Isaac Newton previu o fim do mundo em 2060
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O atual grupo de nações desenvolvidas vai ter a sua importância económica muito diminuída nas próximas décadas e será a Alemanha quem mais vai perder com a globalização. A conclusão, consta de um estudo a longo prazo da Organização para a Cooperação Económica e Desenvolvimento. A OCDE prevê que em 2025 a China e a India juntas já ultrapassem o produto interno bruto do atual G7 no seu conjunto e em 2060 os dois colossos asiáticos dominem a economia mundial.
Segundo o estudo, a China deverá ultrapassar os Estados Unidos já nos princípios de 2016 e tornar-se a primeira economia do globo. A OCDE estima que em 2060, o PIB combinado da China e da Índia vai equivaler a 46% do PIB bruto mundial, um aumento de 24% relativamente a 2011.
Nessa altura o Brasil e a Indonésia deverão ocupar as posições que se seguem à China e à India. Quem mais perde são os países industrializados “tradicionais” que verão a sua importância económica diminuir progressivamente nos próximos 50 anos.
Envelhecimento da população "pesa" sobre os países industrializados
Os 34 países membros da OCDE, que atualmente representam 65% da produção industrial mundial, apenas devem representar 43% em 2060. O estudo da OCDE estima uma taxa anual de crescimento na ordem dos 3%.
Entre os países desenvolvidos a Alemanha é o que mais deve perder, segundo a OCDE. O país deve passar de 5º para 10º lugar no ranking das economias mundiais, atrás mesmo da França.
As razões para este “declínio” prendem-se em grande parte com o envelhecimento da população, já que países com populações em média, mais jovens, como o Brasil, não terão dificuldades e ultrapassar em crescimento os países europeus e o Japão que contam com maior envelhecimento populacional.
No caso da Alemanha a OCDE estima que esse fator de envelhecimento populacional não poderá ser compensado pela imigração. “Esperamos que em 2060, a proporção de pessoas com mais de 65 anos quase duplique, relativamente ao grupo etário entre os 14 e os 64 anos, atingindo quase 60%”.
Neste cenário de longo prazo, que a OCDE admite estar sujeito a grandes incertezas, a fatia do PIB mundial que a Alemanha representa descerá dos atuais 4,8% para 2%.
Este decréscimo representa uma queda de 58%, que é a maior entre os 42 países analisados, que incluem os 34 membros da OCDE e as 8 maiores economias emergentes.
O Japão, que também sofre do mesmo problema do envelhecimento populacional, terá uma queda equivalente a 52%.
Gurria: "Um mundo fundamentalmente diferente" para os nossos filhos e netos
Neste contexto, a OCDE prevê que em 2060 a economia alemã cresça apenas 1,1% anualmente, o que deixa o país no fundo da escala de crescimento acompanhado do Luxemburgo.
Na apresentação do estudo o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria resumiu numa frase as consequências que estes números deixam antever: “O mundo em que vão viver os nosso filhos e netos será fundamentalmente diferente do mundo atual” disse.
Estudo da OCDE coloca economia portuguesa a crescer a uma média de 1,4% ao ano, até 2060, número superior a economias como a da Alemanha e a do Japão, prevendo que a Grécia e a Itália acompanhem Portugal.
Em comparação com a Alemanha, verifica-se que Portugal conseguirá melhor desempenho, já que o ‘motor’ da Europa não conseguirá crescer mais do que 1,1% do PIB ao ano, o Luxemburgo se queda pela mesma percentagem, enquanto o Japão se fica pelos 1,3%.
Outro país em crise, a Espanha, crescerá 1,7%, segundo antevê a OCDE neste estudo.
Portugal, Grécia e Itália, no entanto, manterão até 2060 níveis elevados no que diz respeito ao desequilíbrio das contas públicas. O défice destes países deve atingir um mínimo de 10% do PIB e um máximo de 15%, nas próximas décadas, até 2060.
Penso que ninguém acredita em previsões, seja de quem for, para daqui a 48 anos, sobretudo porque a mesma instituição se engana nas previsões para 1 ano…
A maior parte de nós não será testemunha destes astrólogos e até lá, os sobreviventes poderão verificar o “lapso” (é assim que se chama a um desmentido feito pela realidade) ou confirmar o estudo, embora até lá tenham que tomar conhecimento de mais uns 480 estudos, no mínimo…
Uma coisa é certa, quem está em cima só pode descer e quem está em baixo só pode subir (não são precisos estudos nem jogar aos búzios), mas descer ou subir tanto, embora possível, não parece credível. Seria bonito, daqui a 48 anos estarmos a dar (mais) uma “ajudinha” à Alemanha, para mostrar ao mundo, mas sobretudo aos alemães, que somos gratos e pagamos com a mesma moeda e com os mesmos juros e imposições…
Outra coisa é certa, e não sei se o estudo teve em conta, mas para que tal previsão se concretizasse, teria que haver outras medidas económico-financeiras que não estas, talvez muitas convulsões sociais e cambalhotas político-ideológicas, talvez uma guerra (im)previsível embora evitável, talvez um cataclismo natural… Futurologia.
Curiosamente, Isaac Newton previu o fim do mundo, exatamente em 2060, com base na Bíblia e nas profecias de Nostradamus, o que tira todo o interesse às previsões da OCDE…
De concreto, tendo em conta o presente, não deixa de ser absurdo justificar-se a queda abruta da Alemanha, pelo envelhecimento da sua população, com muita gente acima dos 65 anos, já que, hoje, defendem para os outros o aumento da idade da reforma para os 67 anos (e há quem pense nos 70 anos), o que afinal conduz ao descalabro das nações. Isto é que se chama morrer do remédio que receitaram para os outros…
Enfim! Vamos esperar, mas não vamos ver, mesmo que acontecesse…
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