O ministro Miguel Relvas lembrou o legado dos anteriores Governos para justificar a austeridade e reforçou a ideia que Passos Coelho vai levar ao congresso do PSD: não há crescimento enquanto as contas públicas não estiverem controladas.
“A consolidação continuará até libertarmos os portugueses do fardo insuportável da dívida e porque sabemos que não há crescimento económico nem criação de emprego sem uma redução significativa dos nossos níveis de endividamento”, explicou Miguel Relvas no Parlamento, no debate convocado pelo PCP, sobre o memorando da troika. O ministro considerou que é “curioso que seja precisamente da ala mais à esquerda do Parlamento que se entenda um projecto de mudança para o País como uma agressão”. “Para o Governo, essa mudança era necessária e desejável porque o País do status-quo, o País em que vivemos nos últimos anos, era um País de crescentes desigualdades, crescente desemprego, crescentes injustiças, crescente empobrecimento, crescente emigração”, enumerou.
Miguel
ResponderEliminarEncontrei esta pérola Corta Relvas num blogue. Ora lê e diz de tua justiça.Qto a mim, este homem passou ao lado de uma grande carreira, a de vendedor da banha da cobra!
Orador Relvas
14/03/2012 por Ana Catarina Santos
Para quem está a fazer um doutoramento em Ciência Política, como é o meu caso, os discursos políticos devem ser sempre analisados à lupa. Análise de conteúdo, palavras-chave, análise de forma, tipo de argumentação, retórica, mensagem directa, mensagem subliminar, etc.
Quando encontro, em Portugal ou no estrangeiro, discursos políticos marcantes não consigo guardá-los só para mim. Quero, por isso, partilhar com quem partilha este interesse comigo, algumas passagens do discurso proferido por Sua Excelência, o Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro e dos Assuntos Parlamentares (SEMAAP, como é conhecido no meio) Miguel Relvas, por ocasião do I Encontro Triângulo Estratégico América Latina-Europa-África. Aconteceu ontem, dia 12 de Março 2012, pelas 10 horas, em Lisboa.
- “O Atlântico é hoje um centro de reunião em cujas margens se espalha um imenso conjunto de países apostados na prosperidade dos seus povos.” (Relvas, M.; 2012; pp: 3);
- “Queremos aprender com cada um dos países porque para nós o mundo é uma imensa fonte de aprendizagem para todos os que tiverem a disponibilidade e a capacidade de escutar e de observar – numa palavra, de aprender.” (Relvas, M.; 2012; pp: 5);
- “Somos um povo europeu e atlântico. Somos ambas as coisas em simultâneo, sem que uma ponha em causa a outra, sem que uma diminua a outra, sem que uma rivalize com a outra. Pelo contrário, trata-se de uma condição complementar.” (Relvas, M.; 2012; pp. 9);
- “Estamos a viver uma era histórica em que o Atlântico Sul manifesta a todo o mundo que se está a configurar como um imenso espaço de paz, de cooperação e de prosperidade.” (Relvas, M.; 2012; pp. 12).
maria
EliminarPor que acha que criei a rubrica? Só para selecionar as pérolas retóricas e filosóficas, que não é fácil encontrar noutra figura pública, com a mesma autoconfiança do Relvas, mas que não convence.
É uma delícia lermos e ouvirmos o Miguel Relvas, sobretudo se lhe juntarmos a convicção da voz... Mas se olharmos para a expressão facial, vemos logo quando está à rasca e ele próprio não acredita no que diz, nem sabe o que diz...
:):):):):):)....
ResponderEliminarOra aqui está um homem que pertence de certeza à Conferência da S. Vicente de Paulo!!
ResponderEliminarNem isso! quem diz que o País do status-quo, o País em que vivemos nos últimos anos, era um País de crescentes desigualdades, crescente desemprego, crescentes injustiças, crescente empobrecimento, crescente emigração e esquece que todas as variáveis enumeradas pioraram em 8 meses, e de que maneira, sofre de miopia mental.
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