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segunda-feira, 21 de abril de 2014

O voto absolver-nos-á, já, ou condenará no futuro!

O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, revelou estar muito preocupado com o aumento da popularidade de grupos extremistas verificado em vários países na Europa e exortou os eleitores portugueses a votarem nas próximas europeias.
Le Pen defendeu que “Portugal está a ser sacrificado por esta política de austeridade” e que “é tempo de dizer ‘basta’” a uma União Europeia que coloca países em dificuldade, como são exemplo Grécia, Espanha, Itália e Portugal, mas também a França, onde a Frente Nacional tem conquistado terreno, nos mais recentes atos eleitorais.
A presidente da Frente Nacional francesa usa a palavra “regime” para classificar a liderança da União Europeia, numa alusão à Alemanha. “Espanha, Grécia, Portugal, Itália e também a França estão sob o mesmo regime. É tempo de sermos nós a comandar os nossos destinos e de os povos recuperarem a liberdade e a soberania, dizendo ‘basta’ a esta União Europeia” e entende que Portugal precisa de uma classe política “corajosa”, para “defender os interesses do povo, em detrimento dos interesses da banca”.
No entanto, a presidente da Frente Nacional teme que essa coragem permaneça oculta no que considera ser uma subserviência aos “mercados financeiros e aos tecnocratas que nos governam”. “É lamentável. Mas Portugal pode ser comido vivo”, remata a francesa, que estaria bem posicionada nas sondagens para derrotar François Hollande, se as eleições em França decorressem hoje.
Marine Le Pen e Nicolas Sarkozy reúnem, segundo uma sondagem, mais votos que François Hollande, nas eleições à Presidência da República de França.
Apesar de algumas divergências, tenho por D. Manuel Clemente alguma admiração quando se revela como cidadão e disserta e exorta sobre a cidadania, como é o caso.
E neste aviso tem razão em 2 coisas: o perigo da extrema-direita para quem as políticas desta direita que nos governa não basta e a abstenção nas próximas europeias, que pode ajudar a consumar-se o perigo da vitória da referida extrema-direita.
Porém, ao ouvir o que Marine le Pen nos veio dizer, mesmo convencida de que a extrema-direita não tem “jurisdição” no nosso país, era bom que alguém, por exemplo, D. Manuel Clemente, desconstruísse as afirmações, constatáveis, da análise que fez do que por cá passamos, se vai passando e se passará…
Com estas verdades (insofismáveis) poderemos ser enganados, se não tivermos consciência de que desta vez o resultado do escrutínio é diferente, com a desvalorização dos resultados nacionais e a valorização do somatório das famílias políticas europeias, de que resultará a “eleição” do Presidente da Comissão Europeia, um (pequeno) passo (mais) na caminhada de mais democracia… E por isso, a abstenção é (desta vez) mais perigosa e consequente, razão porque não podemos desperdiçar esta oportunidade de escolhermos programas e medidas de caráter europeu e não nos limitarmos a escolher (umas) caras nacionais, que por muito que nos prometam, estarão manietados de qualquer poder de decisão fora das famílias político-partidária que venha a vencer.
Dir-se-á que as críticas que Le Pen faz podem ser assinadas por muita gente, da esquerda à direita (lembremo-nos do Manifesto dos 70 de cá e da estranja), inclusive a “esta” União Europeia, sem que nos apresente uma visão da “outra” União Europeia que pretende (des)construir…
Cabe, naturalmente, aos governantes atuais e às oposições, apresentar a visão da “sua” União Europeia para podermos votar, com conhecimento e consciência, na “nossa” União Europeia, se for coincidente…
Deixemos (todos) os mensageiros em paz e vamos ler (todas) as mensagens e interioriza-las, venham de onde venham, porque somos nós que vamos decidir quem nos absolverá ou condenará, dos “crimes” que não cometemos…
Seremos vítimas ou inocentes, se não ficarmos em casa ou formos à praia”…
Vamos AGIR, REAGIR, DECIDIR! Vamos votar!
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