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sábado, 10 de março de 2012

Quem rejeita os seus não regenera!

Nicolas Sarkozy, presidente e candidato à reeleição pelo partido UMP respondeu apenas com um “sim” à pergunta reiterada. “Abandona a política se perder as eleições?”, “Sim, pode colocar-me a questão três vezes que eu direi sempre sim”, frisou.
Por um lado, candidata-se para dirigir a França e servir os franceses.
Por outro lado, manda a França e os franceses às urtigas, se perder…
O Presidente francês afirmou que "há demasiados estrangeiros" na França e prometeu reduzir os imigrantes que entram anualmente no país. "O nosso sistema de integração funciona cada vez pior, porque temos demasiados estrangeiros no nosso território", afirmou e prometeu que, se fosse eleito, dividiria por dois o número de imigrantes acolhidos em cada ano, estimado em 100.000.
Por um lado, confessa que o sistema de integração dos imigrantes funciona cada vez pior, esquecendo-se que está a fazer auto-crítica.
Por outro lado, já se conforma com um “se fosse eleito”…
Hollande assinalou que dos 180.000 imigrantes legais que passam a viver na França a cada ano, metade é formada por estudantes, necessários para ocupar cargos qualificados que tornem a economia do país mais competitiva.
Sarkozy, cujo pai era um imigrante húngaro, disse que pretende reduzir alguns benefícios pagos aos imigrantes. Como presidente, Sarkozy tem mostrado uma posição mais dura em relação à imigração, como mostrou o episódio de deportação de ciganos romenos, no fim de agosto de 2010.
Por um lado, uma visão “humanista” e economicista sobre o papel dos imigrantes.
Por outro lado, um filho de imigrante, que renega a sua condição e castiga os seus semelhantes…
Numa altura que Marine Le Pen pode desistir da corrida à Presidência, Sarkozy virou o leme para mostrar ao eleitorado da extrema-direita que é o melhor colocado para (re)ocupar o Eliseu.
Defendendo alguns dos valores mais fortes da direita radical, como a oposição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, à prática da eutanásia e à possibilidade dos estrangeiros votarem, o atual Presidente francês propôs que a França seja ouvida, em referendo, sobre dois temas de grande impacto social: os cortes nos subsídios dos desempregados que não aceitem uma oferta de emprego e quais os direitos dos imigrantes estrangeiros, tendo como intuito agilizar os eventuais processos de expulsão.
Para Hollande, Sarkozy vulgarizou teses nacionalistas, uma atitude “perigosa” que pode estimular mais “ódio” no país.
Por um lado, perfilha valores da extrema direita e pouco democrática.
Por outro lado vem propor referendos, que impediu que a Grécia fizesse…
François Hollande propõe que os contribuintes com rendimento superior a 100.000 euros mensais sejam tributados a 75%, uma ideia que já foi vivamente criticada pela direita francesa e referiu-se à criação de uma taxa marginal de 75% sobre rendimentos médios superiores a um milhão de euros anuais. Manifestando sentir-se escandalizado com as remunerações de muitos gestores de empresas cotadas na bolsa de Paris, Hollande qualificou a sua proposta como “patriótica”.
Nicolas Sarkozy considerou que a proposta do socialista é de um “amadorismo bastante preocupante”.
Um, procura que a participação dos mais ricos e mais bem pagos ajudem os que pouco ou nada tem, potenciando a criação de uma sociedade coesa.
O outro, que é neste momento o garante dessa coesão, fica preocupado com tais preocupações…
Ensaio final do conflito será em Atenas: Derrota de Sarkozy significará o fim do eixo franco-alemão.
Se foi em Atenas que a democracia nasceu, que seja lá que ela renasça, ou por causa dela e dos opróbrios a que sujeitaram os “atenienses”.
Que o mundo dê uma volta ao eixo!

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