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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Afinal os duetos (de género) estão na moda!

Esta é a primeira vez que filiados escolhem quem encabeçará a lista do partido nas eleições parlamentares. São indicados Jürgen Trittin, líder dos verdes, e Katrin Göring-Eckardt, vice-presidente do Parlamento alemão.
Jürgen Trittin e Katrin Göring-Eckardt
O Partido Verde alemão nomeou Jürgen Trittin, ex-ministro do Meio Ambiente e líder parlamentar do partido, e Katrin Göring-Eckardt, vice-presidente do Parlamento alemão, para encabeçar a lista do partido nas eleições parlamentares do ano que vem. A dupla foi escolhida entre 15 candidatos – entre eles a presidente dos Verdes, Claudia Roth, e a ex-ministra da Agricultura Renate Künast que encabeçou, junto com Trittin, a campanha de 2009.
É a primeira vez na Alemanha que os cabeças de lista para as eleições federais são eleitos diretamente pela base de um partido. Cerca de 62% dos 60.000 filiados participaram da escolha, cota superior à esperada. Cada filiado pôde votar em 2 dos 15 nomes, sendo que pelo menos 1 dos votos devia ser destinado a uma mulher.
Jürgen Trittin, 58 anos, recebeu 71,9% dos votos e saiu da eleição fortalecido como figura de proa entre os ambientalistas alemães. Originário da Alemanha Ocidental e da ala esquerda do partido, foi um ministro do Meio Ambiente muito popular durante o governo do chanceler Gerhard Schröder, entre 2005 e 2009. Na altura, os verdes formaram coligação com o Partido Social-Democrata (SPD).
Surpresa
Katrin Göring-Eckardt, 46 anos, nasceu no estado da Turíngia, então Alemanha Ocidental, e pertence à ala pragmática. A sua eleição, superando Roth e Künast, duas das maiores figuras femininas do partido, foi considerada uma surpresa, obtendo 47,3% dos votos válidos.
A um ano das eleições, o Partido Verde tem entre 12% e 15% da preferência do eleitorado, segundo as últimas sondagens, e conta com boas hipóteses de voltar ao governo alemão. Os verdes podem tornar-se na 3ª força política na câmara baixa do Parlamento alemão, onde tem atualmente o 5º lugar em número de deputados. Poderão obter uma eleição histórica, ultrapassando o recorde de 2009, quando obtiveram 10,7%.
O líder parlamentar do SPD, Thomas Oppermann, classificou a eleição da dupla como uma boa escolha. "Göring-Eckardt e Trittin são grandes oradores e bons políticos de campanha", elogiou o social-democrata, observando haver boas hipóteses de que, com os 2 verdes, os 2 partidos consigam derrotar a atual coligação de governo nas urnas.
Apenas o reparo que se impõe, registando que o BE só foi original no dueto que fez para a liderança, enquanto na Alemanha o dueto do Partido Verde se confine às próximas eleições…
Um outro registo que se destaca, é a eventual coligação entre um partido Social-Democrata e um partido de esquerda (radical?)…
Outra inovação alemã (afinal há inovação), que devia ser adotada em todo o mundo democrático, é os cabeças de lista terem sido eleitos diretamente pela base de um partido…
Regista-se, fazendo votos de que consigam mandar a Sra. Merkel para a reforma, com os mesmos direitos dos reformados na Alemanha…

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