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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

No xadrez dos “jobs for the bosses”, soma e segue…

Braga de Macedo à frente da AICEP e do IAPMEI

Jorge Braga de Macedo, ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva (e militante do PSD), deverá ser o escolhido pelo Governo para liderar o organismo que resultar da fusão da AICEP com o IAPMEI.

Santana Lopes (militante do PSD), a convite de Passos Coelho vai dirigir a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, sem ser remunerado, por já receber a subvenção vitalícia pelo exercício de cargos políticos.
Eu sei que é pura coincidência que os escolhidos pelo governo para os postos mais caros de administração de empresas públicas sejam do PSD, ex colaboradores de Cavaco Silva, independentes “anti Sócrates” e alguns do CDS, mas fica sempre a dúvida de que o critério tão apregoado de “as pessoas certas para os lugares certos” recaia apenas neste ARCO, tanto mais que o desempenho, também nestes dois casos, nada tem a ver com cargos/opções políticas, mas apenas com a competência técnica necessária para a função.
Quanto a Braga de Macedo, por muito competente que seja, nunca deixará de ter colado na testa aquela frase, que lhe deu nome: “Portugal é um oásis!” como se viu que nem era, nem é, também com o desempenho que teve (até foi substituído por Eduardo Catroga, presume-se que por incompetência), precisamente num governo de Cavaco, em que foi subscritor da outorga, a 2 agentes da extinta PIDE, de uma pensão por “altos serviços prestados à pátria”, previamente exarada pelo Supremo Tribunal Militar. De há uns tempos para cá, mandava uns bitaites na TV e tinha solução para tudo…
Quanto a Santana Lopes, que desde menino sempre rondou o poder, teve um sucesso relativo ao ser eleito como Presidente da Câmara da Figueira da Foz (coisa fácil, dado o seu atraso nesse tempo) e um sucesso maior ao se eleito como Presidente da Câmara de Lisboa (coisa fácil, dado que o anterior era João Soares), de resto somou sempre derrotas com desilusões, que culminaram com o pedido de demissão do XVI Governo Presidente da República em que era Primeiro Ministro, depois de o PR ter dissolvido o Parlamento, o que não quer dizer que quem não tem perfil para PM não tenha para dirigir a SCML. Desde sempre e também de há uns tempos para cá, manda(va) uns bitaites na TV e também tinha solução para tudo… Fica-lhe bem não ter remuneração por já receber a subvenção vitalícia pelo exercício de cargos políticos, mas não seria um bom critério para por os outros nas mesmas condições, a trabalhar “de borla” para o Estado?
Mas pelo que dizem os estrategas políticos, ou “mentideros”, tudo se resume a um jogo de xadrez, em que PPC e PP vão reposicionando as respetivas peças, na tentativa de comerem a rainha… Assim, como Paulo Portas apanhou o MNE (e desapareceu), PPC procura esvaziar-lhe a área da diplomacia económica, entregando-a a Braga de Macedo. Na política social, entregue a um ministro do CDS, a entrega da Santa Casa a Pedro Santana Lopes, deixará aquele ainda mais cercado e controlado, que já estava, com o Secretário de Estado do PSD.
E como se vê, TUDO A BEM DA NAÇÃO!
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