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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

“Milagre” grego, bluff, ou a velha “banha da cobra”?

Atenas não consegue honrar os títulos de dívida que vencem a 20 de Agosto, num total de 3,8 mil milhões de euros.
Jornais alemães voltam a prever um futuro ainda mais negro para a Grécia. Agora, o "Der Spiegel" cita "fontes diplomáticas" para afirmar que o FMI está cansado de emprestar dinheiro aos gregos.
A confirmar-se a notícia do Der Spiegel sobre o fim da participação do FMI nas ajudas financeiras, a única solução para a Grécia será, no entanto, abrir falência em setembro e regressar à antiga moeda, a dracma, ensaio sem precedentes na zona euro que deverá abalar profundamente a economia helénica, e afetar também os parceiros europeus.
A um dia de a missão da troika voltar a avaliar a implementação do plano de ajustamento em Atenas, o FMI reitera que está envolvido no programa de assistência à Grécia, mas não desmente que pondera deixar de emprestar dinheiro ao país.
No dia em que os representantes da troika iniciam em Atenas uma nova avaliação do plano acordado para o país receber financiamento da UE e do FMI, o primeiro-ministro grego admitiu que a recessão pode ser superior a 7% este ano. E respondeu com críticas aos “responsáveis estrangeiros” que dizem que a “Grécia não vai atingir os seus objetivos”.
O Governo grego apresentou aos responsáveis da troika presentes em Atenas um novo plano de cortes orçamentais, numa tentativa de convencer os seus credores a concederem novos empréstimos ao país.
O BCE evitou provisoriamente a falência da Grécia garantindo que o banco central do país avançasse com empréstimos suplementares, escreve hoje o diário alemão Die Welt.
O governo grego deverá obter, assim, cerca de 4.000 milhões de euros em fundos suplementares, enquanto espera que a troika decida sobre a entrega em Setembro de uma nova parcela da ajuda financeira ao país, no montante de 31.300 milhões de euros.
As negociações orçamentais entre o Governo grego e a ‘troika’, necessárias para a aprovação de mais uma ‘tranche’ de 31.500 milhões de euros em empréstimos à Grécia, tiveram um “bom progresso” segundo o responsável do FMI para a Grécia, Poul Thomsen.
A economia grega vai sofrer em 2012 o 5º ano consecutivo de recessão, apesar de 2 resgates europeus, o Estado grego continua perto de uma situação de bancarrota.
As metas do programa de saneamento das contas públicas não têm sido cumpridas pelo país.
As autoridades internacionais e o governo grego chegaram a um acordo de princípio sobre o pacote de medidas que vai permitir à Grécia cortar 11,5 mil milhões de euros e garantir a continuação da ajuda europeia. As conversas para fechar o acordo serão retomadas no início de Setembro.
Segundo um membro do Ministério das Finanças grego, o pacote de medidas terá de ser finalizado no início de Setembro, antes da reunião dos ministros das finanças da zona euro. 
Depois dos resultados das últimas eleições, tudo continuou na mesma, sempre a piorar, razão para os novos dirigentes pedirem uns cobres, como prova de solidariedade e reconhecimento por o vencedor ter arredado os esquerdistas radicais.
Uma vez afastados os “anarcas” do poder, que não queriam aceitar os planos de “sucesso” da troika, toca a voltar às ameaças e bluff (sempre propaladas pela imprensa alemã), vindas do FMI, desenhando para a Grécia um futuro com a dracma, como se quem perdesse mais não fosse o euro e não só. Mas o bluff tem sempre algum efeito…
E preparando o terreno para a visita da troika e abrir um pouco o jogo, veio logo o FMI dizer que não era para cortar a ajuda ao país, quanto mais não fosse para Lagarde dizer à sua antiga chefe, que quem manda agora no FMI é ela e não recebe recados dos alemães…
Meio acagaçado, como ficou quando ganhou as eleições e adoeceu no dia da posse, o PM até admitiu que mesmo que a recessão atinja os 7% este ano, quem diz que não vão atingir os objetivos é burro… O pânico torna as pessoas irracionais, mas era mesmo isso que as ameaças pretendiam e conseguiram, só falta saber se o povo pensa o mesmo…
E tentando “enganar” os funcionários da troika, o novo PM, como os anteriores prometeu mais cortes e austeridade (já foi contra este remédio, mas…) só para conseguir mais um empréstimo, que aumentará a dívida e dificultará cada vez mais saldá-la… Os troikianos fazem de conta que acreditam…
Mas à cautela, o BCE emprestou algum para as férias da época alta, adiando para setembro a decisão “definitiva” da sentença…
O crânio dinamarquês, Thomsen, que não chegou a PM no seu país e até viu o seu partido ser afastado do poder (por incompetência), mas sabe como se governa a Grécia segundo os manuais do FMI e dentro da hipocrisia e incompetência já demonstrada nas avaliações dos países em que interveio, veio dizer que afinal as negociações obtiveram sucesso (para a troika), mesmo sabendo, ele e nós, que este é o 5º ano de recessão crescente no país e que as metas não tem sido cumpridas, fruto dos programas da sua autoria e responsabilidade…
E querem convencer o mundo, que se a Grécia continuar pelos caminhos da austeridade e com mais austeridade vão de bem a melhor, quando a realidade mostra que o precipício é o destino…
Mas até setembro, a troika sabe que pode ainda sacar algum do que “empresta” e continuará a emprestar, sempre a fazer bluff e dizendo que agora já se vê algum sucesso(?) com apenas meses de inércia…
Como nas avaliações que nos faz, a troika diz sempre que tudo corre pelo melhor (para eles) porque para os países e sobretudo para os cidadãos corre de mal a pior. Quanto pior, melhor!
Até quando terão estes “ninguéns” a lata e a “coragem” de gozarem com milhões de pessoas? PESSOAS que formam sociedades e nações soberanas e cujos dirigentes eleitos se ajoelham perante estes mercenários, sem ética, sem moral e sem sensibilidade social, curandeiros de 5ª categoria…
 É o milagre da multiplicação do pão e do peixe, mas feito por deuses menores…

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