumindo: uma Nova Ordem a seguir ao caos - uma Ordem Mercenária: um Neofeudalismo.
{uma nota: anda por aí muito político/(marioneta) cujo trabalhinho é 'cozinhar' as condições que são do interesse da superclasse: emissão de dívida e mais dívida, IMPLOSÃO DA IDENTIDADE AUTÓCTONE, etc}
Não vou comentar o artigo de opinião, simplesmente deixar reticências sobre a operacionalidade dos referendos...
Eliminar