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A taxa de desemprego no 3.º trimestre deverá voltar a aumentar depois de ter diminuído para 16,4% no 2.º trimestre de 2013, segundo as estimativas enviadas por 2 bancos.
Rui Bernardes Serra, economista chefe do Montepio, e Paula Gonçalves Carvalho, do departamento de Estudos Económicos e Financeiros do BPI apontam para uma subida da taxa de desemprego para 16,7% e 16,9%, respectivamente.
"Depois de um período muito marcado por factores de ordem sazonal, alguns indicadores apontam para a possibilidade de aumento da taxa de desemprego no 3.º trimestre", explica Paula Carvalho do BPI.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga hoje os dados do desemprego referentes ao 3.º trimestre e a confirmarem-se as estimativas dos 2 bancos, o desemprego voltará a subir depois de, entre o 1.º e 2.º trimestre de 2013, ter descido de 17,7% para 16,4%, naquela que foi a primeira descida trimestral desde o 2.º trimestre de 2011.
As mais recentes previsões do Governo, incluídas na proposta de Orçamento do Estado para 2014, apontam para que a taxa de desemprego atinja os 17,4% em 2013 e 17,7% no próximo ano.
O valor estimado corresponde a um decréscimo de 0,2% face ao do trimestre homólogo de 2012 e inferior em 0,8% ao do trimestre anterior.
De acordo com relatório “Estatísticas do Emprego - 3º trimestre”, a população desempregada situa-se em 838.600 pessoas, o que representa uma diminuição homóloga de 3,7% e uma diminuição trimestral de 5,3% (menos 32.300 e menos 47.400 pessoas, respetivamente).
As vendas a retalho em Portugal, no mês de Setembro, caíram 6,2%, a maior queda dos países da zona euro, segundo os dados mais recentes do Eurostat, depois das subidas de 0,7% e 0,5% em Julho e Agosto, respectivamente.
A atividade privada continuou a expandir-se na zona euro em outubro, mas desacelerou em relação a setembro, anunciou a empresa de serviços de informação financeira Markit.
Sustentado pelo setor industrial, o índice composto PMI (Purchasing Managers Index) da zona euro foi de 51,9 pontos em outubro, depois de ter subido até aos 52,2 pontos em setembro, o nível mais alto dos últimos 27 meses, demonstrando segundo a Markit que a recuperação da economia é "lenta e frágil".
Toda a gente sabia que o aumento das taxas do emprego tinha origem na sazonalidade, mas cantaram-se vitórias, que as táticas nunca fariam prever. E por isso, as estimativas do aumento do desemprego no 3.º trimestre apresentadas por 2 economistas pareciam ter lógica.
Entretanto eis que o INE vem anunciar o contrário, uma redução das mesmas taxas, contra a corrente do jogo, o que deve ser considerado tão surpreendente como as taxas galopantes do desemprego o foram(?), em tempos…
Numa leitura transversal do relatório, e tendo em conta que o Inquérito ao Emprego é trimestral por amostragem, dirigido a residentes em alojamentos familiares no espaço nacional, tem que se concluir que não constam destas contas, todos os cidadãos que emigraram em 2012, concretamente 121.418. Se juntarmos estes emigrados como potenciais desempregados, teríamos 960.018 desempregados…
Façam as contas!
Para piorar a situação e tendo em conta que o comércio a retalho teve uma descida acentuada, seguramente que nesta área não houve criação de emprego.E ainda… Como a atividade na zona euro (sempre na zona euro e menos na UE) também desceu, deve ter descido em Portugal, pelo que também seguramente que não foi nesta área que houve criação de emprego.
Nesta análise rápidinha às condições de empregabilidade, não se vislumbra em que área aconteceu o “milagre”, tanto mais que neste 3.º trimestre foi o período em que houve uma carrada de despedimentos na função pública, sobretudo na classe docente…
Está alguém por aí que possa explicar esta “inexplicação”?
‘brigado!
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