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terça-feira, 23 de abril de 2013

O “Bill Gross” é do contra e o “Zé Manel” sempre foi!

A mensagem é clara e é mais uma contra as políticas de austeridade na Europa. Desta vez pela voz de Bill Gross, CEO da maior gestora de fundos de obrigações do mundo, a PIMCO, que lançou hoje um ataque contra os esforços do Reino Unido e da zona euro para reduzirem a dívida de forma rápida com medidas severas de austeridade, alertando ao mesmo tempo que estas ações podem sufocar e impedir a recuperação económica.
Sem o afirmar diretamente, o maior gestor de obrigações do mundo deixou o aviso de que a austeridade tem de acabar. "O Reino Unido, e quase toda a Europa, erraram ao acreditar que a austeridade, a austeridade orçamental no curto prazo, é o caminho indicado para produzir crescimento real. E não é. A Europa tem de gastar dinheiro", disse o fundador da PIMCO.
O ataque surge numa altura em que os economistas debatem os erros estatísticos do estudo sobre política orçamental da austeridade de Kenneth Rogoff e Carmen Reinhart, considerado até agora a base das atuais medidas de austeridade da Europa. Com os países desenvolvidos a tentar lutar para impulsionar o crescimento económico, o FMI já veio alertar a Alemanha, os Estados Unidos e o Reino Unido que estão a apertar o cinto de forma demasiado rápida.
De acordo com Gross, que gere um fundo com quase 290 mil milhões de dólares, foi um erro pensar que os mercados obrigacionistas iam exigir aos governos que aplicassem medidas orçamentais severas de austeridade. "Os investidores em obrigações querem tanto crescimento económico como os de ações, na medida em que demasiada austeridade leva à recessão ou estagnação", afirmou Gross e defendeu ainda que "no longo prazo é importante ser orçamental e austero. É importante ter uma taxa de dívida em relação ao PIB baixa ou em linha com a média. A questão está na rapidez com que se aplicam estas medidas entre o curto e o longo prazo".
Bill Gross alertou que as medidas monetárias expansionistas falharam ao não estimular o crescimento económico, e poderão mesmo revelar-se contraproducentes, e que as recentes oscilações dos preços do ouro são sinais dessa alteração do sentimento investidor. "Os mercados estão a começar a questionar-se, não só sobre se a magia da Reserva Federal, do Banco de Inglaterra e do BCE, mas também do Banco do Japão vão resultar no final", salientou o CEO da PIMCO que defende medidas que encorajam o investimento.
Bill Gross sublinha que "em termos orçamentais, penso que os governos erraram todos de uma maneira ou de outra e, certamente, não incluíram o investimento como percentagem do PIB que, como sabemos, é a única maneira para a atingir a prosperidade". No entanto, os governos estão a ficar sem opções: "Quando se entra em areias movediças é muito difícil sair, quer monetária quer orçamentalmente. É uma autêntica luta".
O presidente da Comissão Europeia admite que a Europa falhou ao não explicar o que estava em jogo e afirma que “as políticas de correcção orçamental – mesmo que sejam correctas – não são política e socialmente sustentáveis”"Penso que estamos a atingir o limite das actuais políticas" e defendeu que as políticas de correção dos défices e da dívida, que sublinhou serem "indispensáveis", devem ser combinadas com "um ênfase mais forte no crescimento e nas medidas de crescimento a curto prazo".
Por este andar, qualquer dia até o Saüble/Merkel vão dizer que sempre foram contra a austeridade e que o erro foi da tradução da palavra em alemão, por ser uma língua semimorta, só falada bem, depois de umas canecas de “bier”
Quando eles já estiverem todos “grossos” e nós ainda mais esquálidos, ainda nos vão pedir desculpas e perdoar a dívida (deles)…
Valham-nos estes especuladores porreiros, a quem estão a estragar o negócio, a ver se nos deixam umas migalhitas…
Já dizia o cangalheiro: “Eu não quero que ninguém morra, só quero que o meu negócio corra!”

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