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segunda-feira, 2 de abril de 2012

A notícia não é o recorde, mas a permissão do poder!

Os preços referem-se a fevereiro de 2011
O preço da gasolina deve atingir esta segunda-feira um valor recorde, ao aumentar 2,5 cêntimos. Por outro lado, o gasóleo deverá registar uma redução de 0,5 cêntimos. O preço de referência do litro de gasolina em Portugal é atualmente de 1.714 euros, enquanto o gasóleo vale 1,521 euros.
Depois de na semana passada o preço dos combustíveis ter registado uma ligeira queda, a partir de hoje, e como reflexo da cotação média nos mercados internacionais, e a escalada dos preços que se tem registado desde o início do ano será retomada.
Este é o maior aumento das cotações do mercado, em relação à gasolina, desde abril de 2011. Em relação ao gasóleo a cotação média baixou 0,5%, o que indica dois cenários possíveis: ou a manutenção dos preços ou uma redução ligeira.
Desde o início de janeiro de 2012, os preços da gasolina já aumentaram 15 cêntimos por litro e o gasóleo 7 cêntimos.
Um último relatório de Bruxelas revela que os combustíveis em Portugal são os mais caros entre os 27 países da União Europeia, antes e depois dos impostos.
Esta brincadeira (só pode ser) do yo-yo dos preços dos combustíveis em Portugal, por muitas e complicadas que sejam as justificações, não são fáceis de entender pelo vulgar dos mortais. Mesmo tendo em conta que não possuímos a matéria prima, como a globalização atingiu todos os produtos, em todo o mundo, não deveria ter chegado também aos respetivos preços? O raciocínio é básico, mas é feito nos limites naturais da minha compreensão sobre o que é a globalização/mundialização.
Há dois pontos que me deixam impenetrável às justificações, tendo em conta a realidade já vivida:
O primeiro ponto está na diferença entre as gasolinas e o gasóleo, cuja diferença de preços se vem atenuando até à (possível) igualdade, coisa que em tempos não muito remotos não acontecia, provavelmente porque havia diferenças de custos finais, que não devem ter tido tão grandes variações.
O segundo ponto está na falta de regulação (até dizem que há e até aceitam que os preços sejam iguais entre as distribuidoras), ou na impossibilidade legal da intervenção do Estado neste campo, quando o mesmo Estado intervém na regulação dos preços dos medicamentos (reduzindo-os) e intervém na “regulação” dos preços da eletricidade (deixando-os aumentar e contribuindo com o “nosso” para ajudar quem tem lucros razoáveis).
Afinal o Estado pode ou não pode regular os preços praticados pelos privados, sobretudo naquilo que tem diretamente a ver com o funcionamento SUSTENTÁVEL de uma sociedade, quer no que respeita às famílias, mas sobretudo às empresas, porque se repercute na economia? Para uns, parece que não, para outros, parece que sim e para outros também parece que sim, e com bónus.
Como recebi por mail um rol dos preços dos combustíveis no planeta, que se julga verdadeiro, muito idênticos aos da imagem acima, ainda mais duro fiquei à recetividade dos argumentos com que nos confundem e até proponho um exercício aos contrário, se houver alguém que saiba explicar, sem desenhos. E a pergunta é: por que são tão mais baratos os combustíveis em quase todo o planeta?
Obrigado a quem souber responder, mas insisto, sem desenho, nem flores…
É incrível não é? Os países da União Europeia e os seus Ministros das Finanças, realmente tratam-nos como idiotas, (sobre)vivendo com o dinheiro dos contribuintes...

2 comentários:

  1. Ainda havemos de ser um grande país!!
    Um dia...!

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    Respostas
    1. Com estes preços, já somos! Se não como podíamos viver com preços destes?

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