A Comissão Europeia não afasta a hipótese dos
cortes no 13.º e 14.º mês para a função pública e pensionistas serem
permanentes, embora diga que tal cenário ainda não foi discutido.
“Teremos de ver se [a medida] se
tornará permanente ou não. Mas isso agora ainda não foi discutido”, assegurou Peter Weiss, da direção-geral de Assuntos
Económicos e Monetários da Comissão Europeia, e membro da missão de ajuda
externa para Portugal.
Vítor Gaspar está a ser ouvido numa audição parlamentar da Comissão de Orçamento e Finanças. No seu discurso de introdução, o ministro salientou que o programa está a decorrer de acordo com o planeado e desmentiu a ideia ontem deixada por Bruxelas de que se poderia vir a implementar um corte permanente dos subsídios de férias e de Natal e à semelhança do que o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro já tinha dito ontem, salientou que o corte do 13º e 14º mês é temporário e vigorará apenas enquanto durar o programa de assistência económico-financeira, ou seja, até final de 2013.
“Esta é a posição que o Governo tem, é a que sempre teve”, garantiu Vítor Gaspar, salientando que esta questão não foi discutida na última avaliação. “Esta questão foi criada de forma inteiramente artificial”, afirmou.
Confrontado por Honório Novo, sobre se o Governo já manifestou a sua posição perante Bruxelas, Vítor Gaspar respondeu que fez isso “imediatamente” e que “não há relativamente a esta matéria qualquer posição da Comissão Europeia que contrarie a posição do Governo português”.
O presidente da CIP não afastou hoje a possibilidade de os cortes nos subsídios de férias e de Natal se tornarem permanentes e se estenderem ao setor privado, em função de uma "correta política salarial" assente na produtividade.
Nem vale a pena lembrar o ditado sobre o fumo, mas que há fogo, há! E quase todos são postos por pirómanos, ou a mando…
A que propósito vem este desconhecido estrangeiro lançar uma boca, da sua autoria, se nem tinha sido discutida na CE? Pirómano, ou mandatário?
E manda no governo português, com que autoridade? E que autoridade lhe reconhece o governo para o ouvir?
O ministro português das Finanças até já veio dizer que reagiu de imediato e que a questão foi criada artificialmente. Mas artificialmente foram também confiscados os dois subsídios por ele próprio, sem que a troika se tenha lembrado de tal (estas coisas não passam pela cabeça de pessoas sérias e cumpridoras de contratos assinados e garantidos na Constituição) e nós aguentamos, até com grande surpresa de Bruxelas.
E apesar do Moedas e do Gaspar virem “desmentir” a veracidade da medida, garantindo que estes confiscos vigorarão apenas enquanto durar o programa de assistência económico-financeira (ou seja, até final de 2013), até podemos acreditar neles, literalmente, mas… Se como já se diz à boca cheia que vem aí novo empréstimo, ou seja, novo programa de assistência económico-financeira, sabe-se lá até quando, podemos interpretar que o confisco CONTINUARÁ TEMPORÁRIO e vigorará enquanto durar o próximo programa e os próximos.E não estão a mentir, estão a enganar-nos com a verdade…
Mas vamos dar ao governo e aos governantes o malefício da dúvida, por causa da dívida…
Entretanto, mais uma vez, vem este ex-sindicalista apressadamente a reboque, não para apagar o fogo, mas deitar achas para a fogueira, achas vendidas pelos seus consócios, para ganharem algum e sacarem outro tanto a quem lhes cria riqueza. Não era mais fácil, ético, eficiente e profissional exigir o apoio da Banca, o embaratecimento da energia e os impostos?
O homem não aprende com a triste figura que já fez com a “mais ½ hora de borla” e lança sempre a cana, mas só se vê lata…
Aparecem sempre urubus quando há cadáveres adiados…
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