Os portugueses
são os mais pessimistas da Europa quando questionados sobre os efeitos da crise
sobre o mercado de trabalho, revela o Eurobarómetro Standard da Primavera 2011,
cujos resultados foram publicados pela Comissão Europeia.
De acordo com
o estudo produzido por encomenda das autoridades de Bruxelas, “os europeus começam a mostrar-se mais
optimistas em relação às perspectivas económicas, declarando muitos deles que o
pior da crise já passou. 43% dos europeus consideram que o impacto da crise no
mercado de trabalho atingiu já o seu o seu ponto mais alto”, enquanto 47%
acham que o pior ainda está para vir.
Embora a
tendência geral no âmbito da UE seja positiva, permanece um certo cepticismo
nos países que se encontram ainda em recessão e que registam um desemprego
crescente, nota o relatório e por isso se verificam diferenças consoante os
países são mais optimistas ou mais pessimistas.
A maior parte
dos Estados Membros “consideram que o
impacto da crise económica no mercado de trabalho atingiu já o ponto
culminante”. Opinião
inversa foi evidenciada nos países que lutam contra a crise, como Portugal (80%)
e a Grécia (78%). Portugueses e gregos figuram assim como os mais pessimistas
de 13 países onde predomina a ideia de que "o
pior está para vir".
Há estudos, ou sondagens que nem mereceriam o trabalho e muito menos os custos para chegar a conclusões que são evidências, mesmo evidentes! Mas mesmo assim, as leituras que se fazem desses estudos, como é o caso, demonstram que os especialistas, ou os jornalistas, são tão fraquinhos em matemática a ponto de não reconhecerem o valor relativo dos números…
Como é que havendo 43% de europeus para quem a crise no mercado de trabalho já atingiu o ponto mais alto e 47% acham que o pior ainda está para vir, se pode pensar e publicar que a tendência geral na UE é positiva? Então 47 não é mais do que 43?
E não é insultuoso para os leitores interpretarem-nos os resultados (cujos números não souberam interpretar) com o maior ceticismo dos países em recessão e com o desemprego a crescer? A iliteracia pode ser muita, mas não será tanta! Sabendo-se que 80% dos portugueses e 78% dos gregos são por isso os mais pessimistas dos 13 países mais pessimistas, é óbvio e é óbvio também que os portugueses estejam mais céticos do que os gregos porque estes já sofreram na pele e nós ainda esperamos pela receita e os seus efeitos, sabendo antecipadamente que isto vai de mal a pior…
Pelo que se vê, dia a dia e agora hora a hora, só os inconscientes, ou os crentes nos respetivos secretários gerais dos partidos com que simpatizam não conseguem ver que o pior está para vir e que o terreno está a ser preparado...
Mas, a ser verdade, que “um pessimista é um otimista esclarecido”, não se deve aplicar neste caso, porque os portugueses não serão os mais informados e se o são, deve ser em outros assuntos, mas não em política, muito menos nos seus direitos e era tão bom que o fossem…
Foram os 48 anos de fascismo que nos moldaram, ou os 37 de “democracia” quadriénica que nos formataram? Começam as dúvidas…
Pois é Miguel, todos gostam de cuspir números para mostrar a sua paciência mas, infelizmente, só os sabem ler de pernas para o ar.
ResponderEliminarÉ como disse o ministro das finanças em relação ao imposto extraordinário sobre o subsidio de Natal: 25% pagarão menos de 50€ e 50% menos de 150€. É que ler isto ao contrário iria chatear muitos que só sabem ler as capas dos desportivos.
Quando se aperceberem que não são um dos poucos 25% que pagarão menos de 50€ mas sim um dos outros 75% que pagarão mais virão para o café indignados.
É um país de treta, Miguel. Está podre e burro.
Mas deixo-te uma pergunta: a que democracia te referias? É que em Portugal nós nunca tivemos disso. Quando muito tivemos uma ditadura com eleições.
Elenáro
ResponderEliminarOs números são mentirosos, os analistas ainda mais e os jornalistas foram para letras e não sabem matemática...
Mas de tanto enganarem, a pensar que o povo é burro, talvez um dia levem uns coices...
Quanto à democracia, eu já lhe coloquei aspas e lembrei que é só de 4 em 4 anos e ainda por cima prometem uma coisa e depois: "Que não votassem em nós!".
Em relação ao que escreveu no último parágrafo, também já tenho as minhas dúvidas.
ResponderEliminarmaria
ResponderEliminarE a dúvida é o pior que nos pode acontecer para sabermos o caminho e chegar ao destino.
Começam as dúvidas sendo certo que este mundo está uma bandalheira.
ResponderEliminarAnabela
ResponderEliminarQue o mundo está uma bandalheira, não há dúvidas, as dúvidas estão nos responsáveis por essa bandalheira, que não é dos que obedecem, mas sempre dos que mandam... E são tão fraquinhos e só semeiam ventos e queixam-se das tempestades...