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domingo, 11 de novembro de 2012

Como se vê, o barato(?) sai caro, muito caro!

O custo total do acidente nuclear de Fukushima, incluindo as despesas decorrentes da descontaminação e o pagamento de indemnizações às vítimas, poderá ascender a 10 biliões de ienes (100 mil milhões de euros), informou a Tepco.
“Nós precisamos de discutir com o Governo as necessidades tendo em conta vários cenários”, afirmou o presidente da empresa gestora da central nuclear, Tepco, quando questionado sobre o risco de duplicação dos custos previstos anteriormente pelo grupo, de 5 biliões de ienes (48,5 mil milhões de euros).
10 biliões de ienes (100 mil milhões de euros) correspondem a 2% do PIB do Japão, 3ª economia mundial depois dos Estados Unidos e da China, e para responder a estas despesas a Tepco precisará de mais ajuda do Governo, segundo a imprensa local.
Para registo futuro!
Já nem vale a pena discutir as vantagens da energia nuclear pelas consequências catastróficas a que fica sujeito o planeta e as condições de vida dos seus habitantes, apesar de os lóbis garantirem a segurança a 200%, mas vale a pena registar e insistir na grande mentira de quem a defende, o preço da mesma.
Não falamos do preço do KV, mas destes preços que agora nos chegam e nos mostram que um acidente numa só central nuclear é superior ao montante do “empréstimo” da troika a Portugal e pouco mais do “empréstimo” à Grécia.
Veremos as consequências para o Japão, no que à economia e às finanças diz respeito, porque 2% do PIB não é lixo, é nuclear…
Quanto bem estar poderia ser oferecido a tantos milhões de pessoas, se este mal estar não existisse, ou não fosse uma ameaça…
E apesar de o ocorrido ter sido do outro lado do mundo, como em todas as sociedades ocidentais e ocidentalizadas na política económica, também lá a empresa gestora da “bomba relógio”, privada, diz querer mais ajuda do Governo, o que pressupõe que já levou muito e quer mais, para cobrir os riscos dos seus acionistas…
É preciso ter lata, ou não ter, para desconstruir, assim, o grande dogma de que os privados correm riscos…
Quem corre riscos, afinal são os privados do direito à recusa destas potencialmente potentes armas de morte e sofrimento.
Já não se ouve tanto, nem os lóbis nem os media, falar desta tragédia japonesa e planetária… Por enquanto, porque voltarão, oportunamente.

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