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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mais um TSUnami em tempo de férias!

Eu não disse que aquela homilia intitulada “Uma pequena reflexão de Verão” não passava de uma mensagem encriptada, que trazia água no bico? Mas se fosse só água, ainda vá lá, mas um TSUnami e como os outros em tempo de férias, é covardia da natureza (dos homens)…

Mas primeiro fique a saber o que é o tal TSU, que deu pano para mangas durante a campanha eleitoral, como um dos vários pelos púbicos denunciados pelo Dr. Catroga:
7 respostas para saber tudo o que precisa sobre a TSU
O que é a TSU?
Sigla de Taxa Social Única. A TSU é a contribuição paga mensalmente à Segurança Social pelo empregador e pelos trabalhadores.
Quanto é?
Desde 1995 que, no total, a TSU representa uma contribuição de 34,75%, dividindo-se este valor pelos empregadores e trabalhadores. Para os primeiros, a taxa aplicada actualmente é de 23,75%, para os segundos de 11%. Entre 1986 e 1995, a TSU total estava fixada nos 35,5%, com a factura para os empresários nos 24,5%.
Como se aplicam estas taxas no recibo de vencimento?
Peguemos no exemplo mais fácil. Um trabalhador que tenha um salário bruto de 1000 euros paga 110 euros à Segurança Social, enquanto a empresa que o emprega paga outros 237,5 euros. No total, a Segurança Social arrecada 347,5 euros por mês com este trabalhador.
Podem ser cobradas taxas reduzidas?
Sim. Alguns sectores ou profissões têm direito a taxas mais baixas. No entanto, para 72% dos trabalhadores por conta de outrem - que representam 70% da massa salarial - a entidade empregadora paga os 23,75%.
E isenções?
O Estado concede isenções com o objectivo de incentivar a criação de emprego e a manutenção de postos de trabalhos. As principais isenções activas são: jovens à procura do primeiro emprego (47% das isenções) e/ou desempregados de longa duração; emprego a reclusos em regime aberto; contratação de trabalhadores com deficiência e recuperação de regiões com regime de interioridade.
Os empregadores portugueses pagam uma TSU elevada?
Em comparação com o resto da Europa, não. Aliás, entre os Estados membros da União Europeia, Portugal é até dos países onde os empregadores pagam menos, bem abaixo da média. Se a escala de comparação forem os países da OCDE, as contribuições dos patrões portugueses são das mais elevadas.
Não fica dúvida de que esta sigla tem a ver com o pagamento à SEGURANÇA SOCIAL, mensalmente, pelos trabalhadores e pelo empregador.
E ficamos a saber que uma empresa que agora paga 237,5 euros (no exemplo dado) passará a pagar apenas 200,0 euros, arrecadando mensalmente de cada trabalhador a diferença (37,5 €), o que somará mais de quinhentos euritos/ano por cada trabalhador… Será que vão baixar o preço dos produtos? Ou comprar um topo de gama?
Claro que numa perspetiva “lógica”, quanto mais ganhar o patrão, mais possibilidades tem de investir, de criar mais postos de trabalho, de reduzir o desemprego, de pagar mais impostos, de tornar o país mais rico e assim pagarmos a dívida. Fácil, barato e dá milhões…
Entretanto os trabalhadores continuam a pagar o mesmo, enquanto não pagarem mais para compensar o dos patrões, ou para meterem no fundo para o despedimento, mas esse já ficou mais baratito…
Mas, parece que comparativamente com o TSU do resto dos Estados membros da UE, Portugal é dos países em que os patrões pagam menos e bem abaixo da média. Então como é? A troika enganou-se, ou enganou-nos? No entanto diz-se que se a escala de comparação for a dos países da OCDE, as contribuições dos patrões portugueses são das mais elevadas. E então as do resto dos Estados membros da UE? Façam lá um desenho…
O estudo sobre "desvalorização fiscal", que visa aliviar os custos das empresas com as pessoas, assume uma descida da Taxa Social Única na ordem dos 3,7%, colocando-a próxima de 20%. Se a medida for totalmente paga através do IVA, a taxa de imposto média terá de subir cerca de 2,2%.
De acordo com o estudo que acaba de ser divulgado pelo Ministério das Finanças, "em termos de impostos indirectos, o IVA aparece como aquele que maior margem tem para financiar esta medida, em particular pelo potencial de receita que pode gerar caso se pretenda alterar as taxas reduzida e intermédia, ou limitar algumas das isenções existentes". "Acresce, porém, que tal alteração, quer pela natureza regressiva, quer pelo tipo de bens que abrange, acarreta um custo social elevado o qual merece ser ponderado".
O corte da TSU incluído na proposta de referência custará "cerca de 400 milhões de euros" por cada ponto reduzido. Ou seja, a redução sugerida custará quase 1.600 milhões de euros.
1 – Redução da TSU para todos os sectores de actividade
2 – Incidência na criação líquida de emprego
3 – Incidência sectorial
4 – Redução da TSU para salários mais baixos.
“Logicamente” que, seja qual for a alternativa, vai-se tirar à SEGURANÇA SOCIAL e alguém tem que repor o retirado. Quem será? NÓS TODOS, consumidores, com o aumento do IVA. Assim, passamos a ser acionistas dos bancos e agora do comércio, porque da indústria já seremos com o TSU. E ficamos todos proprietários de tudo, como no finado comunismo e tão falidos como ficaram os utentes desse sistema. Este pessoal do governo e da troika, afinal são da esquerda radical…
Pelos vistos, o Ministério das Finanças fez, ou mandou fazer um estudo, que concluiu que o IVA é quem tem mais possibilidades para financiar esta medida, como se o IVA fosse algum capitalista…
Mas, o mesmo estudo, desconfia que pela natureza regressiva e pelo tipo de bens que abrange, acarreta um custo social elevado e por isso merece que se pense bem… São mesmo de esquerda!
O pior é que é preciso sacar 1,6 mil milhões de euros a alguém, para compensar o que se vai dar aos “empregadores”, que é a quantia que vai sair da SEGURANÇA SOCIAL e vai por por terra a tão falada sustentabilidade.
Afinal, não são de esquerda… Bolas!
Redução da TSU vai na linha da privatização da Segurança Social - CESP 

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